Chegamos em 31 de outubro de 2023 com várias situações trágicas pelo mundo. Afora desastres naturais como secas ou chuvas, calor ou frio afligindo populações inteiras, duas guerras mostram um velho lado sanguinário dos homens.
Seja em Gaza ou na Ucrânia, não se trata de situações simples com um povo "mau" ameaçando im povo "bom". Nem tampouco de situações perdoáveis com povos simplesmente tentando sobreviver ou políticos atrás de interesses financeiros e usando as populações incautas. São desafetos antigos, vinganças, colonizações e massacres resultados de uma história de inimizades e interesses, principalmente acreditados como injustiças, com um povo ou governo possuindo aquilo que não merece ter. Na Ucrânia, trata -se das reservas e dutos de escoamento de gás natural, que abastecem a maior parte da Europa; em Gaza, trata-se da terra provedora de plantas e água que Palestinos e Judeus são incapazes de dividir equitativamente. Citando um velho filme sobre guerras, são pessoas que não haviam nascido quando a divisão foi feita, lutando contra alguém que não era nascido quando houve uma injúria.
Tanto numa batalha como outra, além dos exércitos, armas, bombas, aviões, mísseis e tudo mais, estão envolvidas as populações residindo no campo de batalha. São homens, mulheres, crianças, velhos e doentes com suas moradias sendo pisoteadas ou demolidas ou incendiadas ou explodidas em nome de expulsar os não-merecedores.
HISTÓRICO DE AJUDA?
Jesus, em Seu tempo, não conviveu exatamente com isso: embora a Galiléia e a Judéia fossem territórios ocupados por Roma, vigorava a Pax Romana: havia acordos entre o Império e as classes dominantes para evitar lutas armadas. Qualquer ameaça à paz era imediatamente combatida com o deslocamento de legiões. Jesus e Paulo viveram depois das guerras Romans contra os grandes reinos (500-100 a C.), e morreram antes das guerras contra os Judeus (70-140 d.C.). Bem depois de Paulo estar morto, o grande incêndio de Roma em 64 d.C. (os Judeus e Cristãos foram responsabilizados, provavelmente como bode expiatório) foi seguido por rebeliões Judaicas contra o Império entre 66 e 70 d.C. Antes de incendiar Jerusalém e dar fim ao Templo, estima-se que as legiões tenham matado 500 000 Judeus, o que se encaixaria nas previsões apocalípticas dos Evangelhos.
As vidas humanas nos territórios de disputas geralmente são de muito pouco valor. Na invasão da Ucrânia pela Rússia, estima-se que até agora tenham morrido 500 000 pessoas. Em Gaza, são 9300 Palestinos. Seja nos tempos de Roma, na Ucrânia ou Gaza, não estamos falando de baixas militares em batalha - são cidadãos desarmados com suas famílias que simplesmente estavam no caminho dos exércitos e foram exterminados como demoNstração de força para o inimigo.
Jesus e Paulo não deram testemunhos de atuação Cristã em tempos de guerra, porque viveram, apesar de tudo, em uma época e local de paz. Talvez essa falha de aconselhamento se ligue ao fato de que o Cristianismo nunca foi um bom exemplo de pacifismo, sendo marcado por episódios sanguinários. Podemos lamentar as Cruzadas no final da Idade Média, o extermínio de populações indígenas no séc. 16, a aniquilação dos impérios da África Ocidental nos sécs. 18-19 e até a aliança com os nazi-facistas na 2ª Guerra Mundial.
Pelo menos desde Francisco de Assis (1181-1226), que começou a vida como soldado, entretanto, diversos movimentos dentro do Cristianismo desenvolveram um lado pacifista envolvido com acolhimento, solidariedade, partilha e empatia. É curioso que Francisco de Assis tenha, segundo contam (muito de sua vida é descrita em obras muito posteriores a ele), pedido ao papa Inocêncio III para construir uma igreja abrigadora de sua nova ordem, mas o papa tenha recebido a visão de alguém que viria reconstruir a Igreja. Esse movimento amoroso (e de ligação com os pobres, no caso de Francisco), não vem diretamente dos Evangelhos, mas de se apoderar de algumas palavras de Jesus presentes principalmente nos Evangelhos de Mateus (com relação aos pobres) e João (que é provavelmente de origem Samaritana), além das cartas Joaninas, para falar de um Cristianismo devotado ao amor para com todos. Palavras que Jesus destinou, segundo Mateus, para o cuidado com vizinhos briguentos da Galiléia e os arrasados de uma Jerusalém destruída. E segundo João, para a aceitação dos não-Judeus dentro da nascente comunidade Cristã. Atualmente, o papa Francisco I (cujo nome representa justamente ser o primeiro franciscano nessa função), orienta os fiéis a rezarem pelos migrantes em massa que tentam fugir com suas famílias das regiões de conflito.
