domingo, 28 de novembro de 2010

Soldados do pecado

por Daniel Clós César
Por que tanta gente defende o pecado? Por que tantos defendem as obras do maligno na igreja? Por que tantos fecham os olhos para Palavra e entregam seus corações a falsos profetas e pastores devoradores de ovelhas?

Não são poucos os leitores deste e de outros blogs apologéticos que militam nas frentes do anjo caído. Não são poucos os que desconhecem a Palavra do Senhor de Toda Glória, mas conhecem todas as magias e poções dos feiticeiros do mundo "gospel".

Eu mesmo pretendo responder as perguntas que fiz no início deste post. Não que eu tenha uma resposta definitiva. Não mesmo. Mas a Palavra de Deus me dá uma clara orientação de por onde devo caminhar e de como evitar isso.

Certamente esses mesmos servos das trevas iram afirmar que sou soberbo e que estou me declarando mais santo que eles. Tudo bem... é aceitável isso. Mas a questão poderia ser compreendida da seguinte forma. Estou eu lutando contra aquilo que diz: "louvem a Deus" ou contra aquilo que diz: "Dêem glória a este/a homem/mulher?"

Temo todos os dias por Aquele que pode matar a minha alma. Seu temor em meu coração é a maior prova do Seu amor por mim. Quanto aos que temem os homens que lhe podem tirar a vida, ou menos ainda, a "benção", a dignidade, a oportunidade... a vocês não há nada senão dor e sofrimento eterno. Pois dão glórias aos homens e não glórias a Deus (João 12.43).

Por que tantos defendem o pecado? Entendo que esses ainda não foram libertos (alguma objeção?). Você só irá defender aquilo que crê como verdade. Crê como sendo justo, reto e de boa aparência. Você defenderá a todo custo aquilo que é seu... sua esposa, filhos, pais... ainda que não sejam propriedades suas, você os tem no mais alto valor humano... você dará tudo para defender o pecado se você ainda é escravo dele. Se ele ainda controla suas ações... você dará a vida por ele... e muitos a dão.

Não estou afirmando que o servo de Deus está livre de pecar. Mas ele é livre do pecado. Minha afirmação é pela Palavra e tão somente nela: "... que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; Quem morreu está justificado do pecado" (Rm 6.6-7). Não renovados pela Palavra vivem sob o domínio de satanás, ainda que freqüentem igrejas, ainda que ofertem e entoem louvores... são servos das trevas e nada compartilham da luz... senão um espaço físico, tão corruptível quanto a própria carne.

Por que tantos defendem as obras do maligno na igreja? Não são capazes de ver que igreja não é sinônimo de Igreja. Entendem "ajuntamento de santos" como sinônimo de "ecumenismo religioso". Esquecem o conselho do salmista: "Não se assente à roda de escarnecedores". Em seus argumentos vazios e em sua teologia pútrida afirmam: Cristo era amigo de prostitutas. Mostre-me pagão, onde um único versículo da Bíblia afirma tal heresia?

Mas ele comia com pecadores! (Mc 2.16) Exclamam. Ora, existe alguém sem pecados? Não pecaram todos e destituídos foram da Glória de Deus? (Rm 3.23) Como então Jesus poderia comer com santos? E a mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus? Onde na Bíblia afirma que ela era prostituta? E se fosse, onde afirma que ela continuou a se prostituir e ainda assim era amiga de Cristo?

Esse é o motivo de porque tantos fecham os olhos para a Palavra e ouvem apenas falsos ensinadores, eles pregam aquilo que lhes apraz e não aquilo que realmente alimenta. Eu nunca teria deixado de ser um mentiroso e adúltero se acreditasse que Deus seria amigo de um mentiroso e adúltero... Ele nunca será... isso ofende Sua natureza que é santa... é por isso que ele me transformou. É por este motivo que a todos os quanto o recebem ele os transforma.

Mas poucos desejam serem transformados. A igreja pós-moderna lhes oferece um Deus cambiável. Um Deus que se adapta ao homem.

É por este motivo que tantos enchem as fileiras de satanás dentro de denominações ditas evangélicas. Os maiores inimigos da cruz não estão fora das congregações, mas dentro delas. Como o próprio apóstolo Paulo escreveu aos filipenses "Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo." (Fp 3.18)

Os ímpios olham para o evangelicalismo e vêem uma única massa uniforme. Não distinguem os que servem a Deus dos que cultuam Mamon. Não diferenciam os que aplicam-se à Palavra dos que vivem de magias e fórmulas de salvação e cura... no entanto, dentro da igreja, trava-se uma grande batalha. Daqueles que desejam servir a Deus com aqueles que desejam servir a si mesmos.

Lamentável é saber que esses últimos têm dia após dia ganho terreno. Pastores em troca de algumas moedas de prata preferem esse tipo de seguidor... falsos profetas sabem que é nesse meio que se tornarão proeminentes.

Mas minha esperança é o Senhor. Ele não permitirá que aqueles que buscam a Sua face se cansem e desistam da batalha. Pois ainda que difícil seja o caminhar, a vitória já foi conquistada... Não por mim... nem por nenhum de nós... mas por aquele que viveu sem pecados

"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação." (Habacuque 3.17-18)

depois de ler, vá ao original e veja os comentários!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ele escolheu ser como nós



Imagine que a notícia mais comentada do jornal de hoje fosse a "bomba" do século XXI: Carlos Slim Helu (considerado o homem mais rico do mundo) escolheu abrir mão de todo o dinheiro que tinha, o conforto da belíssima mansão que morava e tudo que tinha feito durante a vida para chegar aonde chegou, para simplesmente viver como um homem comum. Andar com homens mal vestidos, pessoas com doenças contagiosas, ladrões, mulheres prostitutas, e todo tipo de pessoa que o mundo não considera importante. Imaginou o escândalo??

A indignação de milhares de pessoas que desejariam estar no lugar dele, e ele simplesmente abrir mão de tudo? E, mais do que isso, por motivos que não parecem ter o menor sentido. Afinal, se você tem todo o poder em suas mãos, e pode ter tudo o que quiser, para quê se importar com quem nunca teve essa oportunidade?

Por mais que pareça, não, isso não é conto de fadas nem um mundo muito longe daqui. Isso realmente aconteceu. Mas não foi com Carlos Slim. Foi com alguém muito mais poderoso e que tinha poderes e confortos muito maiores do que ele ou qualquer outro homem que venha a ocupar o cargo de mais rico do mundo possa alcançar. E o mais incrível é que não houve escândalo algum ou noticias espalhadas em todo lugar.

Muito pelo contrário, muitas pessoas são indiferentes à essa noticia. E esse homem foi Deus. Mais do que uma mansão avaliada por bilhões de dólares, ele abriu mão de ruas de ouro. Mais do que uma BMW ou qual seja o carro que muitos sonham em ter um dia, ele abriu mão do trono celestial. Mais do que o lugar mais bonito do mundo, ele abriu mão de onde a paz reina, onde não há iniqüidades, enfermidades ou ambição. Mais do que ser o homem mais influente do mundo somente por ter muito dinheiro, Ele era quem fazia o sol parar e o vento cessar, quem mandava chuvas ou calor. Ele podia influenciar tudo e qualquer coisa. Mas Ele abriu mão de tudo isso, somente para ter a nossa amizade.

