quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Gastando seu tempo com Deus


Fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso que executa a sua palavra. Montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros, as feras e todos os gados, répteis e aves voadoras, reis da terra e todos os povos, príncipes e todos os juízes da terra, moços e moças, velhos e crianças: louvem o nome do SENHOR, pois só o seu nome é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu.” (Sl 148.8-13

Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR.” (Sl 150.6

A criação tem um caráter profundamente religioso. Embora não se possa dizer que haja intenção por parte dos animais que configure uma adoração como há em nós, ao funcionar dentro dos princípios estruturais para os quais foi criada, cada parte da criação promove a glória de Deus. Trata-se do máximo que lhes é possível, e o fazem para glória Dele. 

O movimento dos astros, os fenômenos naturais, a frutificação das árvores, etc, tudo isso existe por causa de Deus, por meio de Deus e para Deus, como seu ponto de referência último. Com os seres humanos, se dá o mesmo. A diferença é que essa essência religiosa, no ser humano, se manifesta através de atos pessoais e autoconscientes como pensamentos, sentimentos, palavras e atitudes... que foram pervertidos pela traição do que Deus instruiu. 

Obviamente, por essa traição existe a raça humana. Somos frutos dela e, de alguma forma, ela se faz presente em nós. No Salmo 53, Davi revela que “Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um”. Um milênio mais tarde, Jesus apontaria os homens como “filhos do diabo” e Paulo ainda nomearia de “frutos da carne” tudo o que havia de ruim nos homens... (Gl 5). Se amar a Deus é seguir os Seus mandamentos, então somos naturalmente impelidos a quebrá-los. 

Como o analista do Calvinismo Kuyper diz: “Se tudo o que é existe por causa de Deus, então se segue que a criação toda deve dar glória a Deus. O sol, a lua e as estrelas no firmamento, os pássaros do céu, toda a natureza ao nosso redor, mas, acima de tudo, o próprio homem que, como sacerdote, deve fazer convergir para Deus toda a criação e toda a vida que se desenvolve nela. E embora o pecado tenha insensibilizado grande parte da criação para a glória de Deus, a exigência – o ideal permanece imutável, que cada criatura deve ser submergida no rio da religião e terminar por colocar-se como uma oferta religiosa sobre o altar do Todo-Poderoso”. 

Isso significa que tudo o que existe tem o propósito de servir a Deus e promover a sua glória no mundo, mas nós humanos, que recebemos o “conhecimento do bem e do mal”, estamos destinados a usá-lo da pior forma. Quando Deus fala com Moisés no monte Sinai, Ele não quis que os homens sequer tocassem o monte, e então colocou sua primeira aliança para nos restaurar: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20:3). Jesus levou esse pacto a um nível maior quando disse para um doutor fariseu “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.” (Mt 22.37-38). 

A postura estritamente monoteísta dos judeus até colocaram Jesus como um pária. A aliança estava feita no Sinai, quem Ele pensava ser para juntar alguma coisa ao que Deus tinha declarado? Nós, Cristão, escolhemos uma adoração quase biteísta ao cultuarmos Jesus juntamente com Deus ou, na prática, tomar dois conjuntos “distintos” de leis divinas. A primeira é lei simples, não ter outros deuses... a segunda nos afirma [se tomarmos a autoria de ambas como sendo a mesma] que o nosso deus é, na verdade, o que amamos. Para os judeus da época de Moisés, respeitar o Mandamento parecia significar simplesmente não construir ídolos. Mas Jesus tinha algo maior: a questão não eram os ídolos ou estatuetas de barro, bronze, etc que os homens faziam (a partir do seu entendimento do bem e do mal), a coisa estava nos corações das pessoas. 

Paulo foi um dos principais responsáveis por essa questão filosófica sobre “amar a Deus”. Ele embutiu isso de toda uma confiança necessária, que o autor do livro de Hebreus chamou de fé. No Cristianismo, juntando a Lei dada a Moisés com o ensinamento de Jesus, vamos encontrar o ídolo que afronta Deus escondido dentro das pessoas. Ao seguirmos ele, estamos arrumando encrenca com Deus; ao simplesmente amá-lo, não amamos Deus de todo o coração. 

