segunda-feira, 27 de junho de 2011

Prosperidade ou morte!

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Jesus veio à Terra para tornar física a palavra de Deus, de forma a que os espíritos humanos pudessem voltar a Deus. Trata-se de algo diferente de tudo o que já havia sido feito nos céus e na Terra: Deus deu ensinamentos aos homens, salvou-os quando eram escravos, preparou reis e profetas que os instruíssem. Mesmo nos momentos piores, Deus mostrou que não havia se esquecido de nós... Seu povo foi capturado, feito escravo, mas eis que estiveram entre os povos mais avançados a sua época e com eles aprenderam. Em especial, as histórias do Antigo Testamento falam muito sobre a lição de humildade e fé que Deus fez questão de deixar entre Seu povo. Claro, isso não eliminou a imperfeição humana e não fez da Terra um 2° Éden. Mas então veio Jesus...

Mais do que falar e ensinar, Jesus era Deus debatendo com os homens em suas próprias palavras, vivendo a sua vida, comendo o seu alimento e padecendo das suas dores como pobreza, solidão, traição, inveja, alegria, festa, frio, calor, sede, cansaço, etc. Ele veio mostrar que era possível a santidade mesmo na condição humana, Seu testemunho foi em tudo diferente de acreditar que Deus nos pune com as adversidades. Porque elas existem? Simplesmente porque estamos fora do Éden, e mesmo Jesus morrendo não fomos teletransportados para lá, nem seremos, por mais fé que tenhamos. Essa é a Terra, é bem aqui que Deus espera que sejamos Cristãos. Ele nos instruiu tanto para acolher os órfãos, as viúvas, os pobres, os sofridos, porque nos colocaria longe deles?

Jesus não era culpado de algo para ter nascido pobre, para aturar o diabo Lhe tentando nos ouvidos. Mesmo assim, 700 anos antes que Ele viesse, o profeta Isaías já falava sobre suas dificuldades na vida.

Is 53.3. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

Isaías não foi o primeiro a saber que Jesus sofreria por nós. Davi escreveu, em 1000 a.C:

Sl 22.14. Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes.

A tortura pela qual Jesus passou fala mais do ódio e crueldade da humanidade do que da punição de Deus. O ódio tão forte de Satanás por Deus e Jesus com certeza fez parte da motivação por trás da tortura e abuso. Infelizmente Satanás entrou em nós com o pecado (e entra mais a cada vez que pecamos), mas Deus sempre soube disso. Desde 1000 anos antes de Jesus chegar, o Senhor já nos anunciava o que seria Dele e o que Ele faria. São talvez 40 gerações entre a profecia e seu cumprimento!

Você sinceramente acha que Ele não conhece desde o início dos tempos cada detalhe da Sua vida? Você acha que algo pode acontecer a ti que não tenha sido minuciosamente planejado por Ele próprio? Faça como Jó: saiba que o Senhor te dá o que bom, e Ele também te dá o que é ruim (Jó 2.10). Sempre podemos contender com Deus sobre a nossa sorte, Ele não se mostra impassível (pois Ele a fez!) nem recusa a ouvir:

Is 43.24. Não me compraste por dinheiro, cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste, mas me deste trabalho com os teus pecados, e me cansaste com as tuas iniqüidades. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro. Faze-me lembrar; entremos juntos em juízo; conta tu as tuas razões, para que te possas justificar.

Mas é preciso saber que Deus não erra. Muitas vezes ele impôs torturas aos homens simplesmente para que O buscassem e Ele lhes lembrasse: “eu sou teu Senhor”. Grandes reis como Davi e Nabucodonosor se curvaram assim perante Ele, porque Deus mesmo os inflingiu com o mal. Davi teve de se humilhar ou morreria; Nabucodonosor foi feito louco. Não desdenhemos Seus modos de nos lembrar quem Ele é! Apenas seguindo a Ele (e não outros homens, por mais sorridentes que sejam e mais amigos que pareçam) podemos fazer aquilo para o que fomos criados.

Jesus sofreu muito, muito mais que qualquer ser humano, pois quis carregar as culpas da humanidade. Ele não eliminou a possibilidade de que pecássemos, mas assumiu sobre si o nosso peso, a transgressão de que nós éramos culpados e que nos destinava a ter sempre o diabo como parte da alma. Como escreveu Isaías, Jesus fez a improbabilidade de apagar nossa dívida com Ele por si mesmo. Eis que agora podemos estar livres do diabo, se buscarmos em Jesus o nosso caminho e a nossa verdade. Ok, quem tem coração altivo não aceita esta redenção... mas como um servo pode ser altivo? Sempre podemos fazer mais dívidas.

Nessas horas eu penso se a tal “teologia da prosperidade”, além de sem-sentido, não tem algo de isca. Bonita e brilhante, ela vem obviamente de dizer que são reais e divinos todos os desejos humanos, como muitas religiões por aí. Nalgumas COMPRAMOS um deus com oferendas, noutras com nosso comportamento. Essa nos apresenta um deus que pode estar ausente se somos pobres, se temos alguma doença, se não somos as pessoas mais ricas, maravilhosas, saudáveis e sorridentes do planeta. Afinal, esse é o caminho até o Pai. Ou seria Jesus?

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Escrito misturando-se cacos, porcas e parafusos de http://www.library.com.br/artigosdiversos/div02.htm e de http://www.gotquestions.org/portugues/Jesus-sofrendo.html

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