Ele entregou o seu único filho à morte, por pessoas que ninguém percebe a presença e não vê nenhum valor. Ele sabia que para ter a paz verdadeira, eu e você hoje precisávamos experimentar uma vida real com Ele. E mesmo que isso lhe custasse uma vida que Ele tanto amava, Ele escolheu pagar o preço porque “assim como um só pecado condenou todos os seres humanos, assim também um só ato de salvação liberta todos e lhes dá vida" (Rm 5:18).

Talvez isso ainda não seja real, nem todas as pessoas viram o verdadeiro valor desse sacrifício, mas esse é o Seu maior sonho: ter a vida de todos seus filhos. Um ato tão maravilhoso de amor não merece ser desprezado, não deve ser visto como um simples sacrifício, e sim como a certeza de que temos alguém que se importa conosco, mesmo quando não vemos interesse de ninguém, que deseja a nossa amizade mesmo quando erramos e sabendo de cada um dos nossos defeitos. Ele quis passar os sofrimentos, problemas, derrotas e dificuldades que nós enfrentamos todos os dias, mesmo sendo Deus.

Você já ouviu alguém mais velho dizer: “Eu sei como é porque já fui da sua idade e já passei por isso” ? Assim mesmo Jesus fala conosco. Não há algum problema, algum sofrimento ou tentação que você passe que Ele não saiba o que é, ou não tenha passado de uma forma muito pior. Ele enfrentou tentações, humilhações e dificuldades para hoje poder ajudar em qual for o problema que tivermos. Esse ato nos leva à intimidade, a escolha de poder falar com Ele a qualquer hora do dia sem precisar de nenhum esforço e poder contar com Suas palavras de conforto. Esse é o verdadeiro motivo que me leva a entregar tudo o que sou e o que tenho, porque “Ele preferiu morrer por mim do que ter que viver sem mim”.

sábado, 20 de novembro de 2010

7 goles de um cálice de dor

estudo por Frankcimarks Oliveira
uma análise das várias etapas do sofrimento de Cristo


E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade (Mt 26.39,42).

I. Um momento de prazer antes do Cálice
a. Comunhão com seus discipulos na última ceia (Mt 26.20)
b. Adoração através de louvores: entoação de um hino (Mt 26.30)

II. As etapas do Martírio:

1° gole: grande angústia acompanhada de indiferença por parte dos discipulos (Mt 26.36-38,40)

2° gole: a traição de Judas (Mt 26.47-50)

3° gole: condenação religiosa com agressão física e humilhação em público(Mt 26.67-68)

4° gole: a negação de Pedro (Mt 26.69-75)

5° gole: condenação política e popular. Cristo sente a dor da rejeição popular, a indiferença das autoridades políticas (Mt 27.15-26)

6° gole: o escárnio dos soldados romanos. As forças militares agrediram fisica e emocionalmente a Cristo expondo-o a vexação e ao constrangimento diante de todos (Mt 27.27-31)

7° gole: a crucificação (Mt 27.35,38)

Entender o Cálice de Cristo faz-me compreender que seu sofrimento foi bem maior que nossa mente possa captar. Achamos que sua dor foi ali na cruz, porém os evangelistas nos mostram que seu cálice começou a ser degustado ali no monte das Oliveiras. Sua alma estava num estresse incalculável, Jesus chegou a suar gotas de sangue enquanto orava ao Pai.

Cristo partilhara seus sentimentos com seus amigos, sempre dizia que viera para dar sua vida em resgate de muitos, mas nesta última ceia vemos um clima mais tenso, de tristeza, de muita angústia. Primeiro da parte de Cristo que já contemplava seu cálice de Dor, depois da parte dos discípulos, que temiam ser o traidor do Mestre. Ainda assim percebemos que Jesus alegrou-se por estar com seus discípulos, pois até cantou um hino.

No entanto, percebemos que os discípulos não vislumbravam perfeitamente o que estava por vir, se contemplavam não queriam aceitar a realidade, pois dormiam enquanto Raboni sofria de solidão. Alguns psicólogos dizem que o ato de dormir era resultado do medo que eles sentiam de perder o meigo Nazareno, era uma forma de anestésico, o único modo de não vivenciar a verdade nua e crua.

Quantos hoje não usam deste artifício para fugir de suas realidades? Porém Jesus nos ensina a encarar os fatos, com coragem de um guerreiro. Ele não fugiu dos soldados, pelo contrário, quando interrogado disse: “Sou eu a quem vocês procuram!”

Precisamos aprender muito com o Mestre da Galiléia! Mesmo tendo o poder de invocar legiões de miríades celestes não o fez, foi forte! Jesus sentiu uma dor em sua alma, uma tristeza negra e profunda ao ponto de ser chamada até a morte. Ninguém estava ali para consolá-lo.

Saiba que devemos aproveitar ao máximo nossas vidas. Jesus jantou, cantou, aproveitou os últimos instantes de sua vida fazendo o que lhe dava prazer: Estar com seus amigos! Creio que o Mestre queria deixar uma boa lembrança na mente de seus discípulos, queria que se lembrassem do quanto ele valorizava esses momentos em volta da mesa, bem junto deles.

Infelizmente nos momentos mais difíceis de nossas vidas, nem mesmo aqueles que estão em nossa volta podem nos ajudar. Somos nós e Deus... é o momento em que a azeitona exprimirá seu azeite. Não é à toa que o Senhor estava naquele horto chamado Monte das Oliveiras (Getsemani) ou lugar do lagar, lugar onde se espreme a azeitona. Jesus foi exprimido na moinha da vida, com grande ímpeto, sua carne foi dilacerada para que depois de feito tudo Ele pudesse derramar seu azeite, ou seja, seu Espírito Santo.

Foi na oração que Cristo encontrou um conforto naquele momento tão difícil de sua vida terrena. Orou por três vezes, cerca de três horas, incansavelmente. Não bastava sua emoção estar abalada ao contemplar aquele cálice em sua mente, creio que enquanto orava, enxergava a via crucis em seus pensamentos. Para abalar um pouco mais seu sentimento, um amigo seu o trairia com um gesto cotidiano em seu relacionamento: Um beijo.

Digo isso sem medo de errar. Judas traiu Jesus da pior forma possível, pois usou a própria intimidade que tinha com o Mestre Jesus. Era um costume do povo oriental cumprimentar-se com ósculo santo, lavar os pés dos visitantes e etc...

Quando recebeu o beijo, Cristo chamou Judas de amigo... isso explica sua dor. Ser entregue por um inimigo não dói, porém ser traído por um amigo dói muito. Muitos falam de Judas como se ele sempre fosse um vilão. Entenda uma coisa: Judas, ao ver Cristo, sentiu uma revolução em sua alma, pois ali estava o desejado de todas as nações em sua frente, o cumprimento das profecias de seu povo, a chance de libertação do jugo romano, e foi por não ver o reino político do Messias na terra vigorar que Judas decepcionou-se e muito com aquele que outrora incendiara sua vida de esperança.

Ele perdeu a visão do céu e vendeu o rei da glória como um simples escravo (30 moedas)... Jesus havia perdido o seu valor para Iscariotes. É triste quando as pessoas desvalorizam o Senhor por não esperarem suas promessas e por se precipitarem em suas ações carnais. Deixa o Deus do tempo agir na hora certa!

O beijo de Judas foi como uma faca afiada, não na carne de Jesus, mas em seu sentimento, que já estava bem abalado pela angústia da morte. Estes fatos vão ocorrendo quase que simultaneamente, imagina administrar todo este caos, saber lidar com tantas perdas e frustrações ao mesmo tempo. Lembro-me até de Jó.