“Conflitos, desastres naturais ou, simplesmente, a impossibilidade de levar uma vida digna e próspera na própria terra natal obrigam milhões de pessoas a partir” (papa Francisco I)
Migrantes fogem por causa da pobreza, do medo, do desespero. No início da Colonização, o Brasil recebeu milhares de Judeus vindos de Portugal e Espanha, que haviam se abrigado em Portugal e depois foram perseguidos com a união dos dois reinos (1580 - 1640). No início do séc. 20, recebeu centenas de milhares de europeus, semitas e orientais fugidos da 1a Guerra Mundial e da recessão financeira dos anos 1930. Nos anos 1970 e 2000, muitos Sírios chegaram aqui, fugidos das diversas guerras de poder político no Oriente Médio que passaram por sobre o país. Logo depois, o terremoto no Haiti fez muitos percorrerem caminhos enormes entre seu país arrasado até o Brasil que sempre manteve a tradição de pais acolhedor do refugiados.
Segundo dados divulgados na última edição do relatório “Refúgio em Números” (Acnur ou Agência da ONU para Refugiados), cerca de 108,4 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixar suas casas. Entre elas estão 35,3 milhões de refugiados. Além de 4,4 milhões de apátridas, pessoas a quem foi negada a nacionalidade e que não têm acesso a direitos básicos como educação, saúde, emprego e liberdade de movimento. Apenas em 2022, no Brasil, foram feitas 50.355 solicitações da condição de refugiado, provenientes de 139 países. As principais nacionalidades solicitantes em 2022 foram venezuelanas (67%), cubanas (10,9%) e angolanas (6,8%).
Essas correntes migratórias acontecem também em outras partes do mundo, mais recentemente com a Itália recebendo gente que foge da pobreza na Namíbia, arriscando suas vidas para atravessar o Mediterrâneo em barcos despreparados e superlotados, além da Polônia e Alemanha recebendo muitos Ucranianos que
fogem da invasão Russa. Ao mesmo tempo em que ficamos felizes de ver países de onde as pessoas fugiram no passado, como Polônia e Itália, agora abrigando os refugiados de outros cantos, é triste ver países um dia formados por refugiados, como Israel, agora atacando terras muito mais pobres como Gaza.
“Cada qual segundo as próprias responsabilidades e empenho, que começa por nos perguntarmos o que podemos fazer, mas também o que devemos deixar de fazer. Devemos prodigalizar-nos para deter a corrida armamentista, o colonialismo econômico, a pilhagem dos recursos alheios e a devastação da nossa casa comum” (papa Francisco I)
Esse ponto, como dito anteriormente, é difícil de ser cumprido. Entre tomar posse de campos de petróleo bilionários, comandar o fornecimento de gás e mercadorias marítimas a todo um continente ou controlar fontes de água e terras férteis, é bem simples escolher pela morte ou expulsão dos que habitam lá. O desejo por riquezas ou vantagens facilmente transforma pessoas exatamente iguais a nós em "outros" para com os quais não nos arriscamos a ter empatia. Sequestramos e matamos jovens, adultos, velhos e crianças, ou despejamos mísseis e artilharia aérea sobre bairros residenciais, escolas, hospitais e até campos de refugiados.