Talvez você diga: “eu não tenho outros deuses”. Vou tentar te provar o contrário. 

TRABALHO 

Não deveríamos atribuir divindade alguma ao trabalho, uma vez que ele nos foi imputado pelo próprio Senhor ao tirar Adão do Éden para que ele “lavrasse a terra de que fora formado” (Gn 3.23). Além disso, o mandamento divino diz “seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra” (Ex 20:9). Paulo e seus companheiro, que assinam a 2ª carta a Tessalônica, também afirmam que “se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2Ts 3.10). 

O dia dos homens poderia ser dividido em 8h de sono, 8h de trabalho remunerado e 8h para cuidar de si e da família. Na prática, o trabalho remunerado dos brasileiros subiu de 3,6 para 6,1h diárias nos último 30 anos (descontando-se do turno de 8h o tempo de almoço, etc). Estamos perto dos países com maior índice de trabalho, a saber a Bulgária (6,7h) e a Hungria (6,2h). Esse trabalho precisa ser honroso ao Senhor como as demais atividades suas, ou seja, nas 6,2h diárias do seu trabalho, você precisa estar seguindo o que Deus ordena e que Jesus sintetiza como “amar ao seu próximo”. 

Repare a diferença enorme entre (1) “amar ao próximo”, (2) “amar ao trabalho” e (3) “amar ao ganho”. A primeira opção diz que você trabalha para as pessoas, acima de tudo para o bem delas… e talvez tenha de sacrificar as regras e o seu salário ou posto por elas. A segunda opção diz que você segue normas estritas e sacrifica as pessoas ou seu salário por essas normas, se necessário. A terceira opção indica que você sacrifica pessoas e a correção ou ética do seu ofício para ganhar mais... Infelizmente é uma situação comum. Segundo a Bíblia, o natural humano é seguir (2) ou (3), fazendo assim ídolos do trabalho ou do dinheiro (a Bíblia o chama de Mamon, o demônio - ver Mt 6.24 e Lc 16.13), quando o que Deus pede é que fiquemos com o “amor ao próximo” (e assim não matar, roubar, adulterar, etc) além de não dedicar todo o seu tempo ao trabalho (em outras palavras, dedicar pelo menos 1/7 do seu tempo ao Senhor) e não tomar para si próprio TODO o seu ganho (dando 1/10 ao Senhor), em agradecimento por Ele ter provido esse ganho. 

Se o brasileiro dedica 6,2h do seu tempo diário ao trabalho, 2,2h destas são somente para pagar impostos (na média, pois a população mais pobre chega a 2,4h). Trata-se de um tempo (e dinheiro) dados em melhor estimativa para os serviços básicos do país e em pior estimativa para o luxo dos dirigentes. Como você pode dar 35% do seu ganho para o Estado (que não te dá a possibilidade de esquivar-se) e dizer que esse não é o seu deus, se nem oferece 10% ao Senhor que pede pela sua generosidade? Se você pensou agora nas catedrais e templos suntuosos, lembre-se que dar aos pobres (a viúva e o órfão, segundo a Bíblia) ou a alguém capacitado para ajudá-los também é um ato de fé. E trata-se justamente da fé em que o seu próprio provimento vem do Senhor, e não do trabalho das próprias mãos (pelo que você não precisaria agradecer ninguém). 

Embora ordenado por Deus, o trabalho pode se tornar um deus ou ídolo. Trabalho gera dinheiro, e assim satisfazemos outro ídolo moderno (de que quem possui o dinheiro é melhor). 

TEMPO DE REPOUSO 

Todo mundo precisa de um tempo para si. Esse tempo é dividido entre as atividades de subsistência (alimentação, cuidados com as crianças ou com idosos, higiene, etc) e atividades de lazer. O tempo de repouso ou cuidado de si é aquele tempo necessário à manutenção da família, do lar, provisão da casa, orientação dos filhos, estratégia familiar, etc, além das necessidades fisiológicas como dormir, comer, beber, defecar, fazer amor, enfim suprir as necessidades básicas de subsistência. 

Tradicionalmente, as tarefas domésticas foram desempenhadas pelas mulheres na sociedade ocidental, mas esse quadro tem diminuído com a entrada delas no mercado de trabalho, sendo os cuidados domésticos diminuídos ou desempenhados por profissionais, nas classes mais abastadas. 

