quinta-feira, 19 de julho de 2018

Jesus e a Teologia da Libertação


O Bom Samaritano - quadro de William Henry Margetson, 2012

Em 1962, o papa João XXIII convocou um Concílio do Vaticano. Ao longo da história Cristã, cada Concílio foi uma mudança de rumo histórica, abrangendo o entendimento de toda a Igreja. Os 1os Concílios foram no séc. 3 d.C., para estruturar o Cristianismo.. já essa reunião deveria discutir sobre as populações carentes ao redor do globo. Foram convocados 2.200 bispos, cujos discursos foram cuidadosamente gravados em fitas magnéticas. O Concílio durou até 1965, com várias participações do próprio papa nas discussões.

"O Concílio?" Ele disse enquanto se movia em direção a uma janela, gesticulando como se para abri-la. "Espero dele um pouco de ar fresco ... Devemos nos livrar da poeira imperial que se acumulou no trono de São Pedro desde Constantino". (João XXIII)

Um fruto direto dessa reunião histórica foi a Carta Encíclica orientando que os Católicos não tolerassem diferenças de dignidade entre as pessoas. Indiretamente, ela também gerou o que se chama hoje Teologia da Libertação. Trata-se de um entendimento da Igreja como instrumento de Deus contra as injustiças sociais. E ela exatamente “sacudiu o trono de São Pedro”, pois tirou sacerdotes de sob as asas dos ricos para desafiarem ditadores, o capitalismo e ajudarem os mais pobres "condenados a morrer lentamente, sem nenhuma misericórdia". Muitos religiosos adeptos foram presos ou mortos pelos movimentos militares na América Latina entre 1960 e 1980. Para vários, adeptos e contrários, era levar o ideal revolucionário de Karl Marx para dentro da Igreja, tanto que o papa Bento XVI mais tarde ordenaria a reclusão de todos os seguidores de Jon Sobrino¹.

Outras particularidades muito controversas da Teol. Lib. eram o entendimento de Jesus como uma figura estritamente humana enquanto aqui na Terra e a aceitação de que a fé Católica não seria a forma exclusiva de chegar à Salvação.

Dentro do Cristianismo, Salvação é a expectativa de um julgamento favorável de Deus após a morte. E, no Catolicismo em especial, acredita-se que a Salvação decorre primeiramente do batismo - quando o pecado original de Adão é removido mediante uma aliança com o sacrifício de Jesus - e, secundariamente, de uma reconciliação com Deus através da Confissão dos pecados ou pela Penitência². Esse entendimento é diferente em outras divisões do Cristianismo.

PREGAR NÃO É COMBATER

Ao argumentar em favor da Teol. Lib., Tissa Balasuriya’’’, do Sri Lanka, levantava a questão de “como o ensinamento tradicional e exclusivista de Igreja, a respeito da Salvação, pode ser conciliado com a obra salvadora de Cristo?” Seu argumento incluía a lembrança de que, muitas vezes, a Igreja empreendeu massacres e alianças com homens terríveis, fundamentada no fato de que os massacrados não eram Cristãos e, portanto, estavam destituídos de um lugar no Reino de Deus.

Voltando no tempo, porém, vemos que os não-cristãos também motivaram missionários Luteranos e Protestantes nos sécs. 18 e 19, os empreendimentos Jesuítas³ no séc. 16, as missões Beneditinas e Alexandrinas nos sécs. 4 e 5 e as viagens de Paulo no séc. 1, relatadas no livro de Atos e em suas cartas às igrejas. Mesmo as viagens dos apóstolos, não tão bem documentadas, foram movidas pelas palavras de Jesus após a Ressurreição: “Ide, pregai o evangelho a toda criatura, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado, para que creiam e sejam salvos, começando por Jerusalém” (Mateus 28.19-20, Marcos 16.15-16, Lucas 24.46-47). João, cuja obra é explicitamente didática, emenda ao final “este livro foi escrito para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome” (João 20.30-31). Dessa forma, embora o aprendizado sobre Cristo não seja obviamente condenatório (aos que não aprendem), tanto os Evangelhos como a tradição Cristã sugerem fortemente que seja um passo necessário à Salvação. Como “pregai” tornou-se “matai” só pode ser explicado por interesses bem não-cristãos inseridos dentro da Cristandade.

