texto de Ricardo Gondim
retirado do livro "A Presença Imperceptíel de Deus"
“Pois nessa esperança fomos salvos. Mas, esperança que se vê não é esperança. Quem espera por aquilo que está vendo? Mas se esperarmos o que ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente”. Rm 8:24-25
Esperança e o conhecimento nunca se encontram. Nunca esperamos o que sabemos e nunca sabemos o que esperamos. Nesse sentido, a esperança é mais nobre até que a própria fé. Na fé, sabemos o que queremos. Temos um alvo. Temos um alicerce em que baseamos nossa certeza: o caráter de Deus. Na esperança, não temos nenhuma indicação do que possa acontecer no futuro, tudo é difuso. Entretanto, na esperança há uma força que nos diz: “vale a pena continuar”.
Se você perguntar porque vale a pena continuar, não obterá respostas. Se perguntar, para que lutar, não obterá qualquer explicação. A esperança não se explica, não oferece respostas. Ela apenas nos manda continuar acreditando que de alguma maneira, por alguma razão, vale a pena viver, amar, sonhar e planejar para o futuro.
Esperança é desejar o que não depende de nós. Quando podemos fazer, não nos cabe esperar, trata-se de querer e realizar. Ninguém espera aquilo que é capaz. Esperança é para os falidos, pois é um desejo cuja satisfação não depende das pessoas. Esperança é um grito que nasce no espírito e que proclama: “apesar de tudo, de alguma forma, não sei como, vai dar certo!” Esperança é, nas cinzas da angústia e do desespero, poder dizer: “o melhor ainda está por vir!”
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Ricardo Gondim é pastor da Assembléia de Deus Betesda, escritor e teólogo (muito) polêmico. É um dos oponentes da teologia da prosperidade, da maldição hereditária e crítico da teologia calvinista.
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