quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Matar em nome de Cristo

Mosaico em ouro na Basílica de São Paulo, em Roma, mostrando Jesus em meio aos 4 evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João. A catedral começou a ser construída por ordem do imperador Constantino, o Grande, sobre o túmulo de Paulo. A primeira dedicação do edifício foi em 324 d.C., mas ela foi ampliada por muitos imperadores depois, e houveram obras até o séc. 19. Os mosaicos foram instalados durante o reinado do papa Leão I (440-461 d.C.).

Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos ou filhas neste lugar. Os que nascerem neste lugar, e também seus pais morrerão de enfermidades dolorosas, e não serão pranteados nem sepultados. Servirão de esterco, pela espada e pela fome serão consumidos, e os seus cadáveres alimentarão os animais. Não entres nas casas de luto, nem te compadeças deles. Deste povo retirei a minha paz, benignidade e misericórdia. Morrerão grandes e pequenos, não serão sepultados nem velados. Não se partirá pão para consolá-los por causa de seus mortos; nem lhes darão a beber do copo de consolação. Também não entres nos banquetes deles, para comer e a beber. Farei cessar, neste lugar, o gozo e a alegria.

Te perguntarão: Por que pronuncia o Senhor sobre nós todo este grande mal? E qual é a nossa iniqüidade, e qual é o nosso pecado, que cometemos contra o Senhor nosso Deus? Então lhes dirás que seus pais me deixaram, cultuaram outros deuses e a minha lei não a guardaram. E eles fizeram ainda pior : cada um anda segundo o propósito do seu mau coração, para não me dar ouvidos. Lançarei a todos fora desta terra, para onde não conhecem. Ali servirão a deuses alheios, porque não usarei de misericórdia.

Dias vêm, em que não mais se dirá: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito. Mas vivo Eu, porque eu os farei voltar à sua terra. Mandarei pescadores e caçadores, sobre todo o monte e fendas das rochas. Meus olhos estão sobre seus caminhos; não se escondem da minha face. Mas primeiro pagarei em dobro a sua maldade e o seu pecado, porque profanaram a minha terra com os cadáveres das suas coisas detestáveis. (Jeremias 16.1-21)

A sua pregação começou de uma forma muito convencional. Agradeceu a Deus a presença dos grandes reis e dos poderosos príncipes que tinham vindo escutar o Evangelho, depois teceu alguns elogios ao rei Tewdric antes de se lançar numa censura que expunha a visão cristã do estado em que estava a Grã-Bretanha. Mais tarde percebi que se tratava mais de um discurso político do que de um sermão.

Sansum disse que a ilha da Grã-Bretanha era amada por Deus. Era uma terra especial, separada de outras terras e rodeada por um mar resplandecente para defendê-la das pestes, das heresias e dos inimigos. E continuou, dizendo que a Grã-Bretanha também era abençoada por grandes governantes e guerreiros poderosos.Todavia, ultimamente a ilha fora despedaçada por estranhos, e os seus campos, celeiros e aldeias foram devastados pela espada. Os tais pagãos, os Saxões, estavam se apoderando da terra dos nossos antepassados e a transformando em lixo. Sansum declarava que os terríveis Saxãos profanavam os túmulos dos nossos pais, violavam as nossas mulheres e assassinavam as nossas crianças e que coisas como estas não podiam acontecer, a não ser que fossem a vontade de Deus, e perguntava por que razão viraria Deus as costas aos seus filhos, tão amados e tão especiais.