Lá no séc. 5 a.C., quando a comunidade Judaica estava se estabelecendo na Palestina, o livro de Levítico trazia instruções como “Se alguém migrar até vocês, e na terra de vocês estiver como estranheiro, não os oprimam. O estrangeiro será para vocês um concidadão. Você o amará como a si mesmo, porque fostes estrangeiros na terra do Egito. Eu sou Javé, o Deus de vocês” (Levítico 19.34-35). No séc. 1 d.C.,Paulo, quase sempre um estrangeiro, tentou resgatar essa tradição, ao mesmo tempo testemunhando que o primeiro ensinamento não produziu o fruto pretendido:
"Portanto, vocês dessa forma já não são estrangeiros e forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Efésios 2.19).
Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: RACÁ (= sem valor), será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe disser: 'Louco', será réu do fogo do inferno. (Mateus 5.22)
Não é simples receber estrangeiros. São pessoas que desistiram de seus lares, de seu povo, para tentar algo melhor bem longe. Mais do que isso, são pessoas que chegam sem laços de apoio, sem parentes ou amigos, sem emprego, sem saber o idioma, sem onde morar, e trazendo consigo uma cultura exótica. Oferecer algo a elas inevitavelmente é perder algo de si. Mas Jesus diz para encontrar o valor dessas pessoas, Paulo lembra que são nossos irmãos e Levítico nos lembra que todos podem ser ou já foram estrangeiros, algum dia.
Ninguém deixa a sua casa, sua história e suas pessoas sem ser por violência, miséria ou desigualdade. Muitos homens, mulheres e crianças acabam morrendo nesse caminho em busca de um sonho, sem chegar ao seu destino final com paz, um lar, um povo. Quão terrível é chegar e ser rechaçado! Quão absurdo é qualquer um temente a Deus expulsar as pessoas de suas casas por etnia, religião ou para tomar seu espaço!
PORQUE AJUDAR?
Nos países em guerra ou assolados por desastres político-financeiros, abundam desabrigados, desaparecidos, feridos e mortos. Nesses lugares, mais do que nunca, a Igreja tem como missão ser o pilar civilizatório. Enquanto Malaquias 3.10 é muito citada nos recolhimentos de dinheiro das igrejas, Deuteronômio 26.12, bem mais antigo, relaciona tais ganhos a haver mantimentos e usar esse dinheiro (ou animais, verduras, etc) para com os estrangeiros, órfãos e viúvas.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. (Malaquias 3.10)
Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem. (Deuteronômio 26.12)
Boa parte das igrejas, infelizmente, aloca seus recursos como empresas, investindo em canais de comunicação de massa, cantores, templos suntuosos, etc, ao invés de se prestar a um papel nem um pouco lucrativo que é o atendimento dos desabrigados.
OPINIÃO PÚBLICA
Recentemente, algumas alterações sócio -bíblicas têm acontecido. Por um suposto parentesco com os Judeus (sim, muitas igrejas Protestantes são fortemente judaizadas), várias mega-igrejas têm se colocado favoravelmente a Israel nos recentes embates da Faixa de Gaza. Mesmo aqui no Brasil isso é preocupante, pois tais igrejas possuem políticos atuantes e direcionadores de recursos públicos.
Trata-se de uma situação política (não religiosa) em que Israel está agindo contra um ataque terrorista da mesma forma como os EUA agiram contra o Iraque na Guerra do Golfo, ou seja, usando a tragédia de uns como pretexto para massacrar milhares de outros. Foram 150 israelenses sequestrados numa Rave em Gaza, e isso tem sido justificativa para a morte não acidental de quase 10 mil Palestinos. Não é a primeira vez, só é um pretexto novo. Isso não tem qualquer motivação ou justificativa religiosa.
Como mostrado acima, nem a Torá Judaica nem os Evangelhos dão sustento a genocídios. Não estamos nos temos de Moisés ocupando a Palestina com seu povo fugido da escravidão no Egito - isso foi há 3500 anos. Estamos no tempo de Judeus chegados após a 1a Guerra em um território Palestino estarem massacrando os habitantes mais antigos do local. Até hoje, Israel não reconhece a existência de Gaza e a Cisjordânia como territórios Palestinos.