Entendendo a Salvação como uma espécie de cura, a prerrogativa de "ide, pregai" se soma ao fato de que Jesus curou pessoas perguntando, primeiramente, a respeito de sua fé. A cura do servo do centurião, o paralítico, a mulher com fluxo de sangue, Bartimeu e mais dois cegos, a mulher cananéia, o menino epilético, quando os discípulos se desesperaram com as ondas no lago de Genesaré, ou com a falta de pão para as multidões, ou ainda com Pedro afundando: todos foram salvos ou curados mediante sua fé em Jesus. E, tendo os eventos finais da vida de Cristo e a crucificação ocorrido em Jerusalém, também é possível pensar que a Salvação iniciou-se a partir daí. Mas, assim como em vários outros assuntos, Jesus deixou uma lacuna quanto ao destino dos que nunca o conheceram. Há sugestões de julgar a todos segundo os preceitos Cristãos, independentemente de sua fé (João 12.48), aplicar as regras da fé de cada um (Mateus 7.2) e até evangelizar os mortos (João 5.25), mas são construções teológicas. Além disso, reparemos que o texto de Apocalipse fala em um grande julgamento no último dia, segundo as obras de cada um e não segundo a filiação religiosa (Apocalipse 20.12-13).

SOBRE ACEITAR OUTRAS TEOLOGIAS

Marcelo Barros''', falando sobre a Teol. Lib., é um dos que defendem absorção de teologias ou cristianismos populares dentro do Cristianismo. “Cristianismos populares” são versões sincréticas do Cristianismo dos colonizadores europeus do séc. 16, que por sua vez é um sincretismo de tradições gregas, romanas e judaicas. Na América Latina, África e Ásia, o Cristianismo europeu sofreu adaptações populares para reunir elementos católicos (mas às vezes protestantes) com crenças nativas/pagãs* indígenas, afro e depois espíritas, já no séc. 19. Um dos pontos centrais de tais credos é a repulsão à pressão colonizadora, militar e social, para a adoção do Cristianismo.

Os "Cristianismo populares" são versões da religião oficial mais palatáveis, descentralizadas e organizadas pelos pobres. Mas esse movimento produziu a adoração a santos (isso já ocorrera, séculos antes, na Europa, sendo absorvido pela Igreja Romana), locais, plantas e alimentos sagrados, fórmulas mágicas de oratória, energias, chás purificadores, etc. Uma expressão bem brasileira desse Cristianismo poli-sincrético são as benzedeiras, figuras locais (geralmente mulheres) que oferecem rezas, tratamentos espirituais, medicina tradicional, magia e intercessão por seus clientes.

Marcelo argumenta que, embora o Cristianismo romano nos pareça bastante estéril de magias e contatos de Deus com os homens, na verdade ele só parece assim quando visto através de lentes européias. Para os Judeus, por exemplo, cada lugar relatado nos Evangelhos traz a alma do seu povo; seja o poço de Jacó seu ancestral, a cidade trono-de-deus ou o rio com cuja água os profetas curavam. Para os Gregos, a sabedoria de Salomão e as visões de Paulo ou de João sempre foram a forma de os deuses falarem com os homens. Para os Romanos, a caridade e refeições comuns eram sinais sinceros de devoção, assim como as missões de Lucas, Paulo, Silas, Timóteo e Barnabé registradas em Atos eram a forma mais correta de demonstrar fidelidade a um Senhor.

No contexto latino-americano, porém, essas narrativas passam como estórias pouco significativas. Na tradição Yorubá que importamos do Congo, por exemplo, os deuses comumente se manifestam através de plantas que curam, alucinam ou matam. Na tradição indígena/cabocla, um líder espiritual é aquele capaz de desafiar e obter, pela força e coragem, a aliança com os deuses. A falta de lugares sagrados que se possam ver, plantas mágicas e sacerdotes guerreiros no Novo Testamento provavelmente foi o que produziu os sincretismos e até diversos cristos como o Bom Jesus da Lapa, Nosso Senhor do Bonfim, Jesus de Pirapora e um sem-número de Marias-mãe-de-Jesus, que incluem santas negras ou similares de Iemanjá. Mesmo no lado supostamente tradicional da Igreja, encontramos músicas e objetos abençoados/sagrados, pastores capazes de ordenar tarefas a Deus e os demônios, visionários, etc. O que Jesus falaria disso?