Porque, dizia ele, os seus filhos recusaram-se ouvindo a Sua mensagem sagrada. Os seus filhos da Grã-Bretanha ainda se inclinavam perante um pedaço de madeira ou uma pedra. Ainda existiam as chamadas matas sagradas e os seus santuários ainda tinham as caveiras dos mortos e eram lavados com o sangue dos sacrifícios. Sansum dizia que estas coisas poderiam não ser vistas nas cidades, pois a maior parte delas estava cheia de cristãos, mas avisou-nos de que as aldeias estavam infestadas de pagãos. Já deviam ser poucos os druidas na Grã-Bretanha, no entanto em todos os vales e fazendas havia homens e mulheres que agiam como druidas, que sacrificavam seres vivos a uma pedra morta e que usavam feitiçarias e amuletos para iludir os simplórios, até os cristãos. Neste momento Sansum lançou um olhar carrancudo à sua congregação. Levavam as suas doenças a bruxas idólatras e os seus sonhos a profetisas pagãs. Enquanto estas práticas do mal fossem encorajadas, Deus amaldiçoaria a Grã-Bretanha com violações, assassínios e Saxões. Fez uma pausa para respirar e eu toquei no colar que trazia à volta do pescoço porque sabia que aquele Lorde Rato palavroso era inimigo do meu mestre Merlim e da minha amiga Nimue.

'Pecamos!' gritou Sansum de repente, abrindo os braços e balançando na beira da plataforma; e todos tínhamos de nos arrepender. E continuou, dizendo que os reis da Grã-Bretanha deviam amar Cristo e a sua abençoada Mãe, e que só quando toda a raça britânica estivesse unida em Deus é que Deus uniria toda a Grã-Bretanha. Por esta altura a multidão respondia ao seu sermão, concordando e implorando misericórdia ao seu Deus, gritando e pedindo a morte dos druidas e dos seus seguidores. Era terrível.” (Cornwell B, O Rei do Inverno, 1995)

PURIFICAÇÕES GENOCIDAS

A profecia de Jeremias, por volta de 629-625 a.C. aproveita partes do livro de Deuteronômio para avisar os Judeus sobre a invasão babilônica que se aproximava. A profecia é datada (segundo seu texto) de 597 a.C., anunciando uma invasão que chegaria 25 anos depois. Como em outras partes do Velho Testamento, a subjugação de Israel perante outros povos não era uma decorrência simples do poderio bélico dos reis, mas um castigo perante o mal seguimento das leis de Deus, em especial por cultuar outros deuses.

Um evento semelhante, bem antes, é relatado quanto à invasão das terras da tribo de Manassés pelos Assírios (1ª Crônicas 5.23-26), no ano 740 a.C. Dessa 1ª invasão, porém, a Bíblia não guardou quaisquer alertas de profetas.

[Eles] transgrediram contra o Deus de seus pais; e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra, os quais Deus destruíra de diante deles. (1ª Crônicas 5.25)

Ao longo de toda história, não faltaram terras dos Judeus ou dos Cristãos sendo invadidas por reinos vizinhos. Ali na Palestina, depois dos Babilônicos foram os Persas (400 a.C.), os Gregos (300 a.C.), os Romanos (63 a.C.), o Islã (638 d.C.), e os Cristãos (1100) invadindo terras que antes eram dos Judeus. Na Europa, as terras cristianizadas de Roma foram invadidas pelos Godos, Pictos, Saxões e Vikings, além do Islã em certo momento. Entre esses momentos de conquista pelos exércitos estrangeiros, além dos tempos de fome e peste, há diversos relatos de que o raciocínio/profecia de Jeremias motivou massacres dos não-Cristãos e depois dos próprios Cristãos, começando pelos com menos amizades entre o clero¹. Os Cristãos matavam seus diferentes, para se purificarem ds crenças pecaminosas deles.

Entre as maiores vítimas do Cristianismo, além dos mortos em guerra contra os Cristãos, estão aqueles que foram covardemente executados: os cátaros de Beziers/França (50 mil mortos em 1209), os turcos de Belgrado (80 mil mortos em 1456), as bruxas estupradas, torturadas, enforcadas e queimadas durante a Inquisição (100 mil mortos, 1484-1750), os judeus expulsos das casas e mortos nas estradas (150 mil na Espanha em 1492, 200 mil na Polônia em 1648), até os campos de concentração nazistas com conivência das igrejas Católica e Protestante.

