Pinturas evidenciando Maria Madalena. Os símbolos mais comuns associados a ela são a nudez, pintura, jóias e cabelo enfeitado (prostituta), o manto vermelho (riqueza), o frasco (essência de nardo) e o crânio (vida de reclusão).
Maria Madalena é uma personagem curiosa no Cristianismo. Principalmente porque há muitas tradições sobre ela. O sobrenome “Madalena”, na verdade, foi adicionado para indicar seu nascimento na cidade de Magdala, na margem oeste do Mar da Galiléia ou Lago de Tiberíades. Próximo dali ficava a cidade de Cafarnaum, onde Jesus passou um grande tempo. Ela é referida como uma das mulheres que acompanhavam o ministério de Jesus e lhe davam suporte “dos seus recursos”, o que pode significar que não era alguém pobre¹ (Lucas 8.2-3). O mesmo trecho acrescenta que Jesus havia expulsado 7 demônios dela, o que pode indicar a cura de uma doença. Essa última informação, Lucas pode tê-la obtido do texto de Marcos (Marcos 16.3).
Maria Madalena também é relatada como expectadora da Crucificação (junto com João, Maria mãe de Tiago e José (primos de Jesus), Salomé, a esposa de Zebedeu e a esposa de Cleophas, Mateus 27.56, Marcos 15.40, Lucas 23.49, João 19.25). Não bastasse isso, Maria Madalena foi a 1ª testemunha da Ressurreição² (Mateus 29.9, Marcos 16.9, João 20.8-18). As referências a ela nos Evangelhos são tantas que seria fácil cogitar-se uma relação mais íntima entre Jesus e ela do que com outras mulheres.
O historiador bíblico Bart Denton Ehrman ressalta, em alguns trabalhos, que a sociedade judaica desqualificava testemunhos femininos, e uma postura assim foi seguida pelos Cristãos a partir do séc. 2 d.C. Logo, o papel assumido por Maria Madalena nos Evangelhos parece autêntico, ainda que os relatos da Ressurreição tenham sido montados posteriormente, a partir de várias tradições, provavelmente seguindo algo ainda mais breve que o relato de Marcos. Os relatos e crenças populares, no entanto, foram muito além: Maria Madalena foi vista como amante de Jesus, prostituta arrependida, líder de movimentos e visionária. Boa parte desse material apareceu escrito em evangelhos apócrifos escritos do séc. 2 em diante, dos quais pouca informação é consubstanciada pelas Escrituras canônicas (isto é, os livros aceitos para a Bíblia).
MARIA NA ANTIGUIDADE
O Diálogo do Salvador, um texto Gnóstico do séc. 1 recuperado das cavernas de Nag Hammadi, no Mar Morto, apresenta Jesus, Judas Iscariotes, Tomé, Mateus e Maria Madalena em um diálogo. Reparemos nas figuras mal-afamadas: Judas que entregaria Jesus ao Sinédrio, Tomé o apóstolo descrente, Mateus o cobrador de impostos e Maria Madalena dos 7 demônios. Nessa estranha conversa, com Jesus expondo uma filosofia grega sobre o cosmos, algumas falas de Maria Madalena são atribuídas a Jesus, nos Evangelhos. Em outro texto Gnóstico do séc. 2, chamado Pistis Sophia, Jesus responde a perguntas dos apóstolos. A maioria delas vêm de Maria Madalena, a quem Ele se refere como "Maria, abençoada, a quem aperfeiçoarei em todos os mistérios das alturas, fala em franqueza, tu, cujo coração é elevado ao reino dos céus mais do que a todos os teus irmãos" e também "Você é mais abençoada do que todas as mulheres da Terra, porque você será a plenitude da plenitude e a conclusão da conclusão". No Evangelho de Tomé, do início do séc. 2 e semelhante ao de Mateus, Pedro pede que Maria Madalena deixe o grupo, pois as mulheres não eram merecedoras da Vida. Jesus responde: “Eis que eu a conduzirei, para fazê-la em homem, a fim de que ela também possa se tornar um espírito vivo como vocês, homens. Porque toda mulher que se faz homem entrará no reino dos céus”. No Evangelho de Filipe, do séc. 3, aparece: “E a companheira do salvador era Maria Madalena. Cristo amava Maria mais do que todos os discípulos e costumava beijá-la com frequência. Os outros discípulos ficavam ofendidos e expressavam desaprovação. Eles disseram a Ele: ‘Por que você a ama mais ela do que todos nós?’”. A resposta de Jesus é bastante obscura: “Quando um homem que vê e um cego estão nas trevas, eles são iguais. Mas quando a vem a luz, aquele que enxerga vê a luz, e o cego permanece nas trevas”.