Augusto Cury diz que mesmo com tantos problemas, Cristo não foi flutuante em sua emoção, não sentiu depressão nem qualquer outra doença da psique. Ele tinha todos os motivos para apresentar uma doença dessas, mas lidou muito bem com tudo isso.

Jesus foi humilhado diversas vezes publicamente, primeiro pelos religiosos de sua época, depois pelo poder político, pela população em geral e pelo poder armado, militar, ou seja, todos os setores da sociedade desprezaram-no, rejeitaram-no e agrediram-no.

Dizem que é pior morrer aos poucos que morrer de uma só vez. Não houve um "tiro" de misericórdia com Cristo. Ele foi sentindo o gosto do sofrimento, da solidão, da angustia, da traição, da humilhação, do desprezo, da indiferença aos pouquinhos. Foram matando o Mestre de forma lenta e gradual, ao ponto de percebermos sete goles de um cálice de dor.

Pedro também o traíra, negando diante de pessoas que nada poderiam fazer contra ele,visto que eram pessoas comuns, que não exerciam nenhum poder na sociedade. Pedro não negou Jesus diante de chefes religiosos e nem políticos, mas negou-o diante de uma vendedora de púrpura e de homens simples. Pedro o negara por três vezes. Havia convivido com Cristo por três anos, é como se tudo aquilo que vivenciara ao lado de seu Mestre tivesse sido inútil, fútil e sem valor.

Mas mesmo assim Jesus o amou e o perdoou. Lucas diz que na hora em que o pescador o negara, Jesus fitou nele seu olhar, como se dissesse: Não temas, eu te entendo e mesmo assim te amo...

Depois de tantos goles vemos um Cristo forte, que até mesmo na cruz rejeitara beber vinagre com fel, que servia de anestésico em sua época. Cristo não foi um coitadinho não, mas foi o Senhor forte nas batalhas. Agüentou até o fim, já havia bebido seis goles, não desistiria no sétimo! Jesus quis sentir cada momento de dor, pois o que fez foi por amor, então valia a pena.

Imagino o Senhor tendo de enfrentar aquela multidão, que preferira um assassino truculento ao meigo Rabi da Judéia que ensinara sobre o amor e o perdão, ensinara sobre servir a Deus e adorá-lo e amá-lo como Pai. Barrabás deixara seu legado de injustiça. Cristo deixara seu testemunho de vida santa. Mesmo assim escolheram o engano e desprezaram a verdade. Geralmente isso sempre ocorre nas eleições humanas. Jesus morreria por um povo que não lhe dava honra, não o respeitava e que queria sua morte.

Sabemos que as massas são manipuláveis e aqui não foi diferente, os Fariseus influenciaram o povo a optar por Barrabás. Por fim ali na cruz a vergonha e a humilhação. Cristo fora condenado como um criminoso, pois ao seu lado estavam ladrões, salteadores. O pior é que puseram-no no meio de dois, é como se Cristo fosse o pior de todos, o líder dos criminosos e rebeldes de sua época.

Cristo dividiu a história em antes e depois de Cristo, ele divide a vida de um homem em velha criatura e nova criatura, por isso morrera na cruz. Nesses sete goles de um cálice de dor percebemos que o sacrifício de Cristo vai além da compreensão humana. Sua dor, seu sentimento e sua coragem foram eternizadas.

Quero terminar com o último gole:

E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito (Jo 19.30).

Ao ver que já estava para morrer, Cristo então bebe o vinagre, o que antes não fez, para sentir toda nossa culpa. Em ato profético ele demonstra que bebeu todo o cálice que Deus havia preparado. Cálice na bíblia nos revela muitas vezes a ira de Deus, ou seja, a ira que estava preparada para nós bebermos, Cristo bebeu por nós em sete goles terríveis para nos proporcionar a salvação.

Com gosto de vinagre nos lábios ele diz: Está feito, está consumado. Bebi todo o cálice de Deus para salvar os pecadores. Aquilo que eu tinha pra fazer eu fiz, cumpri minha missão.

Devoção persistente

por Julie Ackerman


Maggie não liga muito para televisão. Ela prefere olhar para fora de uma janela mais do que para uma pequena tela. Ler também não a empolga. Ela é conhecida como “devoradora” de livros, mas somente em sentido estritamente literal. Porém, quando meu marido e eu lemos ou assistimos TV, ela também participa. Embora não goste do que estamos fazendo, gosta de ficar conosco.

Maggie é nosso animal de estimação, muito leal e dedicada. Mais do que qualquer coisa, Maggie quer estar conosco.

As palavras “determinada” ou “persistente” descrevem Maggie muito bem, e servem para nós também. Quando somos dedicados a Deus, queremos estar com Ele mesmo que Ele esteja fazendo alguma coisa que não faz sentido para nós. Talvez perguntemos: “Por que, Senhor?” quando Ele parece estar irado (Salmo 88:14) ou quando Ele parece estar dormindo (Salmo 44:23), ou quando o ímpio prospera (Jeremias 12:1). Se no entanto, permanecemos leais a Deus apesar de nossas dúvidas, encontramos alegria completa em Sua presença (Salmo 16:11).

Jesus sabia que teríamos dúvidas. Para preparar-nos para elas, Ele insiste que permaneçamos em Seu amor (João 15:11). Mesmo quando os caminhos de Deus são inexplicáveis, podemos contar com Seu amor. Assim permanecemos absolutamente leais a Ele.

Encontramos alegria quando aprendemos a permanecer no amor de Jesus.


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Contra o sistema do mundo

por Jacilene Santos da Silva


O termo “mundo” dentro do contexto do estudo designa a maneira de viver indiferente e oposta aos preceitos de Deus. Essa maneira de viver surgiu logo após a queda do homem e foi por causa dessa infeliz circunstância que todos os descendentes de Adão tornaram-se internamente portadores de uma natureza pecaminosa e extremamente opositora a Deus.

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12).

Agora que já temos um conceito e uma visão bíblica, vamos analisar três pontos importantes relacionados a esse tema, todos à luz das Santas Escrituras:

1- Os atrativos do mundo

Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gálatas 5:16).

Temos que ter em mente que quando o cristão se deixa enganar pelas propostas desse mundo, torna-se escravo de um sistema maligno que rouba, mata e destrói. Lembramos, então, o que aconteceu com o filho pródigo, que desprezou o amor do pai e a vida abençoada no lar e resolveu seguir os atrativos do mundo a fim de desfrutar os seus prazeres. Todavia, após perder toda a sua riqueza, se tornou um miserável. Então, decidiu retornar ao conforto do lar, e foi festivamente recebido pelo pai, que lhe restitui tudo o que no mundo ele havia perdido (Lucas 15:11-32).

Todo servo fiel deve evitar esse tipo de experiência. Devemos sempre procurar ter prazer nas leis do Senhor e nelas meditar dia e noite, ou seja, sermos servos que procurem sempre glorificar a Deus em espírito e em verdade.

2- O mundo e os filhos de Deus

Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia” (João 15:19).

Sabemos que antes do nosso nascimento já tínhamos sido predestinados à salvação, mas nem todos nós já nascemos em uma família cristã ou tivemos desde criança um acompanhamento adequado nessa área. Ou seja, muitos desfrutaram dos prazeres mundanos. Assim, como fomos resgatados do mundo, outros eleitos precisam ser resgatados desse sistema de vida. E essa deve ser a relação dos filhos de Deus com o mundo: não viver de acordo com ele, mas sempre ter em mente o resgate dos eleitos. Ou seja, vivermos uma vida santa diante de Deus e dos homens para que possamos ser exemplos para as pessoas que vivem no mundo. Além disso, não devemos negligenciar a evangelização, para que, quando for o tempo de Deus, nos tornemos um instrumento nas mãos divinas, e que através de nós os eleitos de Deus sejam resgatados.