No Brasil, se gasta 10,5h diárias nessas atividades, valor que é semelhante nos outros países (os extremos são 9,9h na Polônia e 11h na França). Poderia ser um tempo distante do culto a Deus, se Ele não houvesse se preocupado muito conosco especialmente nesse ponto. Deus proveu ensinamentos principalmente acerca da família, como honrar ao pai e à mãe, assim como esforçar-se na educação dos filhos, para que aprendam os caminhos onde devem andar. Quando obedecemos aos ensinos de Deus, estamos dando a Ele a primazia sobre nossa vida e, nesse caso, sobre o nosso tempo de auto-cuidado. Confiamos que Ele tem a melhor forma de vivermos, e essa é uma atitude de fé, da qual Ele se agrada. 

TEMPO LIVRE 

Dentre o tempo que não é dedicado ao trabalho nem à subsistência, as atividades de tempo livre das pessoas podem ser divididas principalmente em 2 esferas: 

1. sociabilidade: relacionamentos com amigos, bater papo, trocar confidências, ir a um bar, a uma festa, a um clube, etc. Gastávamos 2,9h diárias nisso em 1976; hoje são apenas 2,0h diárias. 

2. atividades miméticas ou jogo: ir ao teatro, ao cinema, à pesca, dançar, ver televisão, etc. Para a televisão o brasileiro dedica 2h diárias, contra 0,6h para outras atividades (eram 1,2h em 1976). 

Repare que, dentre as atividades de lazer que encontramos na sociedade brasileira, as MENORES fatias são gastas em atividades sociais (e o amor ao próximo com isso?) ou em atividades bem menos individualistas do que ver televisão. Estamos na era do simulacro, em que as pessoas preferem se isolar em um mundo onde podem forjar emoções, vivências etc sem os riscos (e também sem o controle divino) da vida real. No novo ambiente urbano, embora a densidade de pessoas seja cada vez maior, vemos um pior relacionamento entre elas e até delas com o mundo. Essa convivência social (e os aprendizados dela derivados, assim como as aplicabilidades dos ensinamentos bíblicos) está sendo progressivamente substituída por comportamentos individuais, desde as mais tenras idades... Abaixo segue um relato (trágico) de uma criança cosmopolita dos anos 2000: 

“Quando estou em casa passo a maio parte do tempo no meu quarto. Meus pais trabalham e meu irmão mais velho já está na faculdade; no prédio são poucas as crianças de minha idade, e estudamos em horários diferentes. Então assisto TV (9 canais privados), jogo vídeo game, converso na internet. Existe a área de lazer do condomínio, mas prefiro meu quarto. Quando meus pais chegam do trabalho, na maioria das vezes já jantei e estou novamente no meu quarto.” 

Uma entrevista com um executivo da Blockbuster em 2002, publicada pela revista Veja, já indicava claramente que as notícias sobre violência repercutiam sobre o aluguel de filmes. O motivo: buscar alívio e distração em meio ao medo de sair para divertir-se fora de casa. Relacionamentos mais pobres (marcados pela superficialidade, dependência, fingimento ou até agressividade) nascem de aprendizados sociais mais pobres, e daí curiosamente observamos assustados um aumento da violência, do terrorismo, do vandalismo... Crimes políticos, crimes no trânsito, conflitos em estádios de futebol, brigas de fundo étnico e racial, terrorismo de fundo político e religioso, brigas sem motivo de gangues, patologias sexuais hediondas parecem até normais se esquecermos que a vítima é alguém como nós. Pesquisas recentes sobre a periferia na metrópole paulistana revelam que a violência abunda justamente nos bairros onde não existem equipamentos de lazer (ex. praças, centros de convivência), intensificando-se nos fins de semana, quando as pessoas entram em contato umas com as outras! 

