- Presta atenção, fracote: o mais santo desse pedaço sou eu. Se andar bonzinho demais, te encho de porrada. |
Esse texto foi espremido de um fruto amargo de Vera Siqueira. Ficou um suco estranho, mas torcemos para que o tempo algum dia o torne em algo saboroso.
"[Muitos] Dias atrás, ele teve um sonho: éramos agredidos na Marcha para Jesus, e para nos defender nos colocávamos de joelhos e começávamos a louvar. Hoje parte do sonho se tornou realidade. Tudo começou, como sempre, com o pessoal se encontrando na saída do metrô Tiradentes. Levamos 6 faixas, 5 dos anos anteriores e uma feita especialmente para essa marcha:
O Brasil não precisa de apóstolos ou patriarcas, com suas fórmulas mágicas e sua Teologia da Prosperidade, que envergonha o Evangelho de Cristo e são são contrárias à realidade dos que sofrem. Chega de vergonha, o Amor e a graça de Deus nos basta. - Mt 6.33
Dividimo-nos em dois grupos: metade ficou no início da marcha, e metade se postou mais adiante, onde aguardaria a chegada dos trios. Por volta de dez horas, como sempre, a metade que ficou se aproximou do primeiro trio-elétrico, onde estavam os astros gospel. E estendemos nossa primeira faixa.
Eu segurava uma faixa ainda enrolada, quando a agarraram e a arrancaram dos meus braços, chegando a me machucar. Era um homem forte, um segurança do evento, que saiu no meio da multidão. Comecei a gritar “fui roubada”, sob o olhar assustado dos fiéis que presenciavam a cena. Outros seguranças se aproximaram e tentaram levar outra faixa, essa já aberta, e eu e os meninos “grudamos” na faixa, enquanto gritava “socorro” repetidas vezes, na ânsia de chamar a atenção de todos e não sermos agredidos. Deu certo, havia uma base policial próxima e os policiais foram ao nosso socorro. Resultado: os policiais apreenderam duas faixas e nos aconselharam a ficar ali, para nossa segurança.
Porém, fui tomada de enorme ira santa, e confesso que fui bastante imprudente (só agora vejo isso). Deixei a base e fui me esgueirando na multidão, a fim de chegar na frente do trio dos astros gospel. Foi bem difícil caminhar contra a multidão, mas enfim cheguei e fiquei cara-a-cara com a pastorada famosa. Sem as faixas, sem ter como comunicar minha mensagem, fiz o que estava ao meu alcance: aquele gesto, com um polegar em pé na outra mão, e os demais dedos fazendo um semi-círculo (para bom entendedor…). Fiquei de costas para a multidão, e de frente com o trio. A bispa até se fez de piedosa, e fez um coração com as mãos, estilo Wagner Love, para mim. E eu, fazendo incessantemente aquele gesto peculiar. Os demais astros viam minha manifestação, mas fingiam nada ver.
Enquanto fazia o gesto e andava de costas, ou melhor, era empurrada de costas pelo cordão humano de brutamontes do evento, ainda por cima o brutamontes que estava na minha frente resolveu me retaliar à sua maneira. A cada passo, ele levantava propositalmente seu joelho, que parava nada delicadamente na minha coxa. E, ao pisar, seu pezinho de fada despencava em cima do meu. Porém, o gostinho de ver aqueles astros gospel tendo que aturar meu gesto me fez perder totalmente a noção de dor. Uma hora até tentei revidar, levantando também meu joelho e atingindo-o com a mesma ignorância, mas aí ele gritou: “você está querendo se machucar”. Entendi o recado, parei de “joelhar”, mas continuei sendo “joelhada” e “pisada”.
Mas não apenas os astros gospel puderam ver meu singelo gesto. Uma repórter se aproximou e perguntou se eu estava protestando. Disse que sim, e ela disse que queria depois falar comigo. Então me deu um bloco, onde escrevi meu celular. Na mesma hora, um brutamontes surgiu do além e arrancou a folha da repórter. Do jeito que ele fez, e no ângulo em que eu estava, achei que ele a tivesse agredido, então por instinto agarrei o braço dele e gritei para ele soltar ela. Quando ele se virou, achei mesmo que ia levar uns sopapos. Mas Deus me livrou. Continuei no meu gestual básico, e então outro brutamontes ainda maior chegou gritando: “pára de fazer esse gesto, senão você vai ser presa”. Continuei o gesto e o cara veio para cima, me agarrou pelo braço com pouco afeto, me arrastou para fora da pista e voltou para o seu lugar. “Ué, você não ia me prender?”