Apesar dos arroubos de saudosismo do Velho Testamento (600-400 a.C), a Igreja Protestante não possui qualquer parentesco histórico com os Judeus. O Cristianismo tem uma falha educativa em que os Cristãos em geral não conhecem a história Cristã de mais de 2000 anos, nem mesmo a produção intelectual ou teológica que houve, e muitas vezes nem mesmo o texto bíblico. O Protestantismo é uma das vertentes Cristãs (pois há muitas outras) que se popularizou a partir da Alemanha do séc. 16, como uma tentativa de resgate do texto bíblico e protestando contra a tradição Católica. Esse texto é realmente herdado dos Judeus (mas o Protestantismo rejeitou vários livros da Torá, que aparecem nas Bíblias Católicas) e sua parte verdadeiramente Cristã foi construída entre 50 e 150 d.C., com Paulo, seu autor mais antigo, evitando tendências judaizantes assumidas, por exemplo, por Pedro, quem parece ser a fonte da biografia de Jesus.
Várias igrejas Pentecostais passaram por uma "judaização", provavelmente no sentido de incorporar as figuras de profetas do Antigo Testamento, com pastores (nome que remete ao Bom Pastor, figura associada a Jesus) usando barbas longas, túnicas, quipás, cajados, menorás e até arcas com querubins esculpidos encima. Daí para chamar Israel de "nação de Deus" (lembrando que os Judeus estão espalhados pelo mundo) falta pouco. Na verdade, vimos Bolsonaro com um movimento nacionalista que hasteava as bandeiras dos EUA e de Israel (e não me seguro o riso, agora). E quem Israel ataca, mesmo por motivo egoísta e genocida, deve ser "inimigo de Deus".
Grande parte das igrejas Protestantes e também comunidades Católicas ligadas à extrema direita no Brasil e nos EUA, longe do conflito, infelizmente mantém o apoio a Israel, povo de Deus que defende seu território passando por um justo Colonialismo e expurgação genocida.
TENSÕES RELIGIOSAS
Na Ucrânia, a Igreja Cristã majoritária é a Igreja Ortodoxa, que funciona mais ou menos como a Protestante, ou seja, com uma liderança descentralizada. Mas nem tanto: há uma hierarquia dos patriarcas dirigentes, com o principal deles na Grécia (Bartolomeu I, patriarcado de Constantinopla). Na Ucrânia, a Igreja Ortodoxa é dividida em Igreja de Epifânio (Ucraniana), Igreja de Onúfrio (Russa) e Igreja Grega, de acordo com o patriarca que as governa. O Mosteiro de Kiev-Petchersk, ou "mosteiro das cavernas" na capital Kiev, é um complexo de prédios subterrâneos históricos e alinhado com o governo Russo. Com a invasão, houve a suspeita de que o mosteiro deu algum suporte aos invasores e ele foi declarado inimigo do Estado, com ordens de evacuação. De fato, o patriarcado russo na Ucrânia tem sido continuamente atacado pelo governo e existe uma cisão entre as igrejas. Apesar disso, os templos do Patriarcado Russo foram os que mais sofreram com a guerra – pelo menos 143 foram destruídos ou transformados em bases militares russas.
"Mais uma vez, Patriarca Cirilo, você falou da unidade da Santa Rússia. ... O foguete da Federação Russa que você abençoou caiu no altar da catedral na festa dos Santos" (carta aberta do vigário da Catedral da Transfiguração em Odessa)
Os crentes das igrejas evangélicas na Ucrânia (pentecostais, batistas, adventistas, carismáticos, etc) foram particularmente afetados. Soldados russos ameaçaram repetidamente a destruição dos prédios e execução dos evangélicos, chamando-os de "espiões americanos", "sectários" e "inimigos do povo ortodoxo russo.
O QUE ESTÁ SENDO FEITO
Existe uma resposta da Igreja nessas situações de conflito. Em muitos locais, as igrejas próximas dos conflitos recrutam mantimentos e fornecem espaços para os refugiados. Nos desastres naturais, os templos religiosos frequentemente são usados como abrigos e hospitais. Quando um desastre ocorre (e aqui trata-se de um desastre humano), a Igreja consegue chegar mais rápido, antes mesmo de agentes de organizações humanitárias ou governamentais. Durante o furacão Mitch, em 1998, uma comunidade de Honduras junto ao rio Choluteca ficou isolada pelas águas por quase duas semanas. Nesse tempo, a igreja local mobilizou alimentos e trabalhadores para reparar as casas, recolher lenha e comida. Também após o furacão Katrina, em 2005, igrejas e templos em Louisiana forneceram abrigo por meses, com serviços hospitalares instalados ali, e mobilizaram 500 mil trabalhadores para reconstruir ou reparar casas destruídas.
