sábado, 19 de maio de 2012

A letra que mata

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“A Letra Que Mata” (título original: Dangerous Calling, 2008) conta sobre a política interna de uma igreja batista do interior do EUA. No filme, fica em foco a vida do novo pastor e sua esposa, quando assumem a liderança de uma igreja mal-vista, com histórico de várias mortes misteriosas. Eles vão aos poucos descobrindo que a igreja é, nos bastidores, manipulada pela Sra. que os abriga em sua casa. Ela é  uma espécie de beata astuta, impõe à igreja a forma um grupo moralista comandado por ela mesma. Impressiona a sutileza das suas ações para obter o que quer e o sofrimento psicológico do filho único, que executa seus planos e carrega toda uma vida de humilhações impostas pela mãe.

A razão desse comportamento? As informações e ordenanças extra-bíblicas que ela recebe diretamente de Deus durante seus períodos de oração, meditação ou transe (o nome que você achar melhor). O deus que a instrui tem valores suficientemente pesados e rígidos para apoiar o isolamento “santo” do resto do mundo “pecaminoso”, a imposição de sofrimento a todos e especialmente ao filho, a manipulação de pessoas e mesmo assassinatos para que sejam cumpridas as suas vontades.

Em segundo plano, aparecem as relações difíceis entre o pastor e sua esposa com a comunidade, vistos como pessoas para quem “é preciso mostrar o que eles querem ver”. A igreja é mal-vista por ser uma espécie de clube fechado, um grupinho seleto de pessoas ditas santas. Toda respeitada e temida na igreja, a desagradável Sra. se justifica com sentenças bíblicas. De fato, o que a Bíblia oferece é acima de tudo condenação. O formalismo tem essa peculiaridade, de ser feito para o bem e servir bem ao mau. O apego ao formalismo não produz necessariamente o “morrer para o velho homem”, mas se chega a ser o objetivo das pessoas, eia aí um deus que se domina com algum intelecto. Jesus dizia "Conheça a verdade e ela vos fará livres" (Jo 8.32), e também chamava-se a Si mesmo de A Verdade (Jo 14.6), embora conhecesse de cor todos os textos hebraicos.

Em sua carta aos Romanos, Paulo afirmou: "Morremos para aquilo em que estamos retidos", acrescentando logo a seguir: "Para que sirvamos em novidade de Espírito, e não na velhice da letra" (Rm 7.6). Esta afirmação do apóstolo equivale a esta outra, da 2ª carta a Corinto "A letra mata e o Espírito vivifica" (2Co 3.6), que provavelmente serviu de título brasileiro ao filme. Paulo falava, talvez, da condenação que os textos do VT colocam sobre os homens (o que é verdade). De fato este é o principal motivo para a impopularidade da Bíblia e a atração geral pelos livros de auto-ajuda: o texto Bíblico em geral é condenatório. O leitor esperando encontrar auto-estima ou conforto bem provavelmente vai achar a Bíblia mostrando ele bem pior do se achava. Daí muitos se afastam da Bíblia, alguns vão até atrás de deuses medonhos que enalteçam seus piores traços de personalidade...

Mas Jesus promete algo novo, que Ele chama de Espírito Santo, ou então de Consolador, algo que trará vida nova e verdadeira. Em outras palavras (e Paulo talvez concordasse com isso), a Bíblia desde os 10 Mandamentos promete o castigo divino e mostra ao invés dele o perdão e cuidado de um Pai atento. Quando entendeu isso, Paulo deixou para trás a santidade auto-determinada dos judeus para procurar romanos, gálatas e gregos. Proclamava que "não veio para batizar, mas sim para evangelizar" (1Co 1.17), refutando os costumes dos novos cristãos como “preceitos de homens e não de Deus" (Cl 2.22), como Jesus já havia dito acerca dos escribas e fariseus (Mc 7.7). Mas eram preceitos e ensinos da letra, dos escritos judeus... e ele tentava ensinar os homens que pouco se aproveita disso, se o Espírito Santo estiver longe. 

Educado pelos gregos, Paulo parecia negar que um leitor ávido dos mandamentos, mesmo cumpridor, pudesse obter alguma graça. Havia a letra, para condenar e matar o velho homem. A vida nova dependeria do Espírito, algo sobre o qual o livro falava, mas que não poderia ser obtido dele. Se a beata lesse a parte que não lhe interessava da Bíblia, encontraria ali condenação para o que fazia. Mas ainda assim não lhe seria dada a graça, que ela foi buscar onde achasse e com quem a oferecesse. Uma graça que destoava do que qualquer pessoas chamaria de graça... e mais ainda do amor de Jesus!

Quando Jesus afirmou: "eu e o Pai somos um" (Jo 10.30), Ele se dizia um autêntico mensageiro de Deus na Terra. João relata ainda: "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito que está no seu seio, esse O fez conhecer" (Jo 1.18). Quanto aos “impuros” que na época de Jesus eram os publicanos, os romanos mesmo, hoje são os que bebem, homossexuais, católicos ou umbandas, os que usam produtos de fora da igreja, etc. Jesus foi bem enfático quanto à separação de puros e impuros, ficando bem longe de todos eles (isso é um sarcasmo). João relatou esse hábito mais ou menos assim: "Não me detenhas porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus" (Jo 20.17).

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Está com tempo sobrando para ler esse texto? Leia as fontes dele!
http://www.cinedica.com.br/Filme-A-Letra-Que-Mata-13843.php
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/mundo-espirita/a-letra-que-mata.html

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