segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ainda é possível ser feliz a dois?


isso também é sexo?

Esse é um recorte do iG São Paulo, felizmente guardado pelo Valter Jr. Depois, claro, falamos dele.

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Na última década, os números de divórcios bateram recordes atrás de recordes no Brasil, ano após ano. O único ano que isso não aconteceu foi em 2004, quando também não houve queda, apenas estabilização da taxa.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado foram registrados cerca de 188 mil divórcios no País, ou seja, para cada cinco casamentos há um divórcio. Quem faz parte dessa estatística é a agente de viagens Ângela Maria Nogues, 49. Depois de 25 anos de união, entre casamento e namoro, dois filhos e uma traição, ela resolveu se separar. “Não digo que foi fácil, mas hoje sei que o divórcio me fez um bem enorme”, diz.

Para Nelson Sussumo Shikicima, presidente da comissão de direito da família da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), a descomplicação da lei dos divórcios, que hoje podem ser feitos nos cartórios, ajuda a elevar ainda mais essas taxas. “Agora você pode casar em um dia e se divorciar no outro, de forma mais barata e sem complicações de justiça”, diz. Mas faz uma ressalva: quem quiser se reconciliar terá que casar outra vez (para isso que antigamente servia o período de separação).

Entre 1984 e 2007, o aumento no número de divórcios foi de 200%. Outro dado importante, ainda é a mulher que costuma terminar o casamento: dos 188.098 pedidos de divórcio feitos no ano passado, 71,7% partiram delas. “Isso desmente que a mulher tenha o casamento como interesse”, diz Shicicima. Segunda ele, nada indica que essa tendência irá mudar.

Ângela conta que levou quatro anos para reestruturar a vida, mas fez amigos novos, aulas de dança e hoje namora um homem que a respeita e trata com carinho. O que ela acha do divórcio? “Uma benção. A vida já nos traz tantas preocupações, por que viver com quem não nos dá valor?”, questiona.

Experimentações sexuais
Depois da geração Y, conheça a geração flex

Se no começo dos anos 60 alguém dissesse que em 2010 seria tão fácil se divorciar quanto se casar, ou que as mulheres não subiriam virgens ao altar, essa pessoa provavelmente seria internada como louca. Por isso, quando a sexóloga Regina Navarro diz que a bissexualidade é uma tendência que deve predominar nas próximas décadas, é melhor não duvidar.

Não é novidade que os jovens iniciam a vida sexual hoje mais cedo, com cerca de 15 anos. Há uma década costumava ser por volta dos 17. O que mudou em 2010 foi o surgimento do que Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos do sexo da USP, chamou de “geração flex”. Meninos e meninas que iniciam a vida sexual com meninos e meninas do mesmo sexo.

Regina acha que as barreiras entre o que é masculino e feminino estão se dissolvendo. “Não há mais nada que interesse ao homem e que não interesse à mulher, e vice-versa”, diz. Com isso, a tendência é buscar no objeto amoroso características de personalidade que lhe agradam. O que não precisa estar necessariamente no sexo oposto. Para ela, isso tem acontecido principalmente com as meninas. “Não quer dizer que teremos um maior numero de lésbicas. Mas quem tiver tendência ao homossexualismo talvez se encontre mais cedo”, diz Carmita, que também é autora do livro “A Descoberta Sexual do Brasil”.

As duas especialistas concordam quando o assunto são os meninos. “Para eles ainda é muito mais difícil se liberar de estigmas da sociedade patriarcal, na qual ele é o forte, o que não chora e o que tem a homossexualidade ainda quase como doença”, diz Regina, autora do polêmico “A Cama na Varanda”.

No entanto, estudos recentes mostram que até entre os meninos há uma novidade que era inaceitável há dez anos. “Eles agora entendem a possibilidade de serem traídos; não que desejem, mas passam a compreender que se eles traem podem ser traídos”, conta Carmita. Parece que é o começo do fim da filosofia “joga pedra na Geni”. E mais um sinal de uma sociedade mais igual entre homens e mulheres.

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Dentro dessa temática de sexualidade, é difícil ficar indiferente quando se fala em tantos “finais” de casamentos. São famílias desfeitas! Ok, você pode dizer que agora as pessoas sentem liberdade para não ficar casadas à força. Liberdade é muito legal. Mas já parou para pensar o quão pouco se tem investido nos relacionamentos? Fala-se demais em “encontrar a pessoa certa”, mas nem se menciona “ser a pessoa certa”. Por algum motivo, agora Deus precisa nos colocar junto com alguém que seja naturalmente ideal para nós ou usamos contra Ele a nossa liberdade - deixamos o outro e vamos procurar a cara metade noutro lugar. Por trás da “liberdade” nos relacionamentos (e o afrouxamento das leis reflete essa necessidade humana), está o fato de que nós estamos muito menos flexíveis quanto às nossas vontades. O parceiro que se adapte a mim: se não, se o “encaixe” não for bom, procuro outro. Talvez chegue o dia em que trocaremos de filhos, até achar um agradável, ou que troquemos de deus, para achar um que seja do nosso jeito (!).