Como não estava presa, voltei com muita dificuldade para a frente do trio, e depois para o outro lado da pista, já que não tinha mais o que fazer ali. Por sorte (ou providência divina), estava justamente onde parte do nosso grupo estava, no caso o Josef, e com ele estavam as outras três faixas. Subimos num canteiro e estendemos a faixa de 2Pe 2.3.
Aí aquela repórter se aproximou de mim e perguntou sobre o porquê de estarmos ali. Falamos um pouco, e do nada apareceram os brutamontes de novo, e arrancaram a faixa das nossas mãos. Na ânsia e na violência, acabaram atingindo um deles mesmos com a vara da faixa, parecia o Pedrão dando uma espadada na orelha do soldado. Assim, nossas três outras faixas foram roubadas, porém ainda tínhamos os panfletos. Então passamos a distribui-los na multidão.
Depois disso, voltamos para a base policial. Os policiais, diga-se de passagem, foram muito cuidadosos para conosco. Eles nos levaram e nos trouxeram ao 2º. DP, onde não pôde ser feito o B.O. por não haver identificação dos agressores. Pela primeira vez, andei de camburão.
Então, de volta à Marcha, pegamos um saco e resolvemos ajudar também, e conseguimos lotar um saco em muito pouco tempo, tamanha a quantidade de papéis, garrafas plásticas e sacos de salgadinhos que encontramos pelo caminho. E então fomos embora.
Sem dúvidas, o tratamento que recebemos foi premeditado, planejado pela organização do evento gospel. Nossas faixas não ficaram abertas nem dez minutos, antes de serem brutalmente arrancadas de nossas mãos. Não tiveram medo de agredir mulheres, nem na frente dos fiéis que marchavam. Só não fizeram coisa pior porque a polícia estava ali, presente.
O que relatei acima foi o que aconteceu comigo e fatos nos quais eu estava presente. Cada participante teve suas próprias experiências, por isso é importante visitar todos os blogs e ler todos os relatos. Em todos, porém, uma característica básica: a intolerância, que gera a violência. E violência entre pessoas que dizem estar ali para marchar para Jesus!
No final, sobraram as duas faixas, aquelas que foram apreendidas no início pelos policiais. As demais, devem estar queimando em alguma fogueira santa gospel, com nossos nomes nas bocas de sapo ungidas. Porém, se não deixaram que a multidão lesse as faixas, pelo menos alguns tiveram acesso aos nossos panfletos, fora os que puderam assistir às cenas de violência. Nossa oração é para que Deus possa usar tudo isso para que o Espírito Santo abra os olhos de alguns para a busca do Verdadeiro Evangelho, que é puro e simples como Jesus vivia. E, se tivermos que apanhar no ano que vem, sem problemas. O importante é que nós diminuamos, e que Cristo cresça.
Voltemos ao Evangelho Puro e Simples! O $how tem que Parar."
Dividimo-nos em dois grupos: metade ficou no início da marcha, e metade se postou mais adiante, onde aguardaria a chegada dos trios. Por volta de dez horas, como sempre, a metade que ficou se aproximou do primeiro trio-elétrico, onde estavam os astros gospel. E estendemos nossa primeira faixa.
Eu segurava uma faixa ainda enrolada, quando a agarraram e a arrancaram dos meus braços, chegando a me machucar. Era um homem forte, um segurança do evento, que saiu no meio da multidão. Comecei a gritar “fui roubada”, sob o olhar assustado dos fiéis que presenciavam a cena. Outros seguranças se aproximaram e tentaram levar outra faixa, essa já aberta, e eu e os meninos “grudamos” na faixa, enquanto gritava “socorro” repetidas vezes, na ânsia de chamar a atenção de todos e não sermos agredidos. Deu certo, havia uma base policial próxima e os policiais foram ao nosso socorro. Resultado: os policiais apreenderam duas faixas e nos aconselharam a ficar ali, para nossa segurança.
Porém, fui tomada de enorme ira santa, e confesso que fui bastante imprudente (só agora vejo isso). Deixei a base e fui me esgueirando na multidão, a fim de chegar na frente do trio dos astros gospel. Foi bem difícil caminhar contra a multidão, mas enfim cheguei e fiquei cara-a-cara com a pastorada famosa. Sem as faixas, sem ter como comunicar minha mensagem, fiz o que estava ao meu alcance: aquele gesto, com um polegar em pé na outra mão, e os demais dedos fazendo um semi-círculo (para bom entendedor…). Fiquei de costas para a multidão, e de frente com o trio. A bispa até se fez de piedosa, e fez um coração com as mãos, estilo Wagner Love, para mim. E eu, fazendo incessantemente aquele gesto peculiar. Os demais astros viam minha manifestação, mas fingiam nada ver.