Há muitos outros, em menor escala, assassinados (e essa é a palavra mais adequada, uma vez que não foram batalhas) em nome de um Jesus conhecido por alimentar, perdoar, curar e ressuscitar. É difícil não ver aí uma mentira contada para “santificar” as barbáries e interesses bem longe da fé. Ou até considerar, vendo a recorrência disso ao longo desses 2000 anos, que estamos falando de uma fé que só mantém o nome do seu idealizador. Mais ou menos como os novos deuses gregos que surgiam a cada vez que uma ilha era re-colonizada e os recém-chegados habitantes encontravam templos e estátuas dos habitantes passados. A cabeça caída da estátua de Apolo passava a ser o deus Baco; o Jesus pregador errante passava a ser Cristo, o empalador.

A PARTE DO CRISTIANISMO

Como qualquer religião popular, o Cristianismo é parcialmente guiado pelos sacerdotes (o clero) instruídos nos meandros e filosofias de sua fé. Mas também é em parte reproduzido na cultura popular, no boca-a-boca e ensino doméstico das localidades. Ao mesmo tempo em que discute-se em Concílios a natureza do corpo de Cristo, se é carnal ou divino, aparecem curandeiros que afirmam ter visto Cristo ou sua mãe em uma gruta do Peru, onde um milagre confirmou a visão e de onde as ervas colhidas 300 anos depois ou até uma vareta podem curar qualquer moléstia. O Cristianismo “dos mestres” pode massacrar pessoas em nome da profecia de Jeremias (que o que o escritor Bernard Cornwell aproveitou, dos relatos medievais sobre as batalhas dos reis); o Cristianismo “popular” também pode fazer isso, partindo de ordenanças do clero ou de febres/modismos. Mais recentemente, os ânimos Cristãos estão exaltados contra os Comunistas (parece até que voltamos aos anos da União Soviética de 1950), cultos Afro e a população LGBT. Eu mesmo já presenciei pregações exaltadas contra um e outro.

E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. (João 8.7-9)

Não é verdadeiro judeu o que o é exteriormente, nem Verdadeira circuncisão a que aparece exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é interiormente, e Verdadeira circuncisão é a do coração, segundo o espírito da lei, e não segundo a letra. Tal judeu recebe o louvor não dos homens, e sim de Deus. (Romanos 2.28,29)

Se alguém pensa ser piedoso, mas não refreia a sua língua e engana o seu coração, então é vã a sua religião. A religião pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e conservar-se puro da corrupção deste mundo. (Tiago 1.26,27)

Jesus não deixou nenhuma instrução favorável a massacres ou mesmo a provocar qualquer tipo de sofrimentos a outra pessoa. Considerando as pessoas com quem Ele tratou e o trecho registrado apenas por João, o discípulo amado, acima, podemos também supor que Jesus fosse absolutamente contra “fazer a justiça” em nome de Deus. Os dois trechos seguintes, bem do início do Cristianismo, nos informam que os 1os pregadores também não incitavam esse tipo de coisa, mas viam na Lei uma simples ferramenta de expressão da vontade de Deus. O culto ao Senhor deveria produzir pessoas dispostas a ajudar o próximo, não homens truculentos para forçar o "próximo" a uma série de normativas como faziam os Fariseus, e com as quais eles acusaram inclusive Jesus.

A TENTAÇÃO DE DESTRUIR

E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu. (Lucas 4.6,7)

Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (João 8.44)

Longe do discurso de Jeremias, mas talvez apoiado nele, o 1º trecho, do início dos evangelhos sinóticos, não registrado por João, nos mostra uma oferta do Diabo³ a Jesus. O 2º trecho, de João, mostra Jesus comparando os Fariseus a filhos do Diabo, porque eram homicidas e mentirosos como ele.