Ainda, dedicando todo esse tempo (2h diárias e em crescimento, se incluirmos aí a internet) ao culto televisivo (do ídolo televisão, entenda-se bem), a primazia sobre nossas vidas passa das mãos de Deus para a indústria da mídia, dos volúveis grupos virtuais, etc. Quem se importa em ofender via internet, sem ver os olhos sofridos do ofendido? Quem se importa com o personagem que morre? Talvez não sobre aí tempo para aplicarmos o que a Bíblia ensina repetitivamente e ao longo de numerosas ocasiões: amar a Deus e ao próximo. O próximo não é mais humano, é só um avatar, uma figura, um conjunto de dados em um programa... não é mais alguém que faça sentido amar. E Jesus dizia que o amor se esfriaria... 

LAZER 

Nosso tempo não trabalhado se divide entre as atividades de subsistência (alimentação, cuidados com as crianças ou com idosos, higiene, etc) e atividades de lazer (onde a pessoa pode escolher o que fazer, sem ser coagida por pressões do trabalho, obrigações familiares, sociais, econômicas, políticas ou religiosas). 

Alguns estudiosos contemporâneos contrastam trabalho e outras atividades destacando a rotina e pobreza intelectual do trabalho remunerado. Esse trabalho assim demanda muito autocontrole e disciplina, estimulando mecanismos de estresse para bloquear a maioria dos comportamentos humanos, em outras palavras equiparando o trabalhador a uma máquina autônoma. O lazer desenvolvido em atividades recreativas cumpriria uma função prazerosa, possibilitando descarregar tensões e emoções que não podem ser liberadas no exercício do trabalho. Entre as principais atividades aliviadoras estão aquelas que não exigem a restrição de comportamentos e permitem a criatividade como reuniões sociais, participação em jogos e prática de esportes, viagens, passeios e até fazer nada. 

A passividade intelectual e o embrutecimento no trabalho repercutem diretamente no lazer (por passividade entendamos a falta das atividades criativas, motoras, críticas, emocionais e sociais naturais do homem). Pessoas submetidas a um trabalho mecânico e repetitivo têm o tempo livre ameaçado pela fadiga, talvez mais psíquica do que física, tornando-se incapazes de relaxar. Provavelmente por isso são atraídas por atividades físicas radicais, por esportes e brinquedos frenéticos, pois parecem buscar compensações violentas que as recuperem da inércia dos sentidos e da emoção. 

MEDO DE SI 

Essa “recuperação necessária” infelizmente acaba por tomar o tempo de outra atividade muito humana que é o precioso tempo de encontro do indivíduo consigo mesmo, um tempo de completa entrega, um tempo de meditação e de descoberta. Este é um tempo até evitado por muitos, porque é permeado pelo terror da reflexão sobre o sentido da própria vida. A idolatria do trabalho foi tão fortemente inculcada na civilização ocidental que não se compreende o direito a um tempo descomprometido, que possa ser despendido em pura contemplação, e todos somos estimulados a preencher esse tempo com mais trabalho, com preparação intelectual para o trabalho ou com consumismo de produtos e serviços (porque isso gera empregos e trabalho)... Temos preconceito pelo ócio! No Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa, ociosidade tem o seguinte significado: “1. Qualidade ou estado de ocioso, de quem gasta o tempo inutilmente, inatividade ; 2. Preguiça, indolência”. 

Na sociedade moderna pós-industrial, o aumento nas capacidades de produção tende a diminuir as jornadas de trabalho. Essa redução gera mais tempo disponível, mas de alguma forma encontra-se com uma diminuição das oportunidades de convívio social nas grandes cidades. Os indivíduos se deparam com um vazio que deve ser preenchido de alguma forma, através de viagens ou o entretenimento simulado (cinema, jogos, drogas como álcool, televisão ou internet). Há mesmo as pessoas que não toleram o tempo desocupado, os “workaholics” ou viciados em trabalho, cuja única finalidade da vida é trabalhar (o trabalho torna-se assim propósito da vida, ocupando o lugar de Deus). 

MEDO DOS OUTROS 

Como reflexo da falta de conhecimento do outro, combinados instalou-se na sociedade, em relação à cidade e ao espaço público, uma espécie de agorafobia* coletiva. Os shoppings centers assumem a função das antigas ruas e praças como locus de sociabilidade, porém são espaços normalizados e segregacionais, organizados não pela comunidade, mas segundo os interesses comerciais de que as pessoas não se reúnam pela convivência, mas pelo consumo (conheçam, pois, Mamon). Os condomínios fechados, resorts, parques temáticos, etc, oferecem lazeres regrados e excludentes (segundo quanto dinheiro cada um possui), com práticas sociais desprovidas que não vinculam as pessoas, mas apenas afirmam a cada geração que tudo é movido pelo capital. 