Enquanto fazia o gesto e andava de costas, ou melhor, era empurrada de costas pelo cordão humano de brutamontes do evento, ainda por cima o brutamontes que estava na minha frente resolveu me retaliar à sua maneira. A cada passo, ele levantava propositalmente seu joelho, que parava nada delicadamente na minha coxa. E, ao pisar, seu pezinho de fada despencava em cima do meu. Porém, o gostinho de ver aqueles astros gospel tendo que aturar meu gesto me fez perder totalmente a noção de dor. Uma hora até tentei revidar, levantando também meu joelho e atingindo-o com a mesma ignorância, mas aí ele gritou: “você está querendo se machucar”. Entendi o recado, parei de “joelhar”, mas continuei sendo “joelhada” e “pisada”.
Mas não apenas os astros gospel puderam ver meu singelo gesto. Uma repórter se aproximou e perguntou se eu estava protestando. Disse que sim, e ela disse que queria depois falar comigo. Então me deu um bloco, onde escrevi meu celular. Na mesma hora, um brutamontes surgiu do além e arrancou a folha da repórter. Do jeito que ele fez, e no ângulo em que eu estava, achei que ele a tivesse agredido, então por instinto agarrei o braço dele e gritei para ele soltar ela. Quando ele se virou, achei mesmo que ia levar uns sopapos. Mas Deus me livrou. Continuei no meu gestual básico, e então outro brutamontes ainda maior chegou gritando: “pára de fazer esse gesto, senão você vai ser presa”. Continuei o gesto e o cara veio para cima, me agarrou pelo braço com pouco afeto, me arrastou para fora da pista e voltou para o seu lugar. “Ué, você não ia me prender?”
Como não estava presa, voltei com muita dificuldade para a frente do trio, e depois para o outro lado da pista, já que não tinha mais o que fazer ali. Por sorte (ou providência divina), estava justamente onde parte do nosso grupo estava, no caso o Josef, e com ele estavam as outras três faixas. Subimos num canteiro e estendemos a faixa de 2Pe 2.3.
Aí aquela repórter se aproximou de mim e perguntou sobre o porquê de estarmos ali. Falamos um pouco, e do nada apareceram os brutamontes de novo, e arrancaram a faixa das nossas mãos. Na ânsia e na violência, acabaram atingindo um deles mesmos com a vara da faixa, parecia o Pedrão dando uma espadada na orelha do soldado. Assim, nossas três outras faixas foram roubadas, porém ainda tínhamos os panfletos. Então passamos a distribui-los na multidão.
Depois disso, voltamos para a base policial. Os policiais, diga-se de passagem, foram muito cuidadosos para conosco. Eles nos levaram e nos trouxeram ao 2º. DP, onde não pôde ser feito o B.O. por não haver identificação dos agressores. Pela primeira vez, andei de camburão.
Então, de volta à Marcha, pegamos um saco e resolvemos ajudar também, e conseguimos lotar um saco em muito pouco tempo, tamanha a quantidade de papéis, garrafas plásticas e sacos de salgadinhos que encontramos pelo caminho. E então fomos embora.
Sem dúvidas, o tratamento que recebemos foi premeditado, planejado pela organização do evento gospel. Nossas faixas não ficaram abertas nem dez minutos, antes de serem brutalmente arrancadas de nossas mãos. Não tiveram medo de agredir mulheres, nem na frente dos fiéis que marchavam. Só não fizeram coisa pior porque a polícia estava ali, presente.
O que relatei acima foi o que aconteceu comigo e fatos nos quais eu estava presente. Cada participante teve suas próprias experiências, por isso é importante visitar todos os blogs e ler todos os relatos. Em todos, porém, uma característica básica: a intolerância, que gera a violência. E violência entre pessoas que dizem estar ali para marchar para Jesus!
No final, sobraram as duas faixas, aquelas que foram apreendidas no início pelos policiais. As demais, devem estar queimando em alguma fogueira santa gospel, com nossos nomes nas bocas de sapo ungidas. Porém, se não deixaram que a multidão lesse as faixas, pelo menos alguns tiveram acesso aos nossos panfletos, fora os que puderam assistir às cenas de violência. Nossa oração é para que Deus possa usar tudo isso para que o Espírito Santo abra os olhos de alguns para a busca do Verdadeiro Evangelho, que é puro e simples como Jesus vivia. E, se tivermos que apanhar no ano que vem, sem problemas. O importante é que nós diminuamos, e que Cristo cresça.
Voltemos ao Evangelho Puro e Simples! O $how tem que Parar."