Abaixo dos Romanos, esses Fariseus gozavam de glória entre seu povo. Quem desafiasse ao Sinédrio era condenado à morte, com pouca interferência do governo real (Herodes Antipas) ou do governo Romano (Pôncio Pilatos). Curiosamente, todos que gozavam de poder na região eram pelo menos homicidas, como o Diabo oferecia a Jesus. Quanto a serem mentirosos, Jesus também os acusava de engolir camelos e coar mosquitos, dando muitos dízimos e sinais materiais de sua pureza, quando tinham a alma suja como túmulos pintados de branco por fora. Acho que a situação deles se encaixava bem na oferta do diabo: poder em troca de assassinatos e mentiras.

O início da Igreja não foi de perseguições, mas de “ser perseguida”, coisa que durou até o séc. 4 d.C. Apesar disso, vemos um homicídio miraculosos registrado no livro de Atos (cap. 5) logo nos primeiros 20 anos após a morte de Jesus. Real ou não, nada leva a crer que foram os Cristãos a matar Ananias e Safira por não contribuírem completamente com sua nova "comuna" de bens compartilhados. Apesar disso, desde Nicodemus interpelando Jesus sobre o re-nascimento (João 3.1-21) e Lucas relatando sobre Simão, o mago, que queria comprar os dons apostólicos (Atos 8.9-24), já havia um movimento contra as várias heresias que surgiam do Cristianismo. As heresias são distorções da doutrina central, devido a crenças pessoais/culturais que pregadores fundiam ao ensino Cristão.

Essas distorções eram sanadas, nos tempos de Paulo, por uma discussão ou uma carta acalorada (a Bíblia tem várias delas), mas eram tempos em que líderes de comunidades como Paulo e Pedro  também eram seus fundadores. Eles podiam se encontrar e chegar a consensos antes que toda uma linhagem de sacerdotes fosse produzida.

Graças às comunidades fundadas por muitos apóstolos, além das várias viagens de Paulo pelas cidades ao redor do Mediterrâneo, já no séc. 2 d.C. haviam grandes comunidades Cristãs em Cartago (norte da África), Egito, Turquia e Grécia. No séc. 4, quando o imperador Constantino legalizou a religião, toda a volta do Mediterrâneo já era Cristã e havia até 7 gerações de pregadores em cada comunidade.

É difícil dizer se os Cristãos antigos eram ricos e poderosos como fazia parte da oferta do Diabo. Havia poucas pessoas educadas o suficiente para escrever grandes tratados ou discursos, e tudo que nos chegou do início da Igreja veio dessas pessoas ricas e intelectuais como Lucas (médico), Paulo (fariseu), Irineu, Justino, etc. Jesus e Pedro não nos deixaram textos-base.

Pelo interesse do imperador Constantino (306-337 d.C.) em assumir o Cristianismo, depois dele também Joviano (364-364) e vários outros, é bem provável que um “alto clero” já fosse estabelecido nessa época. Havia famílias nobres e ricas não apenas adeptas, mas pregando a nova religião. As divergências entre uma pregação e outra, ao longo de mais de 7 gerações de sacerdotes, deviam ser grandes o suficiente para já servirem de pretexto para uma família real mandar exércitos sobre as terras de outra, em nome de Cristo. O primeiro massacre religioso comandado por Cristãos contra não-militares foi já em 315 d.C. (logo após o Edito de Milão), justamente nas cidades onde residiam os grandes bispos, com o objetivo de destruir pagãos e seus templos na Grécia, Egito e Palestina.

NÃO-FINAL AMARGO

Estava ocorrendo uma severa disputa no conselho do reino sobre quem seria responsável pela educação de Mordred [príncipe bebê, recém coroado]. O bispo Bedwin queria criar o rei em sua casa, mas os não-cristãos, em maioria no conselho, não queriam que Mordred crescesse cristão. Bedwin e o seu grupo também não queriam que o rei menino crescesse pagão. Owain, que afirmava venerar de igual forma todos os deuses, propôs-se como um meio-termo.

- Não interessa em que deus um rei acredita - disse-nos ele antes de partirmos - porque um rei tem de ser ensinado a lutar, não a rezar.