3- Os elementos que identificam “o homem do mundo”

Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1 João 2:16).

A Palavra de Deus nos alerta contra as concupiscência da carne, dos olhos e contra a soberba. Vamos agora analisar esses três pontos separadamente:

a) A concupiscência da carne:

Engloba desejos impuros, vícios e prazeres sensuais. A Bíblia exorta-nos a fugir de toda e qualquer impureza (1 Coríntios 6:18). O crente deve estar ciente de que ele é templo do Espírito Santo e, portanto, deve viver uma vida piedosa e consagrada a Deus. Fugir da imoralidade é dever do crente.

Os vícios também são considerados concupiscência da carne, pois servem para saciar a sede da mesma. Então, devemos viver longe deles.

b) A concupiscência dos olhos:

Sabemos que o homem torna-se cativo daquilo que ele vê. Para que isto não seja prejudicial é preciso que o crente esteja sempre vigiando e orando, assim se fortalecendo para não ser atraído pelos desejos pecaminosos dos olhos.

Um exemplo bastante conhecido é o exemplo de Acã, que viu dentre os despojos dos inimigos de Deus uma capa babilônica, desejou-a, trouxe-a para si e por conseqüência morreu com toda sua família. Temos que ter muito cuidado com isso, pois o que parece simples pode levar a um fim trágico.

c) A soberba da vida:

O homem que vive de acordo com o mundo tem a falsa idéia de que é possível se igualar a Deus. Ele tenta a todo custo viver à parte de seu Criador, buscando sua exaltação através de riquezas, títulos e posições, com o intuito de ser honrado por isso. A Palavra de Deus nos assevera que isto não vem de Deus, mas do mundo. A Bíblia nos ensina que o propósito de um servo é glorificar o nome de Deus e que devemos sempre buscar Seu reino e Sua justiça.

O autêntico crente, que pratica os princípios do Cristianismo bíblico, não deve adequar-se ao presente sistema mundano. Fomos chamados a viver uma vida santa, separada deste mundo, com objetivos infinitamente mais nobres, que são glorificar a Deus e desfrutar de Seus bens.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A estranha teologia dos Simpsons


Os Simpsons são uma família cujo cotidiano é mostrado em desenhos animados muito bem feitos. Em algumas vezes que vi o desenho, pareceu-me uma família confusa, como eu não gostaria que a minha fosse. Outro dia, vendo-o, lembrei-me de ter lido um interessante livro sobre eles: “O evangelho segundo os Simpsons”, de Pinsky. Até fizera uma pastoral, que ampliei neste artigo.

Pinsky segue a linha de outros livros, como "A psicanálise dos contos de fadas", de Bettelheim, "O lobo mau no divã", de Laura James (ela analisa as patologias dos personagens dos contos de fada), "Teologia e MPB", de Calvani, "Teologia e literatura", de Manzatto (uma reflexão teológica nas obras de Jorge Amado), "House e a filosofia – todo mundo mente", de Irwin e Jacoby, "Super-heróis e a filosofia – verdade, justiça e o caminho socrático", de Irwin. Ou seja: quais conceitos espirituais, culturais e psicológicos são veiculados em produções seculares (música, filmes, desenhos, gibis ou histórias infantis). Não sendo pedante (e sendo), quando me pós-graduei em Educação, pela Católica de Brasília, meu trabalho foi sobre a ideologia das histórias em quadrinho (Disney, Super-homem, Ultraman, Ultra-Seven, gibis de cowboys, etc.). Porque não se trata só de entretenimento, mas de transmissão de valores.

Apresentando o livro, Tony Copolo, professor de Sociologia, diz: “Para Homer [o pai], a oração não é um momento de comunhão com Deus, mas sim algo que você faz quando não consegue o que deseja por si mesmo” (a tradução gerou um texto confuso, com muitos erros). Copolo diz mais: “A igreja, para Homer, não tem nada a ver com culto ou adoração, mas sim em ensinar bons valores morais a seus filhos. Ele quer ver seus filhos todos os domingos na igreja, não para expressar gratidão a Deus pelo que lhes concedeu, mas sim para aprender com os sermões sobre o que é certo e o que é errado. Ele acredita, assim como a maioria das pessoas que fazem parte da religião popular, que aqueles que aprendem e seguem as lições vão para o céu, e aqueles que pecam muito vão para o inferno”.

A teologia dos Simpsons está também em igrejas evangélicas. Muitos crentes pensam em oração como manipular Deus ou manejar os cordéis de um Deus patético, para ele fazer o que queremos. Oração não é só pedir.  É também desfrutar a companhia de Deus e buscar sua vontade. Mas muitos têm uma visão mágica. Deus passa a ser um Papai Noel e a oração, uma lista de compra. Deixa de ser comunhão com Deus. Igreja passa a ser apenas um lugar para criar os filhos, já que o mundo é perigoso e alguns pais quase não têm o que dizer sobre valores espirituais e morais. Em parte porque a moral é ironizada, chamada de “falso moralismo” (qual é o verdadeiro moralismo?) e em parte porque os avós de hoje são os jovens de ontem para os quais era proibido proibir. As crianças de hoje são a terceira geração do “É proibido proibir”. Some-se a isto uma legislação leniente e utópica, e eis o resultado: adolescentes que são selvagens com roupas de grife. Por isso há tantos adolescentes grosseiros e até criminosos. A igreja passa a ser a educadora, já que muitos pais não conseguem sê-lo e jogam isso para ela.

O conceito de salvação também sofre, com esta visão de igreja e de culto. Há membros de igrejas evangélicas que acham que todas as religiões são iguais, que “religião, cada um tem a sua”, que a verdade sobre Deus é ampla (ou relativa) e o que vale é ser bonzinho, que Deus dará um jeito. Não têm noção alguma do que seja o plano de Deus em Cristo. A banalidade das letras dos corinhos contribui para isso, porque nada ensinam, apenas evocam boa sensação. Ser cristão é cada vez mais experimentar sensações que crer em Alguém e esposar uma visão de vida.

Segmentos da igreja perderam a centralidade de Cristo e sua cruz. Assim perderam conteúdo teológico e identidade, tornando-se um clube recreativo-espiritual-educacional, reunindo pessoas com uma moral sadia, ou do mesmo nível social. O ardor evangelístico se perde (se tudo vai dar certo, por que incomodar os outros e me perturbar, com esse negócio de evangelização?). A grande crise de algumas igrejas hoje é de fundamentos: o que é uma igreja, exatamente? Quem é Jesus Cristo? O que é salvação? Igreja é mais que clube espiritual ou lugar para se fazer carreira espiritual. As megas-igrejas, muitas vezes, parecem mais com empresas que com um agrupamento dos salvos pelo sangue de Cristo. Uma empresa humana com verniz religioso.