Parece um relato policial, mas tem algumas coisas aqui que você provavelmente entenderá muito bem. Em primeiro lugar é um texto sobre grupos rivais se batendo na Marcha para Jesus. A própria marcha já tem um simbolismo de guerra, pelo menos para quem assiste: é a reunião de muitos simpatizantes evangélicos de Cristo (outros segmentos cristãos estão de fora) para andar pela cidade fazendo barulho e mostrar a todos fora daquele grupo quão numerosos eles são. Ficar contra eles certamente não seria seguro, fisicamente falando. Mas então a marcha do exército descompassou, mostrou que havia ordenanças internas combatendo ali no desfile mesmo: de um lado, os "poderosos" sobre trios elétricos e com centenas atrás de si endossando a sua versão de Jesus. Do outro lado, um grupo pequeno, sem voz pública e heróico, armado de idéias em faixas e dispostos a apanhar para mostrar a todos a sua versão de Jesus. O próprio Filho do Homem foi bem mais modesto: conseguiu só 12 para endossá-Lo, dos quais só 1,5 ficou até o final (João e Pedro ficaram, mas Pedro insistiu em dizer que não estava) e 1 outro que seguiu outra liderança, também ali mesmo. Como tradicionalmente ocorre num conflito, a polícia e os seguranças fizeram seu papel de defender os poderosos contra os pequenos insubordinados, arrancando faixas, dando cotoveladas e joelhadas; mas por outro lado impedindo que um grupo praticasse a mais santa barbárie contra o outro.
A grosso modo o texto é um grito por justiça como o da criança que chega para a mãe, mostra o irmão e aponta o machucado dizendo "ele é malvado, veja o que fez comigo". Diferente da criança, no entanto, esse texto detalha como os "agredidos" foram parar na confusão e o que fizeram que os "agressores" não gostaram. É o que se chama tecnicamente de "situação de risco premeditada": quando você escolhe andar por um lugar perigoso, desdenha de regras de segurança ou insulta alguém maior do que você, está SE colocando em risco. Aqui, os "agredidos" fizeram gestos ofensivos (pelo menos eu entendi que o objetivo era ofender) e levaram placas questionando a "santidade" do movimento. A criança puxando a barra da saia da mãe fala sem parar das faixas, mostra fotos delas, conta como foram destruídas. "Foram as faixas! Foram as faixas! Faixas que falam da Graça de Deus!". O que SOMOS LEVADOS a concluir é que os "agressores" são contra a Graça divina. E por estarem na Marcha para Jesus, ainda são hipócritas. Gente ruim mesmo, que não deve ser ouvida.
Manipular alguém mais poderoso que você para que ele se vingue sobre os seus inimigos... Provavelmente você já fez isso, quando pequeno (e talvez ainda faça, sendo grande). Os Fariseus da época de Jesus levavam casos "decididos" para Jesus julgar, a fim de manipular a opinião pública. Herodes não queria matar João Batista para não desagradar o povo que ele governava, mas Herodias e Salomé manipularam a audiência patrícia¹ para que exigissem isso dele. Aqui, a criança tenta manipular os leitores, que são a "mãe" capaz de rechaçar as idéias da "pastorada" e fazer com que caiam na vergonha por não serem mais ouvidos. Na Marcha, as faixas e panfletos também tinham essa intensão. Ora, entre os reclamantes e entre os defensores da
teologia da prosperidade, quem não é ouvido certamente também não é abençoado.
Manipular Deus é a grande tentação, coisa que vários tentaram e não conseguiram. De forma geral, Jesus dava respostas tão inesperadas aos casos apresentados para o Seu julgamento que até hoje as pessoas escrevem livros sobre as razões lógico-espirituais para que ele fizesse as escolhas que fez. Seria muito difícil tomar decisões baseadas na personalidade Dele, e talvez por isso existam tantas subdivisões do Cristianismo. Todos querem imitar a pessoa de Jesus, mas sentem-se sem chão ao SE verem incapazes disso. Resta criar um código lógico de leis que mostre o que Jesus faria em todos os casos; a isso damos o nome de teologia. Teologia é theos (deus) + logos (conhecimento), é o conhecimento de deus, o que nos permite prever "o que Deus faria se...". As crianças fazem mãe-logia e pai-logia quando correm pedindo a intervenção da mãe num conflito e não a do pai. Talvez o pai não acreditasse na estória...