Essas obras do início da Cristandade, algumas bem curtas, de formas diferentes (e às vezes bizarras) são concordantes com o fato de que Maria Madalena desempenhou um papel significativo, geralmente associado a um conhecimento especial sobre Jesus. Essa participação, não relatada nos textos canônicos, teria se dado pessoalmente (dando suporte e acompanhando Jesus) ou no imaginário das 1as comunidades Cristãs. Talvez a obra mais expressiva sobre isso seja o Evangelho de Maria [Madalena], um texto inteiro do séc. 2 sobre essa personagem. O início do texto é sobre as obras de Jesus após a Ressurreição; o restante é um diálogo entre Maria Madalena e os apóstolos, com a exposição (por Maria Madalena) de toda uma cosmogonia Gnóstica e debates sobre a escolha dela como a portadora dos ensinamentos de Jesus. Curiosamente, a outra Maria (mãe de Tiago e José, os primos de Jesus) também esteve na Crucificação e no túmulo de Jesus, mas não ganhou qualquer importância religiosa.
O teólogo Origen de Alexandria (184-253 d.C.) escreveu a respeito de uma crença difundida de que o testemunho de Maria Madalena seria uma fábula, contrastando isso com a descrição de Mateus onde Maria Madalena e a Maria mãe de Tiago e José são recepcionadas, na tumba, por um anjo radiante (Mateus 28). Por outro lado, a igreja de Dura-Europos (233-256 d.C.), na Síria, a construção Cristã mais antiga conhecida, retrata a cena de Marcos 16 com Maria Madalena e mais 2 mulheres indo ao túmulo de Jesus para encontrar um anjo de branco. Na cena retratada, a tumba está fechada. Esses relatos mostram que, embora os Gnósticos tenham fantasiado muito sobre Maria Madalena, até o séc. 3 d.C. não era costume da Igreja falar sobre ela mais do que expresso nas Escrituras.
A CRIAÇÃO DA PROSTITUTA
No séc. 2 d.C., o teólogo Tertuliano, na cidade romana de Cartago, norte da África, escreveu muito sobre as mentiras nas publicações Gnósticas. Ele usou a sensibilidade de Jesus ao toque da mulher pecadora, em Lucas, para afirmar que Cristo não era de qualquer forma imaterial, mas um ser humano. Em seu tratado, ele chama essa mulher de Madalena.