Já pensou se Jesus procurasse discípulos que fossem adequados a Ele?

Quando largamos um relacionamento para procurar outro, estamos desistindo de estar felizes com aquele a quem dissemos amar. No namoro, estamos APRENDENDO a amar mas, no casamento, espera-se que seja um amor para toda a vida. É curioso ver que muitos separados tornam a casar, dizendo ter encontrado o “verdadeiro amor”. A imaturidade com que as pessoas propõem casamento não combina com a inflexibilidade que cultivam.

Ok, separações podem ser inevitáveis se um dos lados exigir demais do outro. Mas nós cristãos precisamos DEMONSTRAR que somos diferentes, fazer um esforço a mais não para “nos amoldarmos ao outro”, mas para “buscar a felicidade de uma forma diferente do que imaginamos”. Para começar, a felicidade do parceiro precisa ser o ideal de um relacionamento. Isso significa ir a lugares que não são seus preferidos (mas serão, se isso agradar o outro), fazer coisas que não são do seu agrado (mas serão, pelo mesmo motivo), etc. As pessoas têm desistido facilmente uns dos outros, têm desejado uma felicidade “de mão beijada”, como se diz para aquilo que é ganho sem esforço. Pior do que isso, têm construído relacionamentos para agradar a si mesmas. E o parceiro, nessa?

É uma tradição do ocidente que se aprenda muito pouco sobre sentimentos, a vida toda. Para a imensa maioria, os sentimentos são aprendidos pela experimentação, sem conselhos válidos dos pais ou de amigos, sem outra referência além do que a mídia diz. Se falam que separar é bom, eu me separo. Se dizem que ser homossexual é bacana, vou experimentar isso. Se criminoso aparece como homem de status, vou agir como criminoso. Que bando de “maria-vai-com-as-outras” estamos nos tornando! Apesar de o Evangelho ser gritado em 12 canais de TV, manhã, tarde, noite e madrugada, o que é que isso tem nos ensinado sobre como participar da nossa própria família? Talvez tenha ensinado a abandonar o barco no primeiro balanço, ou talvez que a família vale muito pouco, ou que só podemos ser felizes seguindo as próprias regras.

Também, não aprendemos a dar valor nos papéis sócio-familiares dos homens e mulheres. Muitos garotos não se orgulham do pai, ou não vêem o pai sendo homem fora de casa. Porque faria questão de ser como ele? E o pai também não reconhece sua função. Muitas meninas não se orgulham das mães, não vêem ela agindo perante a sociedade. Iriam querer ser como ela? Será que a mãe sabe o exemplo que dá? O vazio de valores faz com que homens e mulheres, no fim, somente tenham de referência sexual o próprio corpo. É pouco, e nessa confusão a bi-sexualidade e a a-sexualidade aumentam, como uma espécie de caos. Não faz mais diferença ser homem ou mulher, e como isso se distancia dos propósitos que Deus deu à humanidade!

É engraçado ver que as pessoas estão cada vez mais rígidas quanto ao que querem e cada dia mais flexíveis quanto ao que consideram seus deveres sociais ou perante Deus.

Eu admito que um mundo patriarcal é ruim, principalmente para quem não é a liderança. Nascer mulher e aprender que você não tem voz é péssimo. Mas ficar sem saber o que é ser mulher e o que é ser homem também não ajuda. De novo, no ocidente nós somos crentes de que essa diferença se sabe desde o nascimento, ou então seria ensinado. Como não é ensinado, você deveria saber. Claro que alguns parecem saber. Mas e quem não sabe?

A bíblia ensina bastante sobre homens e mulheres. Claro que os escritores são antiquados: o mais novo deles morreu a pelo menos 1700 anos. Mas ali há uma demonstração do que Deus esperava de homens e mulheres quando os fez. Ele não os fez a-sexuados: deu sexualidade a ambos e ensinou como proceder para ser felizes.

Aos homens coube liderar a família, ser aquele que proveria as regras do lar. Repare que isso não é tirania: é governo e, se é baseado em Deus, é governo com amor. É estabelecer firmeza, mas buscando o bem dos demais acima do o próprio bem. Deus ensina que o homem deve seduzir a (sua) mulher no dia a dia, e deve ser um exemplo para os demais. À mulher coube acolher as pessoas, dar amor através do auxílio e do gerenciamento das emoções - Jesus foi sempre auxiliado por mulheres. A mulher também precisa maravilhar o (seu) homem. Certamente todos temos esses “arquétipos” de um pai a quem temer e uma mãe com quem se poderá contar. Homens e mulheres são propósitos (diferentes) de Deus e ele fez nossos corpos e mentes habilitados para sermos como Ele deseja.

Detalhe: as pessoas não nascem assim resolutas. Não é fácil ser homem, nem tampouco ser mulher. Todos precisamos ser ensinados e vamos aprender por toda a vida. Aprenderemos com os pais? Um pouco. Aprenderemos com a sociedade? Outro tanto. Aprenderemos com Deus? Espera-se que sim, mais um tanto. Num mundo ideal, os pais e a sociedade ensinarão o que vem de Deus. Não que Ele seja egoísta - Ele simplesmente é o Criador.

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