Nós o deixamos defendendo a sua causa, enquanto fomos matar saxões.” (Cornwell B, O Rei do Inverno, 1995)

Quando o Cristianismo se tornou legalizado e foi sendo assumido pelos numerosos governadores de Roma*, rapidamente as causas “de Cristo” se mostraram motivos para empreitadas militares e genocídios. Não havia uma separação entre a Igreja e o Império, e era costumeiro que Jesus fosse retratado, nas igrejas, sentado em um trono, com coroa, cetro e rodeado por cavaleiros. Até o séc. 18 sabemos de grandes matanças comandadas pela Igreja, fosse ela Católica, Protestante ou Ortodoxa.

A vocação imperial da Igreja é inegável, a despeito de os textos Cristãos pregarem coisa completamente diversa. Sempre houve grandes fortunas associadas ao clero e, em se tratando do cuidado aos “órfãos e viúvas”, coisa que ficou gravada na Bíblia, a Igreja sempre foi bastante omissa. Nos dias atuais, quando presidentes e parlamentos decidem guerras e acordos, a motivação religiosa de conflitos e abstenções do governos em amenizar os sofrimentos das pessoas continua presente, infelizmente.

A Igreja, chamada nos anos 1960 a intervir nos conflitos das populações, ou na exploração dos povos pelos seus próprios líderes, fez apenas movimentos puntuais. Alguns religiosos sacrificaram suas vidas, como devia ser, mas não houve até hoje uma mobilização da Igreja. Como o jovem rico de que Jesus falou, bem poucos dos muitos religiosos Cristãos do mundo abandonaram as disputas mesquinhas entre si e por riqueza/poder (pois foi o que o Diabo prometeu, sabendo que era isso o desejo dos homens).

Nunca quiseram simplesmente ajudar os homens, como o Jesus que nomeia suas congregações tentou ensinar.

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¹ Clero é um nome que passou a ser usado para os dirigentes de Igreja a partir de 325 d.C. Ele indica não apenas os postos mais altos da direção da Igreja, mas figuras com parentesco e amizades entrelaçadas com a nobreza. Embora os membros do clero sempre justificassem suas ações como necessárias segundo a lei de Deus, ou pela glória de Cristo, elas convenientemente eram em acordo com pretensões econômicas e políticas, além de usarem métodos militares em que nem o mais ímpio dos homens reconheceria o profeta andarilho de Nazaré.

² Foram muitas as heresias declaradas dentro do Catolicismo. Boa parte delas foram destruídas por completo, junto com seus membros. No Protestantismo, hoje são consideradas heresias os movimentos das Testemunhas de Jeová, Mórmons e Baha'i. No entanto, não há uma centralidade dos Protestantes, de modo que cada secto (e são muitos, todos protestando algo) seja avaliado. Em geral, as igrejas Protestantes dividem-se entre Luteranas, Tradicionais e Pentecostais. As de um grupo costumem não aceitar as do outro, mas há variabilidade suficiente para que isso possa ocorrer, assim como para que as do mesmo grupo não se aceitem mutuamente.

³ Embora tenham havido muitos movimentos para “expulsar o Diabo”, e de fato eles ainda ocorrem, as única aparições visíveis do Diabo na Bíblia, salvo a profecia futurística de Apocalipse, são o diálogo com Deus no início do livro de Jó e a conversa com Jesus no deserto, logo após Seu batismo.

* Nos sécs. 3 e 4 d.C., Roma se estendia desde a Bretanha (atual Inglaterra), no norte, até o Marrocos, na costa norte da África, ao sul, e desde a Espanha (a oeste) até a Turquia (a leste). Era um reino tão grande que seu governo estava nas mãos de 4 imperadores com laços de parentesco: Constantino (região da Bretanha e França), Maximiano (região da Espanha e costa norte da África), Galerius (região do Egito, Palestina e Turquia) e Diocleciano (região da Grécia). Futuramente, Constantino acabou subjugando todos os outros e assumindo o império para si.

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LEITURA DE RODAPÉ

Acharya S, Victims of the Christian faith, truthbeknown.com
Tetrarchy - wikipedia

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