Um dos fariseus convidou-o para jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. Havia na cidade uma mulher que era pecadora; ela, sabendo que ele estava jantando na casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume e, pondo-se-lhe aos pés, chorando, começou a regá-los com lágrimas, e os enxugava com os cabelos da sua cabeça, e beijava-lhe os pés e ungia-os com o perfume. (Lucas 7.36-38)
Não há qualquer ligação entre o texto bíblico e Maria Madalena, de forma que Tertuliano já devia ser influenciado por uma tradição dentro da Igreja. No início do séc. 3 d.C., o teólogo Hippolytos, em Roma, também escreveu contra as heresias e acomodação de crenças pagãs dentro do Cristianismo. Em um sermão, ele mistura Maria Madalena, Maria de Betânia (Lucas 10.39, João 12.3) e a Sulamita procurando seu esposo (ver O Cântico da Sulamita) na cena de João 20, onde Maria Madalena pensa que Jesus ressuscitado é o jardineiro. Essa fusão de figuras bíblicas mostra uma tendência comum dessa época, que produzia personagens ricos e impressivos, mas difíceis de discutir a partir das Escrituras. No caso, temos uma Maria Madalena fictícia, apaixonada por Jesus, emocionada ao vê-lo como a pessoa mais valiosa de todas. No séc. 4 d.C., essa fusão de personagens já havia produzido, num hino composto por Ephraim, da Síria, uma mistura elaborada da Maria de Betânia e Maria Madalena:
“Pelo óleo, Maria, de quem sete demônios saíram, mostra o mistério de Sua mortalidade, que pelo Seu ensino mortificou a concupiscência de sua carne. Então, a mulher pecadora, pelo fluxo de suas lágrimas, foi recompensada com a remissão dos pecados junto aos Seus pés”
Essa imagem foi difundida dentro da Igreja, como um exemplo da mulher pecadora arrependida. A “concupiscência de sua carne” já era uma visão de Maria Madalena como prostituta, devido à fama de sua cidade³. Alguns teólogos discordavam dessa fusão de personagens, como Ambrósio, bispo de Milão no séc. 4 e seu aluno Santo Agostinho, bispo de Hippona Regia, norte da África, no início do séc. 5. Mas a criação da “Madalena prostituta” em grande parte é atribuída à Homilia 33 do papa Gregório I, publicada no final do séc. 6:
“Sempre que pondero o espírito penitencial de Maria Madalena, sinto mais vontade de chorar do que de falar. Pois as lágrimas desta mulher pecaminosa amolecerão até mesmo um coração de pedra, em direção à ideia de fazer penitência. Tendo refletido sobre o que ela havia feito, ela não queria estabelecer limites para o que deveria fazer. Ela entrou, sem ser convidada, depois que a refeição começou, e trouxe suas lágrimas ao banquete. Veja com que dor ela devia queimar, quando ela não teve vergonha de chorar nem mesmo em um banquete.
Aquela que Lucas chama a mulher pecadora, a quem João chama Maria, acreditamos ser a Maria de quem sete demônios saíram, de acordo com Marcos. O que esses sete demônios significam, se não todos os vícios? É claro que a mulher usou anteriormente o unguento para perfumar sua carne em atos proibidos. O que ela mostrou, portanto, mais escandalosamente, ela agora estava se oferecendo a Deus de uma maneira mais louvável. Ela cobiçou com os olhos terrenos, mas agora através da penitência eles são consumidos pelas lágrimas. Ela usou o cabelo para enfeitar o rosto, mas agora seu cabelo seca as lágrimas. Ela falou coisas orgulhosas com a boca, mas beijando os pés do Senhor, ela agora plantou a boca nos pés do Redentor. Para cada deleite, portanto, que ela tinha em si mesma, agora ela se imolava. Ela transformou o número de seus crimes em virtudes, a fim de servir a Deus inteiramente em penitência”. (Homilia* XXXIII)
Nesse texto, o papa descaradamente mistura as figuras de Maria Madalena e mulher pecadora de Lucas, atribuindo a esta última a imagem de prostituta. Após a fragmentação de Roma Ocidental (490 d.C.), foi essa a imagem difundida entre o clero. É interessante que os Cristãos de Roma Oriental (Bizâncio) e do norte da África jamais associaram as imagens da várias Marias para criar as personagens do Ocidente. Assim, é possível que tal processo combinatório tenha a ver com a diminuição de uso da escrita no Ocidente e o fortalecimento das tradições orais durante a Idade Média.
DETALHES FABRICADOS E REVELADOS
Pouco antes do início das Cruzadas (1095), os pequenos reinos pagãos-cristãos da Europa começaram a se tornar militarmente fortes. Os primeiros a exibir essa tendência foram os Vikings, nas atuais Noruega, Suécia e Dinamarca. À medida que o Cristianismo se difundia, encontrou caminho entre a nova nobreza pós-romana. Uma vez que a nova sociedade estava radicalmente organizada em torno de famílias reais ricas e poderosas, senhoras de terras e de homens, os personagens bíblicos adquiriram ares da nobreza. No final do séc. 9 já existiam contos sobre uma Maria Madalena riquíssima, descendente de famílias nobres que governavam Magdala e Betânia! Após ter cometido adultério contra seu poderoso esposo, ela se retirara para viver em um mosteiro, na floresta ou no deserto, dependendo da tradição. Por isso as pinturas dessa época a retratam cheia de jóias e geralmente contemplativa ou lendo a bíblia, em um cárcere ou área natural.