Em Gaza, há apenas 2 igrejas Cristãs: São Porfírio (Ortodoxa, na verdade um grande complexo de prédios onde funcionava o Conselho da Igreja Ortodoxa Árabe) e Sagrada Família (Católica). Existem quase mil pessoas abrigadas nesses templos e, recentemente, São Porfírio foi atingida por um míssil israelense. Parte do prédio desabou, matando várias pessoas, mas outra parte ainda resiste como abrigo. Dentro de ambas as tradições, Católica e Ortodoxa, o batismo das crianças assegura seu acesso ao paraíso, caso morram. Por isso, pais Cristãos vão em número a esses locais para batizar seus filhos, com medo do que pode acontecer.
Construída no meio do séc. 12, São Porfírio recebeu o nome de um bispo de Gaza do sec. 5, quando o Cristianismo Grego chegou à região. Especialmente após a expulsão dos Palestinos do atual território de Israel em 1947, o santuário tem sido abrigo de muitas famílias Muçulmanas em épocas de conflito (essa é a 7ª crise no território). Os ataques israelenses infelizmente não pouparam mesquitas e escolas que abrigavam pessoas cujas casas foram explodidas, e também não pouparam São Porfírio. A Igreja da Sagrada Família, também abrigo de muitos Muçulmanos, recebeu ordens de evacuação imediata, partidas do exército israelense.
Na Polônia, para onde mais de 2 milhões de Ucranianos foram em fuga dos ataques Russos, as igrejas Católicas e missionários Protestantes se juntam em acolhimento a famílias inteiras. Sobretudo no forte inverno da região, a necessidade de espaço, alimentos e calefação é urgente. A maioria dos refugiados é composta de mulheres, idosos e crianças. A principal ajuda vem da organização Cáritas, que já movimentou U$ 20 milhões em ajuda e envolve dioceses, congregações religiosas, paróquias, comunidades e movimentos católicos, assim como muitos voluntários. Os poloneses vinculados estão acolhendo os refugiados da Ucrânia nas suas casas, incluindo os bispos.
"A primeira coisa era uma refeição quente, começava-se por isto. Depois um banho e dormir. Montamos um armazém para ter ao alcance as coisas mais necessárias, e havia muitos benfeitores da Polónia e do exterior. Perguntávamos às pessoas o que lhes era mais necessário para prosseguirem a viagem. Chegavam muito cansados, nos diziam que não se lavavam há dias. Às vezes, chegavam diretamente dos refúgios". (irmã Ewa Mehal, no mosteiro das Servas da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria de Stary Wieś, cidade polonesa de Przemyśl, perto da fronteira)
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NOS ESCOMBROS DE SÃO JOÃO
Câmara B. A guerra não conhece religião': a igreja mais antiga de Gaza abriga muçulmanos e cristãos, terra.com.br, 16/10/2023.
Dean J. Igrejas na Polônia se desdobram para servir aos Ucranianos, coalizaopeloevangelho.org, 29/03/2022.
Haidar D. Quem são os cristãos de Gaza, agora abrigados em duas igrejas. BBC.com, 01/11/2023.
Oliveira MJ. O dia em que os judeus foram expulsos de Portugal, observador.pt, 29/12/2016.
Prezzi L. Ucrânia: as igrejas e os venenos da guerra. Ihu.unisinos.br, 16/08/2023.
Rytel-Andrianik P. Como é que a Igreja na Polónia ajuda os ucranianos? Omnesmag.com, 01/94/2022.
Santos C. Igreja e Sociedade, Paulus.com.br, 29/09/2023.
Vatican News. Quase 500 locais de culto destruídos na Ucrânia em um ano de guerra, 25/02/2023.
Veja.abril.com.br. Ucrânia ordena que Igreja ortodoxa alinhada com Moscou deixe Kiev. 10/03/23.
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