A igreja não é uma confraria de bonzinhos aos seus próprios olhos. Nem de reformadores sociais. Igreja é um grupo de pessoas que provou a graça de Deus na pessoa de Jesus Cristo, creu nele, comprometeu-se com ele no simbolismo do batismo, identificando-se com sua morte e ressurreição. Igreja é um grupo de pessoas que crê que apenas o evangelho, não ideologias políticas e humanas, tem a resposta para este mundo. Por isto valoriza mais a pregação do evangelho que qualquer outro discurso. Sua base de fé é a declaração cristológica da igreja primitiva: “Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Co 15.3-4). A igreja crê na morte vicária de Cristo e em sua ressurreição. Sem isto, não há igreja. Há simpsonismo espiritual.

Num dos desenhos, quando Bart, seu filho, lhe pergunta qual é a sua religião, Homer diz: “Você sabe, aquela que tem umas regras muito boas, porém, não funcionam na vida real. Ah, chama-se cristianismo”. Bart diz, em outro desenho, sobre a questão do juízo: “Acho que vou ter uma vida cheia de pecados seguida por um súbito arrependimento no leito de morte”. É este o conceito do valor do evangelho que o desenho transmite. Talvez seja o de muitos dos nossos. A santidade é tão escassa e a graça é tão mal compreendida! Homer Simpson deveria ser um personagem fictício. Temo que seja membro de muitas igrejas.

Você é, realmente, igreja de Jesus ou um Homer Simpson? Seu compromisso com Jesus é radical, de entrega da vida e engajamento com o seu reino, ou apenas uma perspectiva cultural?

Isaltino Gomes Coelho Filho

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Espelho


Um dia desses eu vi um programa na TV que mostrava a vida de jovens ricos... Sabe como é ver um cara da sua idade com duas BMW? Esse tipo de coisa deixa nossa visão meio embaçada, não é mesmo?

Quando vemos os valores que o mundo preza... Quando vemos as pessoas que eles exaltam... Olhamos no espelho e parece que somos tão pequenos! Tão longe de um lugar onde supostamente deveríamos estar!

Você conhece esse sentimento de vazio, até vergonha por não ser aquilo que deveria? Então vou te falar porque sentimos isso: porque estamos olhando para o espelho errado! Nosso padrão não é o padrão do mundo! Temos que nos ver segundo a Bíblia! O que ela diz a nosso respeito, isso sim é verdade.

Se alguém te olha e fala que você não tem nada, apenas sorria. Você sabe que tem tudo! Tudo? Como assim tudo? Foi o que eu disse! Quem tem Deus, tem tudo!

Apenas pare um pouco e entenda isso. Éramos escravos... mas fomos feitos filhos de Deus!

Lucas Alexandre

domingo, 7 de novembro de 2010

O cristão e a arte


L'Ultima Cena, pintura de Leonardo da Vinci para o duque Lodovico Sforza, 1495-1497

Arte é algo tão amplo, que a vemos todos os dias, seja num grafitti na porta de uma escola, seja nas músicas que ouvimos por aí, enfim, há arte em tudo. Mas pode Deus operar em nossas vidas através de uma arte que não seja propriamente cristã? Qual o papel das artes na vida de um cristão?

É óbvio que podemos revelar a glória de Deus seja através de um grafitti, uma dança contemporânea, uma música que não seja explicitamente cristã. Existem gotas da glória de Deus espalhadas por todo o universo e isso, certamente, nos inclui. Como não ouvir Mozart, Bach sem pensar em dons? Dons que Deus nos dá para que possamos usá-los, não somente pensando num caráter utilitarista: "vou fazer arte por causa disto" ou "ah, não, só faço arte para ganhar almas." Podemos aprender muitas coisas com os não-cristãos, ainda mais artistas como Lenine, Chico Buarque, Djavan, Machado de Assis, Clarice Lispector, entre muitos outros. O pior é ver dentro das igrejas uma sub-arte, ouvindo por aí que a música feita/cantada no louvor congregacional não é arte, não pode ser arte, distinguindo totalmente uma da outra.

Em Tito 1:15 diz: Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. E também em João 17: 14-15: Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.

Nesses excertos da Bíblia podemos entender que não é o que entra que contamina o homem, mas sim o que sai e o mais importante é aquilo que está dentro de nós. A Escritura diz que todas as áreas da nossa vida, mesmo aquelas que parecem menos puras ou menos espirituais, devem glorificar a Deus. No entanto, quando falamos da questão mais artística da coisa, muitos cristãos acham difícil apreciar a arte que lida com a vida diária, principalmente se essa não apresenta uma conclusão evidentemente espiritual.

Podemos exemplificar esse problema naquilo que é conhecido como música cristã/gospel. A música gospel é a única categoria musical reconhecida na indústria fonográfica que é definida inteiramente pelo conteúdo lírico e não pelo estilo musical. Por exemplo, quando há alguns festivais de música e algum cantor gospel ganha nessa categoria, não é definido se ele canta Samba, Rock ou Jazz. Não, não, ele canta música gospel.

Quando a arte tenta incutir alguma coisa na nossa cabeça, acaba virando uma arte ruim. Por exemplo, vários artistas foram contratados na época da Revolução Russa para impregnar na mente das pessoas o Comunismo, logo, a arte nesse caso, foi usada de uma forma ruim. Assim que os cristão pensam em arte como algo para ganhar o mundo para Cristo, cria-se uma expectativa irrealista das artes, onde os artistas são pressionados injustamente. Espera-se automaticamente que os compositores componham "músicas cristãs". Mas, o que constitui de fato a música cristã? Esse compositores são incentivados a ignorar as coisas comuns da vida porque essas não oferecem a oportunidade de testemunho, são como pessoas que só conseguem conversar sobre "o quanto o Senhor tem sido bom", mas não conseguem agregar Deus, por exemplo, no tempo, na economia, política, sistema educacional do país etc.

A fé em Cristo deve nos dar uma nova visão sobre o mundo, mesmo nas coisas mais simples da vida. Poxa, se um poeta quiser falar sobre o nariz, deixe que fale, oras. A arte feita por cristãos deve refletir essa vida por completo. Temos uma tendência dualista em dizer que somente as coisas do espírito importam, claro que importam e muito; mas não vivemos só isso na nossa vida.

Viva Cristo, viva a arte!

Nesse texto, me baseei muito no capítulo 4 da obra de Steve Turner, "Cristianismo Criativo?" e nas aulas que o Rev. Christian está lecionando para nós na ED.

Fernanda Marques

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Jesus não era Cristão


Muita gente pensa que sim. Todavia, a religião de Jesus não era cristianismo. Explico. Jesus não tinha pecado, nunca confessou pecados, nunca pediu perdão a Deus (ou a ninguém), não foi justificado pela fé, não nasceu de novo, não precisava de um mediador para chegar ao Pai, não tinha consciência nem convicção de pecado e nunca se arrependeu. A religião de Jesus era aquela do Éden, antes do pecado entrar. Era a religião da humanidade perfeita, inocente, pura, imaculada, da perfeita obediência (cf. Lc 23:41; Jo 8:46; At 3:14; 2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26).

Já o cristão – bem, o cristão é um pecador que foi perdoado, justificado, que nasceu de novo, que ainda experimenta a presença e a influência de sua natureza pecaminosa. Ele só pode chegar a Deus através de um mediador. Ele tem consciência de pecado, lamenta e se quebranta por eles, arrepende-se e roga o perdão de Deus. Isto é cristianismo, a religião da graça, a única religião realmente apropriada e eficaz para os filhos de Adão e Eva.