Maria Madalena, por El Greco, 1580. Repare a cena de montanha, com um deserto e tendas atrás, além dos tradicionais objetos-símbolos.
MODERNIDADE TRANSVIADA
O relato mais fabuloso sobre Maria Madalena vem de “A Lenda Dourada”, uma coleção de histórias de santos medievais compilada por volta de 1260 pelo escritor italiano e frade dominicano Jacobus de Voragine. Neste relato, Maria Madalena é "fabulosamente rica, insanamente bela e escandalosamente sensual", mas desiste de sua vida de riqueza e pecado para se tornar uma seguidora de Jesus. Após a Crucificação, os judeus jogam Maria Madalena (e de Betânia também), seu irmão Lázaro, os futuros santos Maximin e Cedônio num barco sem leme no Mar Mediterrâneo, para morrerem. O barco desemboca em Marselha, no sul da França, onde Maria Madalena convence o governador da cidade a se converter ao Cristianismo. Ela prova ao governador o poder de Cristo orando para sua esposa ficar grávida. O governador e sua esposa viajam para Roma encontrar o apóstolo Pedro, mas seu navio é atingido por uma tempestade. A esposa morre no parto e ele a deixa em uma ilha com o bebê ainda vivo em seu peito, recuperando-o (ainda amamentado) ao voltar para a mesma ilha 2 anos depois. A esposa do governador ressuscita e diz a ele que Maria Madalena a trouxe de volta. Em Marselha, os anjos haviam passado os últimos 30 anos levando-a para ouvir suas canções no céu.
Por volta do séc. 16, a Reforma Protestante viu nos pecados sexuais um inimigo a ser combatido e a penitente Maria Madalena servia bem a esse propósito. Martinho Lutero, famoso iniciador da Reforma, não apenas reforçava que as 3 Marias (Maria Madalena, Maria de Betânia e a pecadora que entrou na casa do fariseu) eram a mesma Maria Madalena, como identificava essa figura também com a mulher adúltera que Jesus protegeu (João 8.3-11). Lutero ia até mais longe, afirmando que Jesus haveria pecado com Maria Madalena, culminando na famosa cena do “Não me toques!” (João 20.17). Embora os textos Gnósticos não tenham chegado até a Alemanha para influenciarem alguma coisa, não se pode descartar que a motivação de Lutero e dos Gnósticos tenha sido a mesma. Nos tempos de Lutero ainda, a separação entre Católicos e Protestantes era um tema religioso, político e muito delicado. Lutero, em seus escritos, optou por não duvidar de uma autoridade como Gregório I. Apesar dessa ideia forjada sobre Maria Madalena, a penitente ou arrependida, os Protestantes lutaram tanto contra os culto de Maria que vigorava na Igreja Católica que as referências a ela quase desapareceram.
Enquanto isso, uma pregação que se tornou muito comum nas missas católicas e em alguns cultos protestantes foi a comparação de Maria, mãe de Jesus, pobre e virgem, com a Maria Madalena, adúltera, prostituta e rica. Principalmente no séc. 18, muitos textos religiosos usavam essa imagem para identificar Cristo como um unificador de ricos e pobres, santos e pecadores. A partir do séc. 19, com a descoberta e tradução dos textos Gnósticos preservados em jarros nas cavernas do Mar Morto, diversos grupos Cristãos novamente aderiram a uma “verdade escondida pela Igreja” onde Maria Madalena ressurgiu como uma concubina ou mesmo esposa secreta de Jesus, portadora de ensinamentos secretos.
