quinta-feira, 17 de março de 2011

Os emos estão entre nós?



Esse tema afeta adolescentes e até alguns com mais de 20 anos: o estilo chamado EMO. EMO é uma subcultura jovem que descende dos góticos. Segundo a Wikipédia, “EMO” é uma abreviação de “emocional hardcore music”. Ou era. As principais bandas emo são Embrace, Rites of Spring, Gray Matter, Dag Nasty, Fire Party, Underoath, Norma Jean, POD, As I Lay Dying, Showbread e Skillet, ainda que nenhuma destas bandas se auto-defina pelo rótulo. A palavra “EMO” ainda é estranha ao mundo musical, e até mesmo os adolescentes não têm uma idéia clara do que seja "EMO".

Emos vestem roupas pretas, maquiagens pesadas e usam um jeito andrógino (homens parecendo afeminados; mulheres com jeito agressivo), cabelo com cores estranhas e penteado sobre o rosto, um lado mais longo do que o outro, escondendo um olho. Muitos pintam as unhas de preto. Um emo reclama do sistema, apesar de não fazer nada para a melhora dele, se mostra triste para todo mundo visando receber atenção, revolta-se com o que não gosta e começa a chorar… Emo gosta de usar All-Star (nada contra os usuários). Sempre saem a caráter, são exageradamente emotivos, andam em grupos. Na internet, um emo sempre coloca fotos bizarras e age feito nerd (mesmo que não seja). A música emo costuma ser triste ou raivosa, até angustiante. Os ouvintes são pessoas parecendo machucadas, feridas; a música parece ser seu caminho para conectar com outras pessoas que se sentem da mesma forma, o que talvez não saibam fazer sem a música ou não-emocionalmente.

Os emos são anti-sociais, exceto com outros emos. Esse comportamento faz com que se sintam ainda mais incompreendidos, solitários e negligenciados. É um ciclo vicioso. Muitos emos fazem cortes com navalha nos braços, num esforço para lidar com a dor emocional que têm. Geralmente estão à procura de identidade (como todo adolescente) e experimentam este estilo para ver se ele se encaixa. Como os meninos adotam um tipo mais feminino e as meninas um olhar mais selvagem, atraem bissexuais e homossexuais. Eles também têm facilidade de externar o que sentem uns aos outros, se emocionam com as músicas, andam de mãos dadas e pregam a tolerância em relação a tudo, inclusive sexualidade. Tal tolerância faz com que muitos rotulem os emos de homo/bissexuais também. Discriminação é ruim, mas “cada um no seu quadrado”. Infelizmente, na busca por identidade, esses jovens às vezes se metem em um estilo de vida incongruente com Jesus. Eles caem em tentação.

Meu pai já me pegou ficando com um menino. Para ele, ser emo é ser gay!”, desabafou Tiago, de 16 anos, numa entrevista.

Ainda, talvez o que deva preocupar os pais/familiares da geração emo não seja a sexualidade confusa, mas a atitude depressiva. Nos EUA, o surgimento dos emo coincidiu com um aumento notável nos atendimentos de jovens que se auto-feriram ou até cometeram suicídio. Na verdade, até 90% deles se auto-identificavam como emos. São sinais claros de depressão e a subcultura emo valoriza isso, como algumas subculturas valorizam a criminalidade. Os adolescentes são atraídos pelo desafio, ilícito, proibido, e uma estratégia muito conhecida do Diabo sempre foi afastar as pessoas do é bom. Ora, como a criança, o adolescente não vê pecado em coisa alguma. Mas a Bíblia ensina que cada um de nós é precioso para Deus, então não há como mesclar Cristianismo com tais coisas!

Acredite ou não, existem emo-cristãos, ou algo parecido. São adolescentes que põem Cristo na frente e evitam as atividades ruins acima. Mesmo assim, estão cercados por uma subcultura que renega os valores cristãos. Esse conflito tende a fazer com que troquem a tradição familiar e os Ensinamentos pelo que os adeqüe no grupo. Se a igreja não se define por roupas ou músicas, como criticá-los?

Muitos crentes falam mal dos emos, punks, metaleiros, etc. De fato, a Bíblia ensina que não devemos nos conformar com este mundo (1 Co 12.2), nem amar o que nele está, pois isso não provém do Pai (1 Jo 2.15,16), uma vez que o mundo está no maligno (1 Jo 5.19). Mas não há como “não ter estilo”, como não expressar no seu jeito nem que seja um desprezo pelos modismos! Jesus não pediu ao Pai que nos tirasse do mundo. Mas Ele insistiu que é necessário amar a Deus mais do que ao mundo, mais do que tudo (Mt 22.37). Assim, não faz sentido um “emo cristão”, como não faz sentido um “brasileiro cristão”. Já um “cristão brasileiro”, “cristão emo”, “cristão punk” são coisas possíveis, se você dá valor à ordem das palavras. Primeiro servir a Deus, DEPOIS ter seu estilo, seja qual for.

Você já assistiu Superman, Homem-aranha ou Batman? Você ainda se lembra de querer ser um super-herói dos quadrinhos? Você se lembra de querer ser capaz de corrigir as coisas, proteger as pessoas, voar ou parar balas? Estas são formas de escapismo. Todo mundo tem. Para algumas pessoas, a música é uma maneira de escapar e se conectar - com suas emoções (o “eu” interior) e com os outros. A música emo permite sentir (ou expressar) sua dor interna de forma segura. Mas ela também mostra jovens se sentindo estressados e oprimidos, quem sabe por um mundo onde os sentimentos são julgados. EMO lhes permite sentir e expressar.

Hoje, dentro ou fora da subcultura emo, os jovens iniciam sua vida sexual aos 13 ou 15 anos como se fosse natural, os pais fingem que não sabem e eles fingem-se de santos. Se a igreja não influencia as famílias, ela é uma igreja doente, sem vida. Em Eclesiastes capitulo 12, está escrito que o jovem deve lembrar-se de Deus na tua mocidade/adolescência/juventude antes que chegue a velhice e já não tenha mais forças e prazer na vida. Esse ensinamento deve ser tornado em prática, por meio do amor e da comunhão dos jovens com família, da família com a igreja. Precisamos ajudar também os emos a manter contato com alguém fora de si e do seu grupo. Eles precisam se sentir amados e compreendidos, conhecer o amor de Deus. Isso quer dizer aliviar o estresse de suas vidas, encontrando maneiras saudáveis ​​de contactar e lidar com suas dores e as causas delas. Todos precisam da cura do Espírito Santo.

O comportamento emo pode causar uma separação de Deus. Esses jovens precisam entender que Deus os ama onde estão, como estão, enviou Cristo para morrer por eles e ainda os chama a serem santos. Nenhuma tentação se abateu sobre eles que Cristo não tenha provado e derrotado. Cristo morreu pelos emos também.

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