Assim, se por um lado devemos obedecer aos mandamentos de Jesus e seguir seu exemplo, há um sentido em que nossa religião é diferente da dele. Quando as pessoas não entendem isto, podem cometer vários enganos. Por exemplo, elas podem pensar que as pessoas são cristãs simplesmente porque elas são boas, abnegadas, honestas, sinceras e cumpridoras do dever, como Jesus foi. Sem dúvida, Jesus foi tudo isto e nos ensinou a ser assim, mas não é isso que nos torna cristãos. As pessoas podem ser tudo isto sem ter consciência de pecado, arrependimento e fé no sacrifício completo e suficiente de Cristo na cruz do Calvário e em sua ressurreição – que é a condição imposta no Novo Testamento para que sejamos de fato cristãos.

Este foi, num certo sentido, o erro dos liberais. Ao removerem o sobrenatural da Bíblia, reduziram o Jesus da história a um mestre judeu, ou um reformador do judaísmo, ou um profeta itinerante, ou ainda um exorcista ambulante ou um contador de parábolas e ditos obscuros que nunca realmente morreu pelos pecados de ninguém (os liberais ainda não chegaram a uma conclusão sobre quem de fato foi o Jesus da história, mas continuam pesquisando...). Para os liberais, todas estas doutrinas sobre o sacrifício de Cristo, sua morte e ressurreição, o novo nascimento, justificação pela fé, adoção, fé e arrependimento, foram uma invenção do Cristianismo gentílico. Eles culpam especialmente a Paulo por ter inventando coisas que Jesus jamais havia dito ou ensinado, especialmente a doutrina da justificação pela fé.

Como resultado, os liberais conceberam o Cristianismo como uma religião de regras morais, sendo a mais importante aquela do amor ao próximo. Ser cristão era imitar Cristo, era amar ao próximo e fazer o bem. E sendo assim, perceberam que não há diferença essencial entre o Cristianismo e as demais religiões, já que todas ensinam que devemos amar o próximo e fazer o bem. Falaram do Cristo oculto em todas as religiões e dos cristãos anônimos, aqueles que são cristãos por imitarem a Cristo sem nunca terem ouvido falar dele.

Se ser cristão é imitar a Cristo, vamos terminar logicamente no ecumenismo com todas as religiões. Vamos ter que aceitar que Gandhi era cristão por ter lutado toda sua vida em prol dos interesses de seu povo. A mesma coisa o Dalai Lama e o chefe do Resbolah.

Não existe dúvida que imitar Jesus faz parte da vida cristã. Há diversas passagens bíblicas que nos exortam a fazer isto. No Novo Testamento encontramos por várias vezes o Senhor como exemplo a ser imitado. Todavia, é bom prestar atenção naquilo em que o Senhor Jesus deve ser imitado: em procurarmos agradar aos outros e não a nós mesmos (1Co 10:3311:1), na perseverança em meio ao sofrimento (1Ts 1:6), no acolher-nos uns aos outros (Rm 15:7), no andarmos em amor (Ef 5:25), no esvaziarmos a nós mesmos e nos submeter à vontade de Deus (Fp 2:5) e no sofrermos injustamente sem queixas e murmurações (1Pe 2:21). Outras passagens poderiam ser citadas. Todas elas, contudo, colocam o Senhor como modelo para o cristão no seu agir, no seu pensar, para quem já era cristão.

Não me entendam mal. O que eu estou tentando dizer é que para que alguém seja cristão é necessário que ele se arrependa genuinamente de seus pecados e receba Jesus Cristo pela fé, como seu único Senhor e Salvador. Como resultado, esta pessoa passará a imitar a Cristo no amor, na renúncia, na humildade, na perseverança, no sofrimento. A imitação vem depois, não antes. A porta de entrada do Reino não é ser como Cristo, mas converter-se a Ele.

enviado de http://tempora-mores.blogspot.com/2010/06/jesus-nao-era-cristao.htmlInteressou-se? Vá ao site e leia os comentários!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Halloween - uma Festa religiosa que adora a Deusa...


Algumas escolas comemoram o dia das bruxas como uma festa da cultura americana ou uma festa qualquer sem ao menos conhecer o seu significado e origem. Esta festa é muito comemorada pelas escolas de inglês, e pasmem... tem até a festa de Halloween gospel!

Para que eu não possa ser chamado de preconceituoso (o uso desta palavra está distorcida, pois preconceito é dar um conceito antes de conhecer o objeto do que se fala. Para algumas pessoas o fato de não aceitar já é preconceito), este artigo tem pesquisas em fontes especializadas em bruxaria e dicionários de ocultismo.

Como todos têm o direito de seguir qualquer religião, eu também tenho o direito de levar a verdade sobre o Halloween. Quero mostrar a você leitor o que as escrituras Sagradas falam sobre a prática da bruxaria. Desta, os pais podem decidir se seus filhos devem ou não participar do dia das bruxas.

As escolas podem obrigar o meu filho participar do Halloween? Não, elas não têm este direito. A constituição brasileira nos permite dizer “não” a qualquer tipo de participação de festas religiosas ou comemorações que vão contra a nossa fé. Esta posição está amparada no Inciso 5º da Constituição Federal que reza: "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais dos cultos e suas liturgias".

Fica claro que é inviolável a liberdade religiosa, os nossos filhos não podem ser obrigados a participar de qualquer festa religiosa, mesmo que aqueles que as promova não tenha conhecimento da verdade sobre ela.

Mas o que é Bruxaria? Bruxa não é aquela que voa de vassoura. Bruxa é uma praticante do paganismo ou neopaganismo. A bruxaria é uma religião. Seus adeptos participam de convens, seus “líderes” são sacerdotisas e sacerdotes, ela é uma religião matrifocal. A mulher tem uma importância maior dentro da bruxaria. Sua prática de adoração é politeísta (possui diversos deuses), têm rituais e tradições (geralmente de origem celta) e dias especiais em seus calendários que promovem a adoração a deusa e do deus.

A vertente mais popular bruxaria nos dias de hoje é conhecida como WICCA. O neo-paganismo tem alcançado, a cada dia, adolescentes e jovens que são instigados pela fábrica do cinema com filmes como “Harry Potter” – o garoto propaganda da neo-bruxaria.

O livro Wicca-Crenças e Práticas, Grary Cantrell, Madras Editora, traz a seguinte definição: "Nossa religião (bruxaria-Wicca), é legalmente reconhecida e está sob proteção da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos e, nosso isolamento do resto da comunidade religiosa deve e precisa terminar". O sacerdote bruxo afirma: "o nosso oficio está crescendo e se diversificando em alta velocidade fenomenal" (Pag 17 Wicca-Crenças e Práticas, Grary Cantrell, Madras Editora). Ok, o Halloween está ligado ao paganismo, mas o que este tipo de festa pode trazer ao meu filho?

No sentido pedagógico, nada. Mas... ela pode promover a idéia de que a bruxaria é apenas algo que existe na ficção. Através desta idéia, as crianças podem começar a se interessar na verdadeira pratica da bruxaria e buscar informações em outros livros, na internet, etc... O personagem da ficção que leva muitos adolescentes a realidade da bruxaria - Harry Potter - não se cansa de dizer em seus filmes que “quem não gosta de bruxaria é trouxa”.

Mas isso é um laço do inimigo para que seu filho comece a aceitar a bruxaria como uma fantasia. Bruxaria não é fantasia! O Halloween pode despertar o interesse em muitas crianças como outras histórias religiosas já levaram a busca de um caminho religioso. É claro que possuímos o livre arbítrio, mas todo livre arbítrio é influenciado por aquilo que nos cerca! Não precisamos deixar com que os nossos filhos conheçam nenhuma religião precocemente antes que elas tenham formado o seu caráter ou tenha maturidade suficiente para ter uma escolha própria ou julgamento pessoal.