A Igreja Ortodoxa sustenta que a Maria Madalena foi para a cidade grega de Éfeso, no litoral mediterrâneo da atual Turquia, com Maria mãe de Jesus. Lá ela viveu e morreu, e seus ossos foram levados para Constantinopla em 886, onde ainda estão. A Igreja Católica sustenta outra versão, menos fabulosa que a do séc. 13, onde Maria Madalena, irmã de Lázaro, Marta e Lázaro, com alguns outros discípulos, foram expulsos pelos judeus depois da Ascensão de Cristo. Eles foram postos no mar Mediterrâneo num barco sem remos nem velas, que a correnteza levou em segurança até Marselha, no sul da França. Lá eles fundaram uma igreja, da qual Lázaro se tornou bispo. Sua pregação converteu ao Cristianismo toda a região de Provença, antes território pagão. Maria Madalena se retirou para uma colina próxima, em La Sainte-Baume, onde se entregou a uma vida de penitência durante 30 anos. A igreja local guarda como relíquia um crânio, preservado dentro de uma caixa com armações de ouro, que afirma ser de Maria Madalena.
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Obs. Nesse texto, foram usados links da versão wikipedia da Tradução Brasileira da Bíblia.
¹ Há muitos mistérios sobre a divisão de funções segundos os sexos, no início da Cristandade. Embora pensemos numa sociedade judaica muito patriarcal, Jesus teve seus maiores diálogos com mulheres. Uma sinagoga em Aphrodisias, na atual Turquia, listava muitas mulheres entre seus contribuidores. Também, a primeira revelação de Jesus após sua ressurreição foi para uma mulher. E o livro de Atos se refere a algumas comunidades Cristãs lideradas por mulheres. Embora todos esses sinais falem em favor de uma equidade entre os sexos, nenhum pronunciamento de Jesus abordou essa temática ou sequer uma mulher é listada entre os que receberam a missão de propagar o Evangelho.
² Há várias divergências quanto ao enterro de Jesus e a Ressurreição. Paulo, por exemplo, escreve que “[Jesus] foi ressuscitado ao terceiro dia segundo as Escrituras, e apareceu a Cefas e então aos doze. Depois apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, dos quais a maior parte permanece até agora, mas alguns já dormiram. Depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos, por último de todos apareceu também a mim, como a um abortivo” (1ª Coríntios 15.4-8). Essa descrição é importante porque data de antes da elaboração dos Evangelhos. Lucas, que seguia Paulo e escreveu muitas de suas estórias, também não relata a aparição para as mulheres. Segundo ele, Jesus se manifestou primeiro para Cleophas e um amigo Cristão, que caminhavam na estrada de Emaús (Lucas 24).
³ A Igreja desde cedo descreveu Magdala como uma cidade de prostituição, mas não há evidências refutando ou confirmando isso. Magdala era uma cidade próspera na margem do lago de Tiberíades, entre os sécs. 2 a.C. e 3 d.C. Referências antigas citam a fartura de peixes no porto de Magdala. Até a construção da cidade de Tiberíades, no tempo de Jesus, Magdala era o principal posto administrativo de Roma na região e funcionava como um centro de controle das mercadorias sendo transportadas entre a Galiléia e a Judéia, que depois empobreceu pelo deslocamento das autoridades romanas para a cidade vizinha. Lá foi descoberta a mais antiga sinagoga da Galiléia, construída por volta de 50 a.C. e também foi a cidade natal do famoso historiador judeu-romano Flavius Josephus. Sendo uma cidade portuária, era provável que sediasse muitas prostitutas, como as demais cidades portuárias romanas. Josephus descreve que Magdala foi arrasada pelos romanos durante a rebelião de 67 d.C., pouco antes que Jerusalém também fosse destruída, mas escavações recentes mostram que a cidade continuou funcionando por pelo menos mais 200 anos.
* Homilia é uma palavra derivada do latim que significa “conversa”. No Catolicismo, mais precisamente, trata-se de uma interpretação bíblica elaborada ou lida durante a Missa.
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ESCRITOS LENDÁRIOS
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