Sabemos que o Filho de Deus conhecia de perto a religião dos romanos, gregos, cananeus, samaritanos e o judaísmo tradicional (que já era bastante diversificado). Em sua breve passagem por território Cananeu, Jesus encontrou o que poderia ser um soldado romano insano habitando um lugar/cemitério de culto. Ao invés de abençoar/amaldiçoar aquele solo, Jesus se ocupou apenas do insano. Sobre os romanos e gregos Ele também nada disse, e se dirigiu a um romano não-crente apenas nos seus momentos finais. Jesus não foi ofensivo ou provocador nem mesmo com Pôncio Pilatos ou os soldados assistindo a Crucificação. Ele também não mostrou qualquer atitude favorável aos romanos. Em sua conversa com a Samaritana, Jesus se opôs à adoração confinada a um lugar sagrado, o que por tabela se estendia ao 2º Templo. Entre os mais criticados por Jesus estavam os líderes “templistas” do judaísmo tradicional. Mas Ele enaltecia a figura de João Batista, um líder profeta e andarilho dentro do mesmo judaísmo. Jesus ordenava o amor a Deus e aos homens, de forma indiferente a suas filiações religiosas. E, ao mesmo tempo, Jesus era profundamente Cristão ao afirmar-se como a verdade e a vida, sem a qual ninguém chega ao Pai (João 14.6). Em outras palavras, talvez possamos resumir a posição de Jesus como (1) não se importando com outras crenças e atrelando a Salvação ao (2) reconhecimento de Deus/Ele mesmo como Maior e (3) o amor aos homens.

Isso não é pouco. A posição de Jesus contraria as religiões não-cristãs e mesmo diversas vertentes do Cristianismo, apoiadas no culto a santos, espíritos, anjos e autoridades humanas. E, mesmo para as vertentes mais alinhadas, resta o cumprimento pessoal da posição (3) que pode requerer, como no caso do jovem rico, uma entrega total à questão religiosa. Apesar disso, a postura de Jesus não dá suporte a ofensas, guerras, Cruzadas e martírios (de si ou dos outros) pela fé. No Velho Testamento, a ideia judaica era de combate ferrenho aos outros cultos; após Jesus, Paulo pareceu se ater à estruturação do Cristianismo, mantendo como foco o papel centralizador e único de Jesus, propositalmente ignorando outras entidades:

Pois mesmo que haja os chamados deuses, quer no céu, quer na terra, como de fato há muitos "deuses" e muitos "senhores", para nós, porém, há um único Deus, o Pai, de quem vêm todas as coisas e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem vieram todas as coisas e por meio de quem vivemos. (1ª Coríntios 8.5-6)

Também, quando Marcelo Barros defende o culto de Cristo junto a Orixás, ou dentro da teologia Kanambe no Kênia, os 3 pontos de Jesus não são exatamente restritivos. E mesmo considerando as palavras do Velho Testamento, deduz-se que tal situação é mais provavelmente digna de evangelização e valorização do Jesus histórico, para que Deus seja reconhecido ali, do que digna de uma ação restritiva (Isaías 65.1-7). Mesmo que a teologia (não Cristã) de Isaías em nada possa ser tolerante com os ideais afro de interação com a Natureza ou os ideais caboclo-indígenas de autoridade sacerdotal, o julgamento parece ter sido evitado por Jesus. Marcelo e outros teólogos, como Frei Betto, defendem que o Jesus humano da Bíblia se distancia muito das figuras espirituais, idealizadas ou até imaginárias que serviram de base ao Cristianismo pré-alfabetização, cujo impacto foi essencialmente negativo sobre as camadas mais exploradas da sociedade. Afinal, um Jesus conhecedor de tudo, invencível, incorruptível, etc era por demais diferente dos homens que ouviam sobre Ele. Enquanto o Jesus ensinado parecia muito distante, o Jesus bíblico poderia ter sido tão mais bem recebido quanto o “bom pastor” descrito nos textos gregos e romanos do séc. 1 d.C.