O exemplo vem do próprio cristianismo, algumas igrejas não batizam crianças porque elas não têm conhecimento suficiente para escolher se vão querer ou não seguir Jesus em sua vida. O batismo tem uma conotação de testemunho público – como uma criança vai fazer o seu testemunho público se ela não tem conhecimento do que ela está fazendo? O batismo deve ser feito quando existe consciência de sua escolha, desta forma nós também não queremos que as crianças sejam iludidas pelas festas das quais tem conotações espirituais sem o seu conhecimento prévio. Muitas crianças foram influenciadas por histórias ou musicas, contadas e cantadas, por professores. Veja o artigo feito por uma revista esotérica.

INTERESSES POR RELIGIÕES DESDE PEQUENOS

A revista “Bons Fluidos” trouxe uma reportagem de crianças que se envolveram com outras religiões. Um garoto de 6 anos começou a se interessar por hinduísmo depois que a professora ensinou um mantra.

"No quarto de brinquedos de Pedro de Queiroz Ávila, 6 anos, bolas, carrinhos, dinossauros e cobras de borracha convivem com um pequeno altar ecumênico. Arrumadas em um canto do cômodo, imagens de divindades indianas, de Buda e de Nossa Senhora despertam a atenção de quem entra ali pela primeira vez.

O garoto falou do seu gosto sobre os deuses hindus: "Gosto de todos os deuses, mas meu preferido é Brahma, ele tem quatro cabeças e é o mais poderoso do Universo", conta com desenvoltura.

"Também acho legais Shiva e Vishnu, que, junto com Brahma, comandam tudo", continua. De modo simples e autêntico, Pedro demonstra que entende um pouco de uma cultura muito distante da sua. Seus três deuses favoritos formam a trindade sagrada que, para o hinduísmo, controla o mundo".

Como surgiu o interesse pelo hinduísmo?

O interesse de Pedro, aluno da Escola Viva, de São Paulo, surgiu na escola. "Um dia, a gente escutou algumas histórias de deuses. Depois, sentamos e ficamos repetindo om, om, om, que é um mantra", explica. A sua mãe conta no artigo que ele se interessou também por mitologia grega. "Para satisfazer a curiosidade dele, passei a pesquisar na internet e a conversar com amigos", lembra. Eles foram juntos assistir à peça infantil As Jóias de Krishna - "Gostei. Lá, aprendi por que Ganesha, deus da sabedoria, tem cara de elefante. Acho legal que nenhum deus seja só bonzinho. Eles lutam e fazem as pazes", diz o garoto.

"Sentado no alto de uma árvore, A.C.P.M. de 9 anos, tenta recitar um dos feitiços que aprendeu em seu ultra-manuseado exemplar de O Livro Secreto dos Bruxos, de Janice Eaton Kilby, Deborah Morgenthal e Terry Taylor, (Ed. Melhoramentos), leitura de cabeceira diária e obrigatória.

"Realizar uma magia: esse é meu maior sonho. Se um dia eu conseguir, serei a criatura mais feliz do planeta", confessa o menino".

Fã de Harry Potter - o garoto mago da série homônima criada pela inglesa J. K. Rowling - o garoto diz que troca qualquer jogo de futebol por uma sessão de bruxaria entre amigos.

"Bruxaria do bem, tá? Não gosto de violência nem de coisas negativas", faz questão de esclarecer.

No último Natal, pediu de presente uma tenda roxa com estrelas bordadas porque queria um lugar especial para fazer rituais. "Não ganhei, mas tenho fantasia de mago, coleção de duendes e gnomos e minha mãe já disse que, quando eu crescer, vou estudar em uma escola de bruxos", conta.

Sua mãe concorda que o garoto aprenda bruxaria : "Se encontrarmos um lugar bacana, por que não? Respeito a sensibilidade dele, que sempre teve inclinação para esses assuntos. Estimulo sua vontade de aprender e procuro fornecer leituras adequadas à sua idade", afirma sua mãe que é católica."

O que quero mostrar é que a criança possui uma tendência de se envolver a fundo naquilo que é passado através de histórias, programações ou até mesmo festas.

ORIGEM DO HALLOWEEN

Da mesma forma que nós cristãos comemoramos a páscoa e o natal com significados importantes para cristianismo, o Halloween também é comemorado e considerado um dia de suma importância para a religião pagã. Existem oito dias de cerimônias sagradas para as bruxas, os quatro maiores e quatro menores.

O Halloween está incluído nos principais Sabás; IMBOLC, BELTAIN, LUGHNASADH e SAMHAIN (este último é o dia de Halloween). No dia 31 de Outubro é comemorado o festival que introduz a estação das trevas (inverno).

De acordo com a história, este dia originou-se nos antigos festivais de outono Celtas que eram ligados à feitiçaria e à magia. Os bruxos acreditam que o portal que separa os mortos dos vivos se abre e eles passam a ter contato com os vivos. No livro Wicca de Gary Contrell, Wicca-Crenças e Práticas, na pagina 95, o autor faz o seguinte relato referente a Halloween:

"O Sabá do Samhain celebra o ciclo eterno da reencarnação e marca o início do inverno céltico. O velho Deus morre nesta noite para renascer no Yule, dando continuação à Roda da Vida do Ano. Se o ritual for adequadamente feito, geralmente se percebe a presença de amigos invisíveis."

Então este dia não é apenas um dia de doces e travessuras, mas o dia em que a religião pagã realiza a prática da necromancia.

Os rituais são marcados por cantos e oferendas de frutas como maças, melões, abóboras, além de cereais ou nozes de outono são decorações típicas do Samhain. Por mais que pareça uma brincadeira, o dia das bruxas tem uma relação religiosa, ou você acha que ter um contato com mortos é brincadeira de criança?

Os processos ritualísticos a serem feitos são diversos. Um deles é purificar a área ou o círculo, invocar os quadrantes (vento, terra, água e fogo)e o Senhor e a Senhora (deuses) com orações de evocações. Existem orações que invocam espíritos da morte e a deusa pedindo que os visitem e que os guiem pelo caminho que estes espíritos e a deusa quiser. Estes rituais são acompanhados por diversos processos de invocação, velas e musicas. Os cânticos evocam a reencarnação, a morte e a prática da adoração a deusa.

NECROMANCIA

Buscar as lembranças dos mortos ou até oferecer comida a eles são pontos marcantes nesta festa. Os adeptos a bruxaria neste dia falam de pessoas que já morreram, de amigos e animais que perderam naquele ano, pois o dia é celebrado com a influência da morte.

Depois o sacerdote indica o ritual do bolo e da cerveja para celebrar a possibilidade de contato com eles (em outros convéns podem ser feito outros rituais- cada grupo pode ter o seu ritual personalizado, não precisa ser necessariamente os mesmos).

DOCES OU TRAVESSURAS?

Esta prática é a mesma que os antigos tinham para proteger suas lavouras neste dia. A prática de dar oferendas aos espíritos está ligada diretamente à proteção de suas lavouras, acreditavam que os mortos vinham com Samhain e precisavam ser recebidos com oferendas de doces e frutas para que eles não fizessem nenhum dano as suas plantações. Muitos colocavam fogueiras no canto de suas fazendas para afugentar os maus espíritos e aplacar poderes sobrenaturais que controlavam os processos da natureza.