Há grande diferença entre “estar” com outras pessoas (como num shopping center ou na internet) e realmente partilhar atividades com elas, em especial conhecer seus sofrimentos e felicidades. O tempo partilhado permite o crescimento individual onde se fazem necessários e úteis os ensinamentos bíblicos acerca do próximo (de tratá-lo como igual a si, com amor), pois se trata de uma interação das mais imprevisíveis. As exigências relacionais são maiores (e por isso as pessoas sentem-se intimidadas com elas), impondo o medo da rejeição pelo outro ou a dificuldade de acolher o outro, juntamente com suas diferenças. Quanto texto bíblico é dado a falar sobre relacionamentos entre pessoas! Seria um cristão capaz de substituir isso tudo pelos perfis de internet e as superficialidades da televisão ou dos centros comerciais? 

CONCLUSÃO

A criação existe por causa de Deus e não o contrário, o que confere à realidade “uma expressão religiosa de natureza inconsciente”, onde o que fazemos reflete o nosso louvor a Ele. Assim, não há nenhum aspecto da nossa existência que possa ser considerado indiferente ou neutro em relação à religião; nossas ações e nosso tempo precisam mostrar isso. 

Embora o pecado tenha insensibilizado grande parte da criação para a glória de Deus, o chamado Dele para que isso se modifique (para que o amor a Ele e ao próximo triunfem) permanece imutável... Afinal, tudo o que existe tem o propósito último de servir a Deus e promover a sua glória no mundo. 

Você jejua? Dê-me prova disto por suas obras. 
Se você vê um homem pobre, tenha piedade dele. 
Se você vê um amigo sendo honrado, não o inveje. 
Não deixe que somente a sua boca jejue, mas também o olho e o ouvido e o pé e as mãos e todos os membros do seu corpo. 
Que as mãos jejuem, sendo livres de avareza. 
Que os pés jejuem, cessando de correr atrás do pecado. 
Que os olhos jejuem, disciplinando-os a não fitarem o que é pecaminoso. 
Que os ouvidos jejuem, não ouvindo conversas más e fofocas. 
Que a boca jejue de palavras vis e de criticismo injusto. 
Porque, qual é o proveito se nos abstemos de aves e peixes, mas mordemos e devoramos os nossos irmãos? 
Possa Aquele que veio ao mundo para salvar pecadores nos fortalecer para completarmos o jejum com humildade, tendo misericórdia de nós e nos salvando.” 

João Crisóstomo (349-407), bispo de Constantinopla 

A GENTE LEU, AINDA TÁ VIVO E ATÉ MAIS GORDINHO
  1. Adyr Balastreri Rodrigues, Lazer e espaço na cidade pós-industrial, Rev. Licere, v. 5, n. 1, p. 149-164, 2002. 
  2. Camila Lopes Ferreira, Luiz Alberto Pilatti, Antonio Carlos Frasson, O uso do tempo: uma análise da população brasileira, Anais do 4º Encontro de Engenharia e Tecnologia dos Campos Gerais, agosto de 2008. 
  3. Fabiano de Almeida Oliveira, Fides Reformata XVI, n. 2, p.51-94, 2011. 
  4. http://monergismo.com/joao-crisostomo/voce-jejua/ 
  5. Leonice Aparecida Doimo, Alice Moreira Derntl, Olival Cardoso do Lago, O uso do tempo no cotidiano de mulheres idosas: um método indicador do estilo de vida de grupos populacionais, Ciênc. Saúde Coletiva, v.13, n.4, 2008. 
  6. Neuma Aguiar, Mudanças no uso do tempo na sociedade brasileira, Rev. Ciências Sociais, n. 34, p.73-106, 2011. 
  7. "Senhor Jesus Cristo: A Devoção a Jesus na Igreja Primitiva - Larry Hurtado”, criticado por Eliel Vieira antes do sumiço, 2011.


*agorafobia = medo generalizado, sem origem clara

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