O CRISTIANISMO EM MEIO A DISPUTAS

Jesus fez pouco em termos de criar uma nova tradição, não especificando regras de conduta, datas comemorativas, o funcionamento da Igreja, etc. Por isso, nos 40-50 anos que se seguiram à Crucificação, as pessoas Lhe atribuíram títulos como mestre, profeta, etc e o fizeram sancionar (no pós-morte) todas as múltiplas respostas possíveis para essas questões. Esse processo continua até hoje, em parte re-desenhando vertentes que se encaixam bem aos pré-requisitos de Jesus (mas não dispensam o comprometimento com o amor ao próximo), em parte incluindo dentro da Cristandade muitas pessoas - às vezes em situação de autoridade - virtualmente contrárias a esse amor. A Teol. Lib. vai um tanto no sentido revolucionário, quase Macabeu, de resgate desse amor pelo próximo dentro da Igreja. Um resgate que, talvez lembrando as palavras de Tissa Balasuryia e Marcelo Barros, dentre outros, passa por “consertar a imagem de Cristo” pregada entre os povos, entendendo a necessidade, mas sem a pretensão de que ela venha a ser acolhida por todos.

“O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz. … Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça" (Mateus 13.3-9)

Não são poucos os defensores da Teol. Lib. que falam em favor de um Cristianismo com menos regras. Ivone Gebara''', por exemplo, argumenta sobre a liberalidade anunciada por Jesus quando se refere ao Espírito Santo como um "vento que sopra onde quer, do qual ouvimos a voz, mas não sabemos de onde vem e para onde vai" (João 3.8). Segundo ela, o Jesus das Escrituras era inteiramente imerso em sua cultura, sua história, seus problemas cotidianos e até a luta política de seu povo. "Christos" (Χριστός), do grego, significa "ungido, preparado"; Jesus de Nazaré era um home da periferia judaica; O Verbo era o poder criativo de Deus; e Jesus simplesmente era todos esses, e ainda um pregador itinerante sem importância para Roma. Se a Igreja agir como uma Torre de babel, impondo a mesma língua, os mesmos modos e um pode vertical, ela não age diferente dos poderosos e ricos desse mundo, que filtram todo conhecimento, autoridade e liberdade de um modo desigual, excludente, para favorecer a alguns e oprimir a muitos em nome de uma unidade e uniformidade.

De fato, se tomarmos os 3 pontos de Jesus sobre o que seria ser Cristão (e entendamos Cristão como um imitador de Jesus, não um submisso ou afiliado de qualquer outra coisa), são tantas as possibilidades girando em torno de colocar Jesus acima de tudo e amar ao próximo que podemos ter aí desde Cristãos profetas itinerantes até ricaços intelectuais, desde líderes populares hiper-ortodoxos até ícones femininos e cobradores. De fato, os seguidores de Jesus eram assim variados, mas dentro de um limite que o próprio Pedro nos ensinou a não ultrapassar, que é o de amar mais a si ou ao mundo do que a Cristo. Sem atar pesados fardos aos homens para ser vistos, enriquecer e ser honrados pelos homens (Mateus 23.3-7). Acho que era esse o recado.

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¹ Jon Sobrino é um jesuíta espanhol fixado em El Salvador, um pequeno país da América Central. Ordenando-se em 1969, ele se destacou como líder intelectual dentro da Teologia da Libertação, sendo seguido por expoentes como os padres Oscar Romero, Ignácio Ellacuría (mortos em El Salvador), Leonardo Boff e Frei Betto (Brasil). A reclusão ordenada em 2006 levou muitos outros seguidores de Jon Sobrino a produzirem documentos criticando fortemente a posição da Igreja Católica quanto aos pobres.