Nesta festa, os praticantes de bruxaria dizem que deixar uma oferenda de alimentos ou bebida na entrada da casa serve para revigorar as almas dos mortos.( livro Wicca Crenças e Práticas, pág.95). A invocação dos quadrantes e dos deuses são feitos em lugares purificados em alguns convéns. Hoje se comemora este dia ao redor das fogueiras, com oferendas de doces e frutas etc...

HALLOWEEN VEM DOS AMERICANOS?

O Halloween foi introduzido nos Estados Unidos pelos Irlandeses. A sua origem remonta as tradições celtas, povo que viveu na Gália e nas ilhas da Grã-Betanha entre 800 e 50 a.C. Esta prática foi sendo esquecida devido a evangelização cristã nestes territórios, a religião Celta começou a desaparecer. Como eles tinham uma tradição oral, eles não escreveram quase nada sobre a sua religião. Os Estados Unidos receberam estas festas com o surgimento da religião pagã em seu território.

SIMBOLISMO DO HALLOWEEN

Cada peça, brincadeira ou enfeite possui um simbolismo dentro da crença Wicca. Vamos ver algumas delas:

ABÓBORA COM ROSTO - esta vem de uma lenda: um homem chamado Jack morreu e foi lhe foi negado a sua entrada no céu e no inferno. Condenado a viver perambulando pela terra como uma alma penada, ele colocou uma brasa brilhante num grande nabo oco para iluminar o seu caminho à noite. A abóbora iluminada simboliza Jack.

NABOS - o nabo também eram as lanternas que os Celtas acreditavam que mandavam os espíritos embora, este símbolo continua com o uso das abóboras iluminadas.

VELAS - Neste dia é usado muitas velas marrons e alaranjadas. Muitos pentagramas possuem estas velas em seus quadrantes.

USO DO PENTAGRAMA - o pentagrama tem sido usado como amuleto, mas ele é um símbolo básico da feitiçaria. É o ponto central do trabalho de encantamento e geralmente é colocado sobre ou na frente do altar – ele representa o fogo, terra, ar, água e espírito.

PESCAR MAÇÃS EM UM TONELos romanos adotaram as práticas célticas como suas. Mas no primeiro século dC, o Samhain assimilou-se em algumas celebrações romanas de Outubro, como o dia para honrar Pomona, a deusa romana das frutas e árvores. O símbolo de Pomona é a maçã, o que pode explicar a origem da tradição moderna de mergulhar para pegar maçãs, no Halloween.

PEDIR DOCES - esse costume veio da tradição Irlandesa: um homem conduzia uma procissão para angariar contribuições dos agricultores para que suas colheitas não fossem amaldiçoadas por demônios. Pare e pense: as crianças que saem pedindo doces ou travessuras (vestidas de montros) representam o que? O que acontece se elas não conseguem os doces? Elas fazem as travessuras. Se você pensar um pouco, o agricultor pedia alguma coisa para dar de oferta aos demônios.

HALLOWEEN A LUZ DA PALAVRA DE DEUS

Pessoas que participam dessa festa têm que se conscientizar sobre estes rituais e práticas religiosas que estão envolvidas com o Halloween. Nunca esqueça que nós estamos debaixo da lei de semeadura, o que semeamos vamos colher. Se deixarmos os nossos filhos se envolverem com estas práticas mesmo que não pareçam praticas religiosas – o que vamos colher?

Neste tipo de ritual encontramos a Necromancia, animismo, o Politeísmo e práticas pagãs. Estas práticas não condizem com as Sagradas Escrituras. A bíblia nos da uma posição clara sobre a prática da bruxaria – nós não devemos nos envolver com suas práticas mesmo que seja de brincadeira.

Feiticeiro é considerado por Deus e pela sua palavra aquele que faz contato com mortos, aquele que busca poder na magia, busca orientação ou conhecimento sobrenatural mediante as práticas mediúnicas e isso é abominação ao Senhor. Deus pede ao seu povo que não se vire para os encantadores e adivinhadores:

Levíticos 19:31: "Não vos virareis para adivinhadores e encantadores, não os busqueis contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus".

Deus não permite que seu povo se envolva com feiticeiros:

Deuteronômio 18:9-12: "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti".

Veja o que está preparado para os feiticeiros:

Apocalipse 21:8: "Mas quanto aos tímidos, aos incrédulos, aos abomináveis, aos homicidas, aos fornicadores, aos feiticeiros, aos idolatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte".

CONTATO COM OS MORTOS

Não há possibilidade de alguém que está morto entrar em contato com o mundo dos vivos, isso é abominado por Deus. A Bíblia nos orienta para não consultar os espíritos.

Isaias 8:19-20: "Quando pois, vos disserem: consultai os que tem espíritos familiares e aos adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo o seu Deus? A favor dos vivos, consultará aos mortos? Á lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles".

Se estes espíritos não têm luz, quem são eles? O que não posso deixar de dizer é que os que apóiam ou participam desta festa estão fazendo parte da mesa dos espíritos malignos e demônios.

1Co 10:18-22: "Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são porventura participantes do altar? Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo estas coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejas participantes com os demônios. Ou irritemos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele?"

Seria possível invocar os mortos? Não. A Bíblia é clara que estas invocações ou evocações são impossíveis. Os mortos não tem consciência do que está acontecendo no mundo dos vivos:

"Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos... Não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol" (Eclesiastes 9:5-6).

"Pois não pode louvar-te o Sheol, nem a morte cantar-te os louvores; os que descem para a cova não podem esperar na tua verdade. O vivente, o vivente é que te louva, como eu hoje faço; o pai aos filhos faz notória a tua verdade" (Isaías 38:18-19).

O livro de Jó revela que aquele que desce a sepultura não volta, nunca tornará a subir.

"Tal como a nuvem se desfaz e some, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar o conhecerá mais (Jó 7:9-10).

Uma das passagens do Evangelho diz que Jesus conta uma parábola sobre duas pessoas que morreram e foram para lugares diferentes. Em nenhum momento Jesus diz que existe possibilidade deles voltarem nem se fosse para dar um recado aos seus familiares. Um deles pede para ir até a sua casa para dizer o que acontece depois da morte e que o caminho que eles seguiam estava errado. Ele ainda diz que se ele fosse dar a noticia, eles se arrependeriam. Veja a resposta:

"Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos" (Lucas 16:30-31).

A bíblia nos informa que os espíritos tem um juízo e não voltam mais. Então quem volta se dizendo espíritos de familiares que já faleceram?

Hebreus 9:27: "Pois aos homens esta ordenado viver e morrer uma só vez, depois disso juízo".

Pense comigo – Halloween é coisa de criança? E os professores que são obrigados a participar destas festas? Eu apenas deixo uma passagem para que eles leiam e reflitam sobre a decisão que devem tomar. Pedro escreveu:

"Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis; antes santificai ao Senhor Deus em vossos corações, e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir à razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência, para que naquilo em que falam de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor padeceis fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal. (1Pe 3:13 -17)

E o que falar para os cristãos que dizem que não tem problema algum participar do Halloween? O que dizer para as “igrejas” que realizam HALLOWEEN GOSPEL? A bíblia fala sobre esta situação...

"Mas o Espírito expressamente diz: que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrina de demônios. (1Tm 4:1)

Quero apenas que se lembrem que "a nossa luta não é contra carne, mas contra potestades, principados e príncipes das trevas, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (EFÉSIOS 6:12).

Deus te abençoe!

Autor: Pr. Alexandre Farias