Hoje existem algumas teologias famosas. A teologia da prosperidade diz que a sua prosperidade nas ações é o reflexo de fazer ou não o que Deus faria. Se você fizer o que ele faria, será bem sucedido, caso contrário será fracassado. É um conceito antigo e que justifica os monarcas: na Idade Média, um acusado podia ser convocado a jurar e depois segurar um ferro em brasa. Se ele não se queimasse, então Deus estava mostrando que ele falava a verdade. A teologia da libertação diz que a função do evangelho é destruir toda desigualdade, então você faz a vontade de Deus usando suas ações contra as injustiças. Temos a teologia das manifestações, onde a sua proximidade de Deus se mostra através da demonstração de poderes super-humanos como derrubar pessoas, fazer chover ou parar a chuva, paralisar este ou aquele com uma palavra, etc. E depois vem a teologia da graça, onde você pode fazer o que quiser sempre contando com a graça gratuita e de graça de Deus. Vai longe essa lista, sem que nenhuma delas se arrisque a prever as ações de Jesus. Dizer que Jesus tomava vinho quando todo o protestantismo americano deve a sua expansão ao combate do alcoolismo pela pregação da mora e dos bons costumes, então, é sacrilégio! Enquanto você pensa no significado místico-religioso-espiritual e filosófico disso, talvez pense como eu que Ele simplesmente não era previsível.
A teologia da prosperidade (TP) naturalmente é bem aceita por quem dispõe de muitos recursos, porque os justifica. Se Deus compactuar contigo então você será bem sucedido [de preferência financeiramente]... Reclamando contra ela, espero que os "reclamantes" não estejam esperando ter sucesso em seu protesto! O que Jesus faria nesse combate de idéias? Vou arriscar um palpite teológico. Falhando e tendo Deus junto deles, os "agredidos" estarão mostrando que a TP é mentira; se a "pastorada agressora" tem sucesso e Deus junto a si, mostram que a TP é verdade. Contra qual filho Deus ficaria? Para ficar com ambos, talvez cada um consiga exatamente o que defende: de um lado a prosperidade, do outro a batalha. Como no caso dos amigos de Jó, a única verdade disso tudo é a presença de Deus, nem nessa idéia nem naquela, mas simplesmente com as pessoas. Um pai abraçando junto todos os filhos brigões.
No caso de Jó, Elifaz, Bildade e Zofar, quatro brigões dos tempos antigos, Ele simplesmente interrompeu a contenda e perguntou "Quem vocês pensam que são para dizerem o que Eu penso ?"
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¹ Roma era um reino imenso, que compreendia muitos países e ia desde as terras da Espanha até onde hoje é a Rússia, com o governo sediado na cidade de Roma e depois também em Constantinopla. Na sociedade romana havia uma distinção social bem evidente. Os "patrícios" (literalmente: da pátria), que GOZAVAM plenamente da lei romana e eram basicamente as famílias nobres da Itália; e os "plebeus" que estavam SUJEITOS à lei romana e eram pobres, mestiços ou nascidos nas províncias dominadas. Quando Roma anexava um território, primeiramente colocava o governo sob a responsabilidade de um "patrício" - no caso Pôncio Pilatos e sua família - depois produzia um governo de filhos da nobreza local levados para serem educados em Roma. Herodes era o nome/sobrenome de uma família real da Galiléia, cujos costumes e companhia do rei davam a entender que ele não recebera a educação judaica tradicional (fariseu, saduceu, essênio ou zelote), mas sim uma educação romana. Na época de Jesus, governava Herodes Antipas (20 a.C. - 39 d.C.).
No caso de Jó, Elifaz, Bildade e Zofar, quatro brigões dos tempos antigos, Ele simplesmente interrompeu a contenda e perguntou "Quem vocês pensam que são para dizerem o que Eu penso ?"
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¹ Roma era um reino imenso, que compreendia muitos países e ia desde as terras da Espanha até onde hoje é a Rússia, com o governo sediado na cidade de Roma e depois também em Constantinopla. Na sociedade romana havia uma distinção social bem evidente. Os "patrícios" (literalmente: da pátria), que GOZAVAM plenamente da lei romana e eram basicamente as famílias nobres da Itália; e os "plebeus" que estavam SUJEITOS à lei romana e eram pobres, mestiços ou nascidos nas províncias dominadas. Quando Roma anexava um território, primeiramente colocava o governo sob a responsabilidade de um "patrício" - no caso Pôncio Pilatos e sua família - depois produzia um governo de filhos da nobreza local levados para serem educados em Roma. Herodes era o nome/sobrenome de uma família real da Galiléia, cujos costumes e companhia do rei davam a entender que ele não recebera a educação judaica tradicional (fariseu, saduceu, essênio ou zelote), mas sim uma educação romana. Na época de Jesus, governava Herodes Antipas (20 a.C. - 39 d.C.).
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