² Existem variações ao longo da história quanto ao significado exato da Confissão dos pecados e da Penitência. Por um lado, desde o Concílio de Trento (1545-1563), a Confissão é um sacramento e necessita da figura de um sacerdote. Por outro, entende-se que Deus não é dependente da ação sacerdotal e, assim, uma confissão ao próprio Deus pode ser aceita. Também existem muitas variações no tempo e regionais quanto ao significado da Penitência. O entendimento mais antigo, associado ao livro Pastor de Hermas (séc. 2 d.C.), é a vivência dócil de uma situação de sofrimento criada por Deus. Mas, ao longo da história Cristã, a Penitência foi entendida também como jejum, a doação de favores ou somas em dinheiro para a Igreja, o auto-banimento para uma vida de missionário em terras distantes, enclausuramento, auto-açoitamento, etc. No Catolicismo, a Penitência pode mesmo ser realizada após a morte, em uma dimensão espiritual diferente do Paraíso e do Inferno, conhecida como Purgatório.

³ A Sociedade de Jesus, ou Ordem Jesuíta, foi fundada em 1534 por Inácio (Íñigo) López de Loyola, abade e general espanhol na luta contra os franceses na fronteira sul dos dois países. Os Jesuítas foram inicialmente organizados de forma simplista e militar, para agirem como evangelistas no Oriente Médio. Depois, dispersaram-se nas colônias espanholas e portuguesas da Argentina, Brasil, México, Índia e China. Suas características marcantes são o voto de pobreza e o elevado nível educacional em argumentação teológica, culturas e línguas. A Sociedade sempre foi criticada por ações desvinculadas das monarquias européias. Nos sécs. 16 e 17, implantaram sistemas educacionais e médicos nas colônias, sendo convertidos a uma “ordem mendicante” no séc. 18. No final do séc. 19, a ordem foi re-ativada e, hoje, tem o papa Francisco I como um de seus membros.

* O nome Paganismo passou a ser usado no séc. 4 d.C. para se referir aos povos que pagavam tributos a Roma, então tornada um império Cristão. Era um termo pejorativo usado pela nobreza, designando principalmente as religiosidades Celtas, mas também Germânica, Grega, Árabe, etc. A partir do séc. 5 d.C., o termo foi efetivamente utilizado para designar alvos militares de Roma, cujo Estado tornou-se hilariamente dependente da hierarquia Cristã para manter sua unidade. Num contexto atual, Paganismo pode se referir a qualquer crença fundamentalmente diferente da majoritária. Na América Latina, aparecem sobretudo crenças Andinas e Amazônicas (geralmente associadas a espíritos ancestrais, forças da natureza, animais sagrados, a morte, etc), além das tradições afro, principalmente Yorubá.

''' Tissa Balasuriya (1924-2013) foi um padre e teólogo do Sri Lanka, país de maioria Budista, que teve amplo contato com as culturas portuguesa e inglesa implantadas nos tempos coloniais. A partir dos anos 1970, ele desvinculou-se de suas funções sacerdotais tradicionais para fundar e organizar centros de atenção humanitários. Marcelo Barros de Sousa (1944) é um monge beneditino, escritor e teólogo baiano. Ele dedica-se ao estudo dos diálogos do Cristianismo com outras religiões e é conhecido por suas ações entre os movimentos dos Sem-terra. Ivone Gebara (1944) é uma freira, filósofa e teóloga de Recife envolvida com causas ecológicas e feministas, em especial às ligadas á pobreza das populações marginais urbanas.

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COMPARSAS DOS REVOLUCIONÁRIOS

Balasuriya T, Questions to CDF regarding Jon Sobrino’s notification, in: Getting the poor down from the cross, EATWOT, 2007
Barros M, Jesus of Nazareth, spirit of compassion: elements of an afro-Brazilian christology, in: Getting the poor down from the cross, EATWOT, 2007
Brandon SGF, Salvation, Encyclopaedia Britannica
Edmonds SJ P, Faith in the Gospels, thinkingfaith.org, 13nov2012
Eufrásio J, Benzedeiras atraem pessoas de diversas religiões em busca de paz espititual, Correio Brasiliense, 29abr2018
Gebara I, Plural christologies, in: Getting the poor down from the cross, EATWOT, 2007
Jon Sobrino - wikipedia
João XXIII, Carta encíclica Pacem in Terris, parágrafo 89, 11abr1963
Lowe D, What caused the massive spread of Christianity, quora.com, 23abr2014
Mazzalongo M, What other religions teach about salvation, bibletalk.tv, 6dez2017
O gadareno e os porcos - loungecba.blogspot.com